Entrevista: Witch Cross



Juntamente com os Mercyful Fate e outras bandas um pouco menos conhecidas (ex.: Alien Force ou Randy), os Witch Cross são dos maiores nomes exportados pelo metal dinamarquês. A banda encerrou as suas atividades em 1986, mas regressou em 2012 e desde então já lançou Axe To Grind, em 2013 e agora, oito anos passados, assina Angel Of Death. Fomos conhecer o estado atual desta emblemática entidade numa conversa com o guitarrista Mike Koch.

 

Olá, Mike, obrigado pela disponibilidade e deixa-me dizer que é uma verdadeira honra fazer esta entrevista contigo. O vosso novo álbum acabou de sair. Como têm sido as reações até agora?

Olá, muito obrigado por esta entrevista. O feedback e as reviews foram esmagadores, para dizer o mínimo. Nós trabalhamos muito neste novo álbum e parece que as pessoas gostam dele.

 

Embora os Witch Cross tenham nascido em 1979, este é apenas o vosso terceiro álbum. Por que demoram tanto entre os lançamentos?

Bem, a "velha" banda separou-se em 1986 e nós reunimo-nos em 2012, pelo que, com certeza, havia um grande intervalo até o segundo álbum (Axe To Grind) ser lançado em 2013. Este novo terceiro álbum demorou muito mais do que nós tínhamos planeado, mas tivemos uma mudança de baterista e também alguns problemas de saúde com um membro da banda. Depois, quando estávamos a prepararmo-nos para lançar o álbum em 2020, tudo aconteceu e tivemos que colocar tudo em espera.

 

Vocês foram uma das primeiras bandas de heavy metal da Dinamarca. Olhando para trás, como analisam a vossa trajetória como banda?

Começamos como a maioria das bandas. Simplesmente alguns amigos a tocar músicas que gostávamos. Depois de lançarmos o primeiro single em 1983 ficamos muito mais sérios e também trocamos alguns membros etc. etc. Depois do lançamento de Fit For Fight, começámos a tournée, mas tivemos problemas pessoais na banda e nunca conseguimos um bom contrato para o segundo álbum, o que levou à separação da banda em 1986. Quando nos chamaram para tocar no KIT em 2012, voltámos e depois daquele espetáculo percebemos que tínhamos que continuar.

 

Liricamente, o que é que trata Angel Of Death?

O álbum Angel Of Death tem muitas letras diferentes, é um pouco sobre a morte e morrer de várias maneiras (afogamento, execução, molestamento por monstro e assim por diante.) Foi por isso que escolhemos esse título.

 

Uma constante nos vossos álbuns são as canções sobre Vikings. É uma aposta deliberada na escrita?

Neste álbum, falamos mais sobre guerreiros do que sobre Vikings, mas temos a reputação de ser a banda Viking dinamarquesa. Mas nunca tentamos escrever sobre Vikings. Na verdade, tínhamos uma música chamada Valhalla que não incluímos no álbum.

 

Entre Axe To Grind e Angel Of Death, mudaram de baterista. O que aconteceu com Tony Adams?

Tivemos que nos separar de Tony Adams devido aos seus compromissos de trabalho e felizmente encontramos um ótimo substituto em Jesper. A banda agora tem um ótimo drive ao vivo que conseguimos replicar em estúdio.

 

Já fizeram algum vídeo para promover este álbum?

Phoenix Fire foi a primeira faixa que tocamos ao vivo muito antes do álbum ser gravado, pelo que foi uma escolha óbvia para o vídeo que conseguimos montar durante a pandemia, podes conferir no YouTube.

 

Atualmente estás envolvido em mais algum projeto?

Tive a sorte de trabalhar na indústria da música a maior parte da minha vida e ainda estou a trabalhar como produtor e também com algumas outras bandas.

 

Que objetivos gostarias de cumprir quando esta pandemia acabar?

Tocar novamente por toda a Europa e talvez se for possível viajar para a América do Sul, já que temos muito apoio nessas zonas. Além disso, o 4º álbum será lançado no final de 2022.

 

Obrigado, Mike, foi uma honra fazer esta entrevista. Queres deixar alguma mensagem para os teus fãs?

Obrigado pela oportunidade. Nós não chamamos os nossos fãs de apoio – chamamo-los de amigos porque o que nos une é o amor pela música e talvez algumas cervejas. Como diriam os Vikings - Skull (skål).


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