Entrevista: Ashes Of Ares

 


Matt Barlow e Freddie Vidales conheceram-se quando estiveram juntos nos Iced Earth. E desde logo ficou a ideia de fazer algo juntos. E esse “algo juntos” já se reflete em três álbuns de originais, sendo que o mais recente, Emperors And Fools, já data deste ano. Depois da estreia pela Nuclear Blast, o duo (e seus respetivos convidados que, mais uma vez, ajudam a elevar o nível das suas composições), assentaram na Rock Of Angels Records, sendo este já o segundo lançamento pela label grega. Para nos contar todo o processo em torno de Emperors And Fools, chegámos à fala com Matt Barlow.

 

Olá, Matt! Obrigado, por esta oportunidade! Novo álbum lançado – quais são os sentimentos dentro dos Ashes Of Ares?

Estamos muito orgulhosos do álbum e muito felizes que as pessoas parecem estar felizes com isso.

 

Ashes Of Ares é uma banda formada em 2012. Qual era a vossa intenção na altura em que começaram este projeto?

Freddie e eu conhecemo-nos quando estávamos nos Iced Earth e conversamos sobre fazer algo juntos. Conseguimos fazer algo juntos depois de deixar os IE e começamos a escrever o primeiro disco do AoA.

 

Como analisas o vosso trajeto até agora? Sentem que os objetivos iniciais foram todos cumpridos?

Acho que estamos a fazer exatamente o que nos propusemos a fazer. Estamos a escrever músicas que gostaríamos de ouvir e estamos honrados que as pessoas queiram ouvir o que escrevemos.

 

Emperors And Fools é o vosso novo álbum. De que forma toca nos álbuns anteriores e de que forma também é inovador?

Eu acho que permanece no reino do que temos escrito ao longo do tempo. Está cheio de temas sombrios e toques de inspiração. Tentamos sempre ser nós próprios mantendo o que nos faz sentir bem como metaleiros da velha guarda.

 

Costumam manter lançamentos regulares, mas desta vez o vosso trabalho foi afetado pela pandemia?

Não, do ponto de vista da escrita. Tínhamos escrito todos os discos da mesma maneira. Vivemos em partes separadas do país, portanto escrevemos enviando os arquivos de música de um lado para o outro até criarmos algo com o qual estamos felizes. A mistura final e a masterização levaram algum tempo por causa dos confinamentos, assim como a produção física do álbum.

 

Este álbum é ainda mais sombrio e agressivo que os vossos lançamentos anteriores, porém, ainda melódico. Como equilibram esses dois aspetos no processo criativo?

Apenas tentamos vibrar com o que o outro está a fazer e deixá-lo crescer organicamente. Fizemos isso com cada álbum e parece que funciona para nós. Acho que nos tornamos melhores em conhecer as habilidades um do outro e esforçarmo-nos para trazer o nosso melhor.

 

Já agora, como é o processo de composição na banda?

Não há propriamente nenhum processo definido. Nós os dois começamos com ideias diferentes e simplesmente tentamos construir sobre elas. Às vezes, Freddie tem uma música quase completa e começamos a partir disso. Outra vez, posso ter uma versão acústica básica de algo e uma melodia vocal. Realmente varia de música para música.

 

Quando começaram a trabalhar neste novo álbum?

Tínhamos algumas músicas iniciadas antes do último álbum ser feito e realmente queríamos lançá-las mais cedo do que aconteceu. Tínhamos tudo escrito e gravado em 2020. Só tivemos que esperar para as misturas e masterização em janeiro de 2021.

 

Para além de ti e Freddie Vidales, quem mais colabora neste novo álbum?

Pedimos a alguns amigos que contribuíssem. Van está de volta na bateria. Jonah criou a incrível introdução incrível. Bill, Wiley e Charlie forneceram solos de guitarra matadores. Tim juntou-se a mim na faixa final e foi simplesmente fenomenal!

 

O artwork da capa do álbum é realmente espetacular. Quem foi o responsável por esse trabalho? Consegue capturar totalmente a essência do álbum?

Kamil Pietruczynik criou o artwork para a capa e todo o encarte. Ele é um artista incrível, com quem trabalhamos em dois discos agora. Ele faz coisas incríveis e realmente cumpre a nossa visão.

 

Nas tuas próprias palavras, como definirias Emperors And Fools?

É conceitualmente sombrio e agourento em alguns aspetos, mas também tem uma sensação de sentimento e esperança a outros níveis. É thrash e um pouco old school.

 

Mais uma vez, obrigado, Matt. Queres acrescentar mais alguma coisa ou enviar uma mensagem para os vossos fãs?

Obrigado por me teres dado a oportunidade de falar. Obrigado a todos que nos apoiaram ao longo dos anos. Esperamos ver e ouvir as pessoas nos próximos meses! Felicidades!!

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