Entrevista: Bulletproöf

 

 


Dynamite foi inicialmente lançado na Argentina, mas o seu upload num canal de metal fez o mundo olhar para os Bulletproöf com admiração e entusiasmo. Por isso, foi um passo curto até o quarteto assinar pela Ossuary Records que promoveu o respetivo lançamento na Europa. Dynamite é um EP fantástico que carrega toda a áurea do metal tradicional e por isso fomos conversar com o coletivo para sabermos mais sobre este lançamento e as suas expetativas para o futuro.

 

Olá, pessoal! Em primeiro lugar, obrigado pela vossa disponibilidade. Bulletproöf é uma banda nova, por isso podem apresentar-se aos metalheads portugueses?

Olá a todos os metalheads de Portugal!!! Obrigado por esta oportunidade de apresentar a nossa banda!!! Começamos a banda há cinco anos tocando em bares da cena underground argentina com esta mesma formação que gravou o EP Dynamite: Martin Debonis - baixo e backing vocal, Matias Pena - bateria, Ariel García - guitarra solo e backing vocal e Poli Serafini - guitarra rítmica e vocais. Saímos dos circuitos de bares quando os elementos do Speed Metal Army nos convidaram para tocar constantemente com outras bandas de verdadeiro metal até que essa coisa do covid colocou a coisa em espera. Agora estamos a tocar todo o EP Dynamite e outras músicas que fazem parte do nosso primeiro longa-duração que estamos atualmente a gravar.

 

Quais são os vossos objetivos e ambições para Bulletproöf?

Os nossos objetivos são alcançar o maior número de pessoas que ouvem heavy metal tradicional em todo o mundo, tocar a nossa música e fazer amigos e irmãos em todos os lugares para que possamos ajudar, juntamente com outras bandas do mundo, a manter acesa a chama do metal como nos anos oitenta. O nosso alcance agora é terminar a gravação do nosso segundo álbum (e primeiro álbum de longa duração) e tocar as novas músicas sempre e em todos os lugares.

 

Que nomes ou movimentos mais vos influenciaram neste projeto?

Somos mais influenciados pelo lado alemão da história do metal. Bandas como Running Wild, Grave Digger, Accept, Scorpions, Heaven’s Gate, Gamma Ray, Rage, Blind Guardian, Fidel Breath, para citar algumas. E, falando em movimentos, tivemos muita influência do movimento NWOBHM com bandas como Saxon, Tygers of Pan Tang, Grim Reaper, Praying Mantis, etc. Também para o lado britânico tivemos a grande influência dos poderosos Judas Priest que é a nossa banda favorita de todos os tempos.

 

Dynamite é o vosso primeiro lançamento. Como o definiriam?

Dynamite é uma mistura de influências das bandas que mencionamos na resposta anterior. Banners High e Flag of Freedom são músicas com um toque de Running Wild (com formato de hinos), Dynamite é mais como uma música dos Accept, Fist Pounding é como a música de festa de metal na veia de Living After Midnight dos Judas Priest, e Feel the Heat é como uma música AOR com mais peso e ênfase na guitarra. O próximo álbum que estamos a gravar é mais power metal, com músicas mais rápidas e mais influenciadas pelo power metal alemão.

 

Esse EP foi lançado primeiro no vosso próprio país, Argentina. Depois, assinaram com a Ossuary Records. Como se proporcionou esta ligação?

Após o upload do álbum no canal do Youtube NWOTHM, um amigo da banda Shadow Warrior fez o contacto com Matt da Ossuary Records que após algumas escutas de Dynamite o fez contactar connosco e como ele prometeu, em breve o EP foi lançado pela Ossuary Records na Europa. Estamos muito felizes e agradecidos com este verdadeiro canal de metal, com os nossos irmãos metal dos Shadow Warrior e, claro, com Matt e a sua editora.

 

O primeiro lançamento, pela Cuervo Records, foi em cassete com as mesmas músicas nos dois lados. Quais são as diferenças entre essas músicas?

Não há diferença entre as músicas. São todas iguais. Foi uma questão de aproveitar a curta duração do lançamento e colocá-lo em ambos os lados para facilitar a escuta da fita.

 

Portanto, a nova prensagem da Ossuary Records apresenta apenas as 5 músicas, certo?

Sim, a prensagem da Ossuary Records tem as mesmas músicas que o lançamento da Cuervo Records/Almas Combativas/Argentina Thrash Metal.

 

Este álbum foi criado durante os confinamentos? Que influência a pandemia teve no vosso trabalho?

Dynamite foi criado muito antes do confinamento. Terminamos a gravação pouco antes do problema do covid explodir. Pusemos o álbum em espera até o momento em que percebemos que esse vírus não iria sair e o confinamento duraria muito tempo. Portanto, decidimos que era melhor fazer o upload do EP nas plataformas e funcionou muito bem.

 

Portanto, pelo menos o processo de gravação não foi afetado...

Como dissemos antes, já tínhamos todo o material pronto para ser lançado antes da covid, portanto o único problema que tivemos que enfrentar foi o facto de estarmos muito ansiosos com o lançamento, pelo que não pudemos adiá-lo por mais tempo e fizemos o upload do álbum e foi uma boa decisão.

 

Muito obrigado, mais uma vez. Projetos e ambições para o futuro? O que nos podem adiantar?

Muito obrigado pelo teu apoio. Estamos muito orgulhosos de estar em contacto contigo. Esperamos que gostem do EP Dynamite e do próximo álbum que estamos a gravar e mandamos abraços para todos os metalheads portugueses!!! Stay heavy and proud!!!

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