Entrevista: Silver Dust

 


Lord Campbell ainda se lembra do concerto que os Silver Dust deram em Lisboa, mas, para já, não há notícias que a tournée de apoio a Lullabies passe por cá. Para já, o que os suíços preparam é a sua presença juntamente com nomes grandes como Scorpions, Helloween ou os fundamentais Kiss. Estes foram alguns dos temas que conversámos com Lord Campbell, para além, naturalmente, da evolução demonstrada entre House 21 e Lullabies.

 

Olá, como estás? Obrigado pela disponibilidade. Depois do sucesso House 21, os Silver Dust estão de regresso com um novo álbum e diferente do anterior. Como te sentes com esta obra?

Eu estou bem e tu, Pedro? Obrigado pela entrevista, prazer em conhecer-te! Tens razão! Eu compus de forma diferente e não é um álbum conceptual como House 21. Tentei criar algo que ficasse entre os 2 ouvidos desde a primeira audição e das muitas críticas positivas, é um sucesso e é o melhor álbum dos Silver Dust. Eu também acho!

 

E, na minha opinião, representa um claro avanço. Alguma coisa mudou nos Silver Dust ou foi apenas o resultado do vosso crescimento?

Muito obrigado! Acho que é o resultado de observações das nossas tournées europeias anteriores e também uma melhoria na mistura de sons e composição. Passo muito tempo a criar sons e loops (eletro e clássico) para criar um universo especial e único.

 

Como foi o processo de composição deste álbum? Mudaste alguma coisa em relação aos vossos álbuns anteriores?

Fui eu que compus as músicas todas, assim como as letras. Geralmente demoro alguns meses para fazer o álbum. Desta vez tive mais tempo para ir mais longe e, acima de tudo, soube aproveitar o tempo. Compor é intenso e passamos por diferentes estados de espírito. Estou muito satisfeito com este álbum e com os Silver Dust ao vivo que temos atualmente. Acho que são, simplesmente, a melhor versão dos Silver Dust.

 

Neste álbum mostram algumas novas e inesperadas facetas, como o Avant-gard Animal Swing ou a incrível balada There's A Place Where I Can Go. De onde surgiu a inspiração para essas músicas?

Fico feliz por saber que gostaste. There’s A Place Where I Can Go é uma peça poderosa que ainda me dá calafrios hoje, mas a escolha de incluir essa música no álbum não foi unânime. Agora que vejo o fabuloso feedback que essa música teve, fico feliz por me ter ouvido apenas a mim. Animal Swing? Sim, é totalmente incrível! Para essa música inventei uma vida como um gangster nos anos 1900 para o meu Labrador Benji, onde ele vinga todos os animais malvados do planeta. Vamos criar um vídeo para essa música e, ao vivo, o Benji acompanha-nos no espelho mágico. As pessoas estão a adorar esta ideia! Benji é o melhor cão do mundo.

 

Ainda sobre o processo de composição, que arranjos fizeste ao Forever para se tornar na grande versão clássica que encerra este álbum? Como nasceu essa ideia?

Adoro compor música clássica e, neste caso, o Forever funcionou muito bem com um arranjo orquestral. Atualmente também estou a escrever uma ópera para a cidade onde moro na Suíça, Porrentruy. É um projeto enorme e extremamente emocionante.

 

Desde o vosso último álbum, House 21, os Silver Dust tocaram mais de 100 vezes em 27 países diferentes. Escreveste alguma música durante esta extensiva tournée?

Não, prefiro compor em casa. É mais tranquilo e consigo criar loops no meu computador. Mas, nada há melhor do que o palco para ver que temas é que os nossos fãs gostam mais.

 

E 2022 também se está a revelar um ótimo ano para os Silver Dust, que terão a oportunidade de partilhar o palco com gigantes como Scorpions, Sabaton, Helloween ou Whitesnake. Quais são as tuas expetativas para estes concertos? Estão a preparar algo especial?

E com os Kiss, também! São a minha banda favorita desde criança e foi por causa deles que comecei a tocar guitarra. Mas não, não estamos a planear nada de especial, apenas 1000% de Silver Dust e um espetáculo que todos vão recordar. E sim, é uma grande honra poder partilhar o palco com nomes tão importantes como esses.

 

Para além destes concertos, quais são os vossos planos para tocar ao vivo?

O objetivo é voltar a fazer uma tournée europeia em 2023 e também em outros continentes. Posso-te garantir que há algo grande a chegar!

 

Obrigado pela entrevista. Queres enviar alguma mensagem para os teus fãs portugueses ou acrescentar alguma coisa?

Os fãs portugueses são absolutamente fantásticos e nunca me vou esquecer da fabulosa receção que tivemos em Lisboa. Foi realmente um espetáculo incrível e havia muita gente à espera para tirar uma foto connosco no final do concerto. Mal posso esperar para vos ver a todos novamente!


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