Entrevista: Leather

 


Leather Leone nunca se considerou uma artista a solo. Mas a verdade é que quer Shockwaves, quer Leather II, mesmo muito afastados no tempo, mostraram muita qualidade. Que agora surge superada com o novo e bombástico disco We Are The Chosen. E, aparentemente, foi o Brasil quem lhe abriu muitas portas. Este novo disco sai no final deste mês, a vocalista americana já está a preparar uma tournée de apoio e já nos confirmou que passa pelo nosso país.

 

Olá, Leather! Antes de mais, deixa-me dizer que é uma verdadeira honra poder fazer esta entrevista contigo. Em nome pessoal, o teu primeiro álbum foi em 1989 e o segundo foi apenas em 2018. Porque foi que aconteceu este intervalo tão grande?

Muito obrigado. Eu nunca me considerei uma artista solo. Shockwaves foi apenas uma oportunidade inesperada que aconteceu devido a uma editora querer assinar com Chastain para o álbum For Those Who Dare. Depois, a minha vida voltou a virar em 2014 que levou ao Leather II e agora a We Are The Chosen. O Brasil abriu muitas portas para mim.

 

Voltaste em 2016, estou certo? O que motivou esse teu regresso?

Na verdade, voltei à cena Metal em 2011, depois do falecimento de Ronnie Dio. Essa situação mudou o meu pensamento. E depois da minha primeira viagem ao Brasil em 2014, as tournées e a conhecer músicos... voltei ao jogo.

 

E agora, quatro anos se passaram desde Leather II e tens um novo lançamento, We Are The Chosen, muito em breve. O que nos podes dizer a respeito deste novo disco?

Estou super orgulhosa e animada com We Are The Chosen. É o meu primeiro disco completo na minha carreira. O processo foi uma grande aprendizagem. Definitivamente cresci como música. Isso ajudou-me a melhorar de muitas maneiras.

 

Este álbum marca a tua entrada na família SPV. Como tal se tornou possível?

Eu conhecia o Olly através da minha música com Chastain, portanto, quando estava a finalizar o disco pensei nele e na família SPV. Enviei-lhe o registo... e aqui estamos.

 

As músicas são todas novas e preparadas apenas para este lançamento ou incluíste alguma coisa do teu rico passado?

As músicas são todas novas. Vinnie Tex e eu trabalhamos muito para preparar o material. Devido à pandemia tivemos bastante tempo para conhecer cada música, experimentar diferentes versões até decidir as versões finais.

 

Em termos de composição, desta vez trazes alguma novidade para a mesa de composição ou produção?

Sim, escrevi e produzi tudo com o meu guitarrista, Vinnie Tex. Aceitei o desafio de tentar escrever músicas do início ao fim. Passei a gostar de todo o processo. Estou ansiosa para continuar.

 

Quem está contigo neste álbum ao nível dos músicos?

Braulio Drummond fez as pistas de bateria. Ele também já tinha estado em Leather II. Vinnie Tex fez todas as guitarras e alguns backing vocals. Douglas Pinella fez a orquestração. Todos incríveis músicos brasileiros.

 

Diz-se que o álbum incluirá algumas surpresas. Podes revelar um pouco do que será apresentado?

Eu acredito que a única surpresa é o quão bem planeada cada música está. É um disco muito mais melódico para mim. É um disco mais pesado e orientado para os vocais do que no meu passado.

 

Como decorreram as sessões de gravação nos Estúdios Hertz? Tudo como planeado?

Ter estado nos estúdios Hertz foi a perfeição. A atmosfera é tão propícia para fazer Metal. Também nos permitimos tempo e espaço para realmente criar as músicas. Claro que há sempre situações que surgem, mas na maioria das vezes tudo correu como planeado. Estou animada para compartilhar os resultados.

 

O último álbum dos Chastain foi We Bleed Metal, em 2015. Como está a situação da banda? Para quando um novo álbum?

Neste momento, não há planos para gravar com Chastain. Dito isso, nunca se sabe. Chastain e eu estamos sempre em contacto. Nunca digas nunca.

 

E quanto a tours? O que tens planeado? Portugal será incluído?

A tournée é o meu foco principal agora que o álbum está pronto. Estou no processo de juntar todos os elementos. Fiquem atentos e sim a Portugal!

 

Muito obrigado, Leather, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa?

Obrigado a todos que continuam a acreditar na minha música. We Are The Chosen! Obrigado, Via Nocturna.


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