Entrevista: Dark Sarah

 


Dark Sarah, a personagem, morreu no grandioso The Golden Moth, álbum que permitiu ao projeto com o mesmo nome liderado pela ex-Amberian Dawn, Heidi Parviainen, saltar para a gigante Napalm Records. Aí uma nova história começa em Grim e Luna é a personagem principal. A sequela continua agora com Attack Of Orym e voltamos a falar com a simpática vocalista finlandês a respeito da história e das novidades musicais nos Dark Sarak.

 

Olá, Heidi, estou feliz por voltar a falar contigo! A última vez que conversamos foi sobre o grande álbum The Golden Moth. Desde então, muita coisa mudou no teu projeto. O mais importante foi o salto da Inner Wound Records, onde fizeste toda a tua carreira, para a gigante Napalm Records para o álbum Grim. Como foi vivida, na altura, essa mudança? Naturalmente, isso permitiu-te alcançar um público maior?

Olá! Prazer em falar contigo novamente. Saímos da Inner Wound apenas para poder crescer com a Napalm Records (todos os nossos álbuns anteriores permanecem com a Inner Wound, adoramos trabalhar com eles!). No entanto, as crises criadas pela covid impediram-nos de fazer espetáculos e não foi fácil promover o álbum. Em Attack Of Orym voltamos a ser uma banda independente. Estamos a lançar o álbum através do nosso próprio selo e distribuição, a Bloodblast.

 

Dito isso, aqui estás com um novo álbum Attack Of Orym. The Golden Moth foi o fim da trilogia, depois começaram uma nova história conceptual com Grim?

De facto, um novo enredo começou em Grim e Attack Of Orym é a continuação da história.

 

Considerando que Dark Sarah, a personagem, morreu em The Golden Moth, quem é esta nova Dark Sarah?

A nova protagonista é uma bruxa chamada Luna. De acordo com uma lenda, ela veio para Grim como uma mariposa dourada e uma bruxa transformou-a em humana. O povo Grim acreditava que Luna era quem tinha vindo para os salvar do terror de um monstro chamado Mörk. No álbum Grim, Luna derrotou o monstro e a sua orbe maligna Malevolent, mas ficou presa na magia da orbe.

 

Portanto, Attack Of Orym é conceptualmente a continuação de Grim. O que acontece neste capítulo?

Em Attack Of Orym Luna adormeceu por causa de Svefnthorn, um antigo feitiço de espinho adormecido e não pode ajudar a cidade contra o novo vilão Orym. A história começa com o ataque do rei da floresta Orym e o seu exército.

 

Como podemos ver, Orym é o novo vilão na história. E é representado por Mark Jansen, dos Epica. Ele é o cantor perfeito para esse papel? Como foi possível a sua participação?

Ele era exatamente a voz que eu precisava para esta parte, não uma grande parte, mas muito necessária para criar a sensação de uma entidade maligna no álbum. Felizmente, conheço-o de uma tournée com a minha banda anterior, Amberian Dawn, e pude perguntar-lhe pessoalmente. Ele é uma pessoa adorável e um músico talentoso!

 

JP Leppäluoto marca presença mais uma vez. Mantém a sua personagem como Dragon? Qual é exatamente o seu papel? Existe, mais uma vez, algum tipo de relação entre ele e a nova Dark Sarah, ou seja Luna?

Em Grim, o dragão não se podia transformar em dragão e assumiu a forma de um lobo chamado Garmr. Ele precisava obter o pingente metamorfo de Luna para se poder transformar num dragão e recuperar as suas asas. Em Attack Of Orym vamos vê-lo novamente como um dragão. O relacionamento deles é um pouco diferente na nova história porque Luna tem apenas vislumbres vagos do seu passado. Para saberes o que vai acontecer entre os dois deves ler o novo livro de histórias! Não quero revelar muito!

 

Para além do Mark e JP, que outros convidados tens em Attack Of Orym?

Também o meu querido amigo (e colega das bandas Amberian Dawn e Iconofear) Kasperi Heikkinen participa em dois solos de guitarra!

 

É também o primeiro álbum com o teclista Henrik Airaksinen. Desde quando está a bordo? Já teve oportunidade de contribuir para o processo criativo deste álbum?

Infelizmente não, porque entrou na banda um pouco tarde para a gravação do álbum. Mas depois de Erkka Korhonen ter deixado a banda, sabíamos que não poderíamos tentar procurar outro guitarrista, mas um teclista para o substituir, por isso já reservamos um lugar para os teclados na produção. E encaixa tão bem na banda e na nossa família Dark Sarah!!

 

Podes contar-nos de que forma te preparaste para este novo álbum?

Comecei com o título do álbum e a minha ideia era fazer o álbum mais sombrio de Dark Sarah até agora, mas quando comecei a escrever música, apenas algumas das minhas músicas eram sombrias (risos)! Por isso este álbum tornou-se numa mistura funky de contrastes! É divertido, trágico, sombrio e enérgico ao mesmo tempo. Ah, e eu também precisei de praticar uma nova técnica de canto para este álbum! Foi divertido!

 

Quem foi o responsável pela abordagem cinematográfica e orquestral desta vez?

Trabalhámos com o mesmo produtor Mikko P. Mustonen em todos os nossos álbuns. Também faz arranjos e orquestrações.

 


Parece que trazes algo novo para a mesa de composição. O que exatamente?

O meu estilo de composição começou a mudar já no nosso último álbum e tem estado nesse caminho desde aí. AW começou a trabalhar num novo estilo de produção com Mikko e estamos a ir um pouco mais longe do teatro musical e da ópera e tendo influências de dark pop e dark electro, mas mantendo a profundidade das orquestrações e do metal sinfónico.

 

Se eu te pedisse para analisares este novo álbum em comparação com o anterior, o que me dirias?

Este é um álbum moderno de Dark Sarah. Os teclados e elementos eletrónicos são mais proeminentes, a profundidade orquestral está presente, mas colocada de forma diferente de anteriormente. Também aprendi uma nova técnica de canto e a abordagem vocal é um pouco mais de um cantor híbrido do que de uma voz clássica pura. Eu acho que combinou muito melhor neste álbum. Não me vou transformar numa cantora de pop rock por completo, mas estas músicas precisavam de energia.

 

Warning Sign foi o primeiro single. Por que escolheste essa música? Existem planos para mais alguns vídeos antes da data de lançamento do álbum?

Quando pensamos nos singles, pensamos que Warning Sign representa o álbum inteiro da melhor forma. É divertido, funky e enérgico! O segundo single Invincible é uma música muito nova no mundo Dark Sarah e também é uma música muito diferente no álbum. Ao mesmo tempo, é uma melodia muito irritantemente cativante! Quando pensas na história da música, sabes o porquê - é o discurso de vendas de Malevolent!

 

Com o novo álbum, quais são os teus planos para espetáculos ou torunées?

Anunciamos dois espetáculos de lançamento do álbum em Helsínquia no dia 17 de fevereiro no On The Rocks e no dia 4 de março no YO-talo em Tampere com Shereign. Estamos à procura de um agente europeu e queremos muito fazer uma tournée com este álbum. Nunca dependeu de nós. Só falta gente para nos ajudar a fazer espetáculo no estrangeiro.

 

Muito obrigado, Heidi, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa?

O prazer é meu! Quem quiser aprofundar as histórias, pode encontrar os livros na nossa loja www.darksarah.com. 


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