Entrevista: Sword

 


Há 34 anos que os Sword não lançavam um disco. A banda canadiana foi mais uma entre tantas vítimas provocadas pelo grunge e já tinha regressado em 2011, na altura só com a ideia de tocar ao vivo. Mas os fãs, que ainda se recordavam bem da banda, queriam mais, por isso III foi lançado no último trimestre do ano passado. Já depois desse lançamento, de uma tournée e de terem tocado com os Anthrax e Black Label Society, estivemos à conversa com o vocalista Rick Hughes.

 

Olá, Rick, tudo bem? Bem-vindo, de novo! 34 anos depois, os Sword lançam um novo álbum. Estiveram ativos de 1980 até 1995. O que aconteceu naquela altura para se terem separado?

Olá, Pedro e obrigado, estamos todos muito bem. Para responder à segunda parte da tua pergunta, se bem te lembras, durante os anos 90, o movimento grunge surgiu e tirou todo o oxigénio da sala para as bandas de hard rock e metal. Por isso seguimos caminhos diferentes para criar os nossos filhos e fazer música em projetos diferentes para manter a chama viva.

 

Uma vez que o regresso aconteceu em 2011, porque tanto tempo para um novo álbum de estúdio?

Porque a princípio, queríamos apenas tocar ao vivo, mas como a demanda dos fãs por novos materiais cresceu, pensamos, ei, vamos tentar.

 

Este é o terceiro álbum, sendo batizado apenas como III. Porquê?

Obviamente porque é o terceiro álbum e também porque, durante muito tempo, nunca pensamos que os Sword gravariam um terceiro álbum.

 

As músicas deste álbum são atuais ou do vosso passado?

As músicas são muito atuais e às vezes um pouco nostálgicas, é o que acontece quando envelheces. Refletes e aprendes com a experiência passada.

 

Como trabalharam nessas músicas atualmente?

Tudo começa com o nosso criador de riffs no comando, Mike Plant, e evolui para o som dos Sword assim que nós quatro nos reunimos para os ensaios. Na altura de construir as músicas, estamos todos juntos e procuro sempre a primeira melodia cativante que me vem à cabeça.

 

Como foi a preparação para este álbum? Ainda existe toda a química, nomeadamente no trabalho de estúdio?

Mike Plant produziu o álbum e ele tinha uma boa ideia para onde queria ir com os Sword. Nós seguimo-lo e trouxemo-nos para o projeto e a química estava intacta.

 

Qual foi a sensação de voltar a um estúdio e com uma realidade completamente nova?

Foi ótimo ouvir aquele som que nós quatro produzimos, aproveitamos cada minuto e cada segundo da fase de gravação e composição.

 

A formação atual dos Sword é a original?

Ah, sim! O meu irmão Dan ainda está na bateria, Mike Larock domina dominando o ritmo, enquanto Mike Plant dispensa apresentações.

 

E a partir de agora? Os Sword já estão a trabalhar em novo material para um novo longa-duração? Quando podem os fãs esperar algo novo?

Atualmente estamos a trabalhar no espetáculo ao vivo e pretendemos fazer isso durante algum tempo. Depois disso é uma parte da história que eu não sei, vamos ver onde isso nos leva.

 

Já tiveram a oportunidade de tocar ao vivo? O que têm planeado para este ano?

Sim, fizemos uma tournée em janeiro passado e também tivemos a oportunidade de fazer um espetáculo com os Anthrax e Black Label Society no verão passado. Neste momento, estão a ser agendados novos espetáculos e estão a chegar ofertas de festivais na Europa, Canadá e Estados Unidos.

 

Muito obrigado, Rick, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa?

O prazer é todo meu. Acrescentarei: fãs de hard rock/heavy metal da velha escola, se ouvirem que os Sword estão numa cidade perto de vocês, não percam. Garantiremos que o vosso tempo gasto connosco seja bem gasto.


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