Entrevista: By Fire & Sword


 

Com sede em Boise, Idaho, os By Fire & Sword apresentam o álbum de estreia Glory, e estão preparados para espalhar o riff gospel da glória, vingança, fúria e a batalha pelas vossas almas. Liderados pelo Honorável Reverendo Tim Tom Jones, a sua marca épica de metal todo-poderoso, permanece como um farol ardente de esperança. E, a verdade, é que já não há muitas bandas que nos consigam surpreender. Mas estes By Fire & Sword conseguiram. E por isso fomos ouvir o mais recente sermão do Reverendo.

 

Olá, Thomas, como estás? Obrigado pela disponibilidade. Podes apresentar os By Fire & Sword aos metalheads portugueses?

Viva! Estou a ter uma ótima semana. Finalmente está a começar a refrescar no local onde moro. É a minha época favorita do ano. Eu diria que By Fire & Sword é Power/Traditional Metal com harmonias vocais empilhadas e uma pitada de soul gospel assustador.

 

Glory é o vosso novo álbum de estúdio lançado há cerca de um mês. O que nos podes dizer a respeito deste novo álbum?

Acho que é um dos melhores trabalhos em que já estive envolvido. Jeff Young, que escreve tudo, exceto as letras e melodias vocais para a banda, superou-se de verdade.

 

Como foi o processo de composição deste álbum? Foi um processo centrado apenas em ti ou foi um esforço da banda?

Foi um longo processo que começou em 2020, com Jeff e eu a escrever e gravar isoladamente. Foi um processo um bocado difícil.

 

Quatro anos depois do EP de estreia, na tua opinião, de que forma este álbum mostra a vossa evolução como banda?

Musicalmente, acho que o som é mais limpo, mais firme e mais pesado. Narrativamente, Glory baseia-se nos conceitos e temas estabelecidos em Freedom Will Flood All Things With Light, o nosso EP de estreia.

 

Este projeto carrega um aspeto espiritual muito forte. Podes descrevê-lo para os nossos leitores?

O Reverendo está a pregar uma visão apocalíptica do mundo muito específica. Traz a Glória, Amor e Luz para os poucos justos que se juntariam a ele no caminho da iluminação. Com treino suficiente do Reverendo, também poderão participar na Festa da Eternidade quando o dilúvio chegar.

 

De qualquer forma, como podemos olhar para esse caminho espiritual – como foco na grandeza de Deus ou como uma forma satírica de ver esse mesmo Deus?

Posso estar errado, mas não acho que mencionamos Deus especificamente no álbum. Há uma música em que o Reverendo oferece o poder dos deuses àqueles que o seguem no caminho para a festa. Mas o poder dos deuses e o poder de Deus parecem duas coisas diferentes para mim. É sátira, mas isso não significa que não seja autêntico. O Reverendo pega nesses esses sentimentos autênticos e gloriosos que atraem as pessoas para a arte e tenta usá-los para vender a sua visão do mundo.

 

Em 2020 lançaram dois singles que não estão incluídos neste álbum. Porquê?

Acho que um era uma cover para caridade e o outro era uma cover de um hino. Eram divertidos, mas não se encaixavam no conceito do álbum. Poderíamos lançar alguns singles entre agora e o próximo álbum e nem todos acabariam no próximo lançamento.

 

Já agora, que vídeos/singles retiraram deste álbum? Por que essa escolha?

Leave A Little Room foi o single. Conceptualmente funciona como uma introdução ao conceito da banda e ao personagem The Reverend. Estamos a trabalhar em alguns projetos de vídeo baseados em algumas outras músicas. Estas foram escolhidas com base no interesse dos artistas com quem colaboramos nos vídeos.

 

Quais são os vossos planos de tournée para este álbum?

Atualmente não temos nada, mas esperamos ir para a estrada no próximo ano. Se gostares de nos ver tocar no teu festival local, avisa-nos e ao festival. Talvez o Reverendo possa organizar uma peregrinação.

 

Obrigado, Thomas, foi uma honra. Queres enviar alguma mensagem aos vossos fãs?

Obrigado! O Reverendo ama-vos a todos! Eu também acho que és fixe.


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