Entrevista: Hard Excess

 


Os Hard Excess trabalharam nos temas de The Nations Dust ao longo dos anos. Além disso, uma visão forte, um espírito empreendedor e três compositores estiveram na origem de um disco empolgante, diversificado e onde os pormenores se sucedem. The Nations Dust é, assim, um disco onde todos os detalhes foram pensados e devidamente trabalhados. O vocalista e guitarrista Kaspar Zanon, conta-nos como tudo se desenvolveu até se concretizar esta espetacular estreia.

 

Olá, Kaspar, obrigado pela disponibilidade. Podes apresentar este projeto Hard Excess aos metalheads portugueses?

Olá, Pedro, obrigado pelo convite. Esta banda começou na nossa infância; Edi (bateria), o seu irmão Patrick (guitarra) e eu (na altura na guitarra) crescemos na mesma cidade. Todos nós tínhamos um grande amor por música pesada e começámos a tocar e depois de termos escrito a primeira música tivemos certeza de que eramos uma banda. Demoramos até 2012 para encontrar um vocalista e um baixista. Mas essa formação durou apenas cerca de três anos. Em 2015, decidi assumir os vocais e encontramos um novo baixista. Em 2016 lançamos a nossa primeira música: o EP You Burn, seguindo-se 2 singles em 2019 e 2020. Em 2020 também encontramos o quarto membro efetivo da nossa banda: Patrick (Mönz – baixo). Depois do covid começámos a trabalhar no álbum The Nations Dust.

 

O projeto nasceu em 2008. Por que iniciaram este projeto? Quais foram as vossas motivações?

Apenas queríamos fazer boa música pesada clássica feita à mão. E adoramos tocar os nossos instrumentos, isso também é uma grande parte disso.

 

Mas, por que tanto tempo para lançar o primeiro álbum?

Demoramos muito para lançar o nosso primeiro álbum porque tivemos muitos problemas para completar a nossa formação. Não é fácil encontrar bons músicos que toquem o nosso tipo de música na nossa região. Sem esquecer que também deves gostar deles. Foi muito difícil, mas agora temos uma formação constante, graças a Deus!

 

O que nos podes dizer sobre as vossas principais influências?

As nossas principais influências definitivamente vêm de bandas de Hard Rock e Heavy Metal dos anos 70 e 80 como Iron Maiden, AC/DC, Judas Priest e Aerosmith. Embora gostemos de todos os diferentes tipos de música artesanal.

 

The Nations Dust mostra uma mistura intrigante e poderosa de hard rock com melodias de metal cativantes. O que vos inspirou a explorar essa diversidade musical?

Tudo isso é bastante natural. Como dissemos antes, gostamos de todos os tipos de música e ao longo dos anos como músico colocámos algumas dessas coisas no nosso estilo. Temos três compositores na banda, o que também leva a diferentes tipos de músicas.

 

De que forma trabalham no processo criativo? As músicas têm tanta variedade que parecem ser resultado de intensas jam session. É verdade? É assim que acontece?

Sim e não, as músicas surgem de formas diferentes. Na maioria das vezes, eu ou Patrick trazemos um riff e trabalhamos a partir daí. Mas às vezes começamos uma música com um ótimo refrão ou uma melodia de guitarra. Trabalhamos nas músicas como banda e achamos que é por isso que há tanta variedade na nossa música. Mas por outro lado nem sempre trabalhamos nas músicas como banda. Algumas delas foram escritas por apenas um de nós. Portanto, há muitas maneiras de o fazer, tudo é possível!

 

Que temas e emoções tentaram transmitir em The Nations Dust?

Não é um álbum conceptual, portanto não podemos falar de emoções em relação ao álbum inteiro, mas nas músicas individuais podes encontrar diferentes emoções como felicidade, agressão, medo ou tristeza.

 

Mad Desire e The Riders Of The Apocalypse foram os dois singles lançados previamente. Por que escolheram estas músicas para este propósito?

Mad Desire é a mais nova de todas as faixas do álbum e estamos muito orgulhosos dela. Não só tem um ótimo refrão para cantar, como também tem ótimas partes de guitarra e ritmos descolados, sem esquecer a secção do solo de guitarra. Escolhemos The Riders Of The Apocalypse porque tem uma introdução que soa muito bem e não é tão complexa quanto as outras músicas do álbum. Também gostamos de nós os quatro a cantar o refrão. E essa música é uma das músicas mais antigas que escrevemos. Com estes dois singles tens os dois lados dos Hard Excess.

 

Uma das versões do álbum traz duas músicas extras. Quais são e qual foi a vossa intenção ao adicioná-las apenas em algumas versões?

Se comprares o álbum físico (CD ou vinil), tens duas faixas bónus, que são os dois singles que lançámos em 2019 e 2020. A única razão para isso é que queríamos ter essas músicas em formato físico e não apenas na internet.

 

Deste álbum também há uma edição em vinil, certo? Aos interessados, onde encontrar o vinil?

Podem comprar o álbum em CD ou vinil e também produzimos algumas t-shirts com a capa do álbum, ou seja, também temos pacotes disponíveis. Visitem o nosso site www.hardexcess.com para encomendas online.

 

Já tiveram oportunidade de apresentar The Nations Dust ao vivo? Que outros planos têm para o futuro?

Como dissemos antes, as gravações deste álbum começaram em 2021. Portanto quase todas as músicas foram escritas até então. E já as tocamos em vários espetáculos diferentes, a última vez no dia 11 de novembro na The Nations Dust Release na nossa cidade natal, Lienz. O local estava lotado e divertimo-nos muito com muitos amigos e fãs!

 

Muito obrigado, Kaspar! Queres deixar alguma mensagem aos nossos leitores ou acrescentar mais alguma coisa?

Primeiramente gostaríamos de te agradecer, Pedro, pela entrevista e pela oportunidade de divulgar a nossa música! Segundo: para todas as pessoas que estejam a ler isto agora, sabemos que têm a mesma paixão por este tipo de música que nós. Todos nós sabemos que as grandes e antigas bandas clássicas não existirão por muitos anos. Adoraríamos carregar a bandeira do Hard Rock e Metal clássico para elas, mas precisamos do vosso apoio. Se gostam da nossa música não se limitem a ouvir, mas comprem também as cópias físicas e venham aos nossos espetáculos. Só assim manteremos esta música viva para as próximas décadas!


Comentários