Entrevista: Shocker

 


Os Shocker juntam membros de distintas orientações musicais, por isso não estranha que a música que apresentam no seu longa-duração de estreia seja bastante diversificada. Fractured Visions Of The Mind é o título desse álbum que os belgas lançaram de forma independente e foi para nos falar sobre ele e sobre este jovem projeto que fomos conversar com o vocalista Sammy Peleman.

 

Olá, Sammy, obrigado pela disponibilidade. Podes apresentar este projeto Shocker aos metalheads portugueses?

Olá, primeiramente queremos agradecer-vos pela entrevista e a todos os metalheads que dedicaram o seu tempo a ler isto! São demais! Somos os Shocker da Bélgica. A nossa banda toca como gostamos de chamar de heavy metal progressivo com influências do metal americano, heavy, prog, stoner e até death e black metal, tudo misturado no liquidificador e como toque final às vezes também colocamos algumas músicas atmosféricas.

 

Este projeto nasceu em 2018. Por que decidiram iniciá-lo? Quais foram as vossas motivações?

Alguns anos antes, Danny Copperwire (baixista) e eu (vocalista) conversámos sobre começar uma banda juntos, mas essa ideia foi adiada devido a outras obrigações/desafios, etc.. Naquela altura ainda era o vocalista da banda de thrash metal After All. Foi só algures em 2017 que David (guitarrista) e Danny me perguntaram se eu queria cantar algumas músicas ao vivo no palco com a sua banda de covers Back To Back. Depois desse concerto a ideia surgiu novamente. David também estava interessado, portanto o próximo passo lógico para ele seria juntar-se a nós. Ainda demoramos cerca de um ano para encontrar um baterista e um guitarrista solo que se adaptasse ao som dos Shocker. Não tínhamos nenhum plano prescrito ou ideias de como seria o som. Todos nós temos uma formação diferente e gostamos de diferentes tipos de música, e é isso que nos faz soar únicos.

 

O que nos podes dizer a respeito das vossas principais influências?

As nossas principais influências são Sanctuary/Nevermore, Flotsam & Jetsam, Wicked Maraya, Fates Warning, Seven Witches,… para citar alguns, mas também Amorphis, Paradise Lost,… até coisas progressivas mais antigas como Genesis, Yes, King Crimson,… podes encontrar na nossa música se ouvires com atenção. Quanto mais ouves as nossas músicas, mais elas se revelarão e mais cativantes ficarão.

 

Fractured Visions Of The Mind é a vossa estreia. Como têm sido as reações até agora?

As reações até agora têm sido incríveis! Se leres expressões como “refrescante no género metal”, “intemporal”, “de tirar o fôlego”, “emocionante e distinto”, “sublime”,…  sabes que fizeste um bom trabalho.

 

E como se definiriam para quem não vos conhece?

Deem-nos uma oportunidade e descubram a nossa música. Aproveitem o tempo para explorar e desfrutar! Se gostam de heavy metal progressivo dos EUA com um toque diferente, estão no lugar certo com Shocker.

 

Este álbum mostra uma mistura intrigante e poderosa de metal épico com melodias de metal tradicionais e cativantes. O que vos inspirou a explorar essa diversidade musical?

Como já disse, colocamos elementos da música que gostamos numa música na qual cada um tem seu papel único a desempenhar.

 

De que forma foi trabalhado o processo criativo? É um trabalho individual ou resulta do esforço da banda?

É um envolvimento de grupo. Geralmente Chris, Danny ou David criam um riff ou uma linha de baixo e trabalhamos a partir disso. Louis vem com uma bateria forte e eu preencho com uma linha vocal que completa a música. Às vezes, colocamos linhas de teclado quando cabe na música. É assim que uma música dos Shocker ganha vida.

 

Que temáticas e emoções tentam transmitir em Fractured Visions Of The Mind?

As letras são sobre os próprios aspetos da vida que as pessoas podem vivenciar ou lidar, como tristeza, raiva, arrependimento, mas também felicidade, aventura e fantasia. Por outro lado, sou um grande fanático por terror, portanto ocasionalmente gosto de escrever algumas letras fictícias de terror.

 

Já tiveram oportunidade para tocar Fractured Visions Of The Mind ao vivo? Ou têm planos para isso no futuro?

Sim, tocámos Fractured Visions Of The Mind algumas vezes este ano e estamos a planear fazê-lo num futuro próximo também. Queremos apresentar Fractured... ao mundo o máximo que pudermos e, enquanto isso, continuar a fazer novas músicas.

 

Muito obrigado, Sammy! Queres enviar alguma mensagem aos nossos leitores ou acrescentar mais alguma coisa?

Obrigado, Peter Carvalho (Via Nocturna 2000) pela entrevista. Fractured Visions Of The Mind leva-vos numa jornada por diferentes variedades de música e precisa de tempo para desenvolver todo o seu potencial. Por isso, espero que as pessoas reservem um tempo para explorar as músicas. Não ficarão desapontados. Venham ver-nos ao vivo em palco! We’ll Shock you! Levem-nos para Portugal!!! Keep on Shocking!


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