Entrevista: Ankhara

 

Ankhara é sinónimo do melhor power metal espanhol. E depois de um breve interregno voltam mais fortes que nunca. Para já, com o EP De Aqui a la Eternidad, ao qual se segue uma tournée de comemoração dos 25 anos do lançamento de Dueño del Tiempo. Quanto a um novo longa-duração, ainda é cedo para falar nisso, avança a banda madrilena, por intermédio do seu guitarrista Cecilio Sanches Robles.

 

Olá, Ceci, obrigado pela disponibilidade. Ankhara é uma das bandas de power metal mais importantes da Espanha e com uma carreira sólida. Porém, podes contar-nos o que aconteceu em 2004, quando decidiram parar?

Depois de muitos anos a trabalhar juntos, decidimos que era a altura de pararmos um pouco e termos outra perspetiva musical da banda porque cada um de nós tinha ideias diferentes.

 

E, em 2013 voltaram mais fortes do que nunca. O que motivou esse regresso?

Mantivemos sempre a nossa amizade, não somos apenas companheiros de banda, mas somos como irmãos. Ao longo dos anos, todos tivemos projetos diferentes, mas um dia decidimos voltar a juntar-nos e aproveitar toda a experiência que tínhamos e juntar tudo para voltarmos mais fortes do que nunca.

 

Após o vosso regresso, dois álbuns foram lançados: Sinergía e Premonición, sendo este lançado em 2021. O que podes dizer aos vossos fãs sobre um novo álbum de estúdio? Tens alguma previsão de quando isso poderá acontecer?

Acabamos de lançar o nosso novo LP De Aquí a la Eternidad, vamos iniciar uma tournée muito especial para comemorar os 25 anos do nosso primeiro álbum, Dueño del Tiempo. Ainda não temos planos para um novo álbum de estúdio porque nos queremos concentrar nesta próxima tournée.

 

Como referiste, acabam de lançar o EP De Aqui a la Eternidad. Quais foram as vossas intenções para este lançamento?

Queremos trabalhar muito na tournée ao vivo, indo a todos os lugares que pudermos e levar a nossa música a todos os nossos fãs que estiveram ao nosso lado ao longo dos anos.

 

A escolha do título é uma declaração para os vossos fãs de que os Ankhara nunca irão parar abruptamente como aconteceu no passado?

Essa não é a intenção do título, mas as pessoas podem ter certeza de que Ankhara estará aqui por muito tempo. Achamos que este é o nosso melhor momento e vamos continuar enquanto sentirmos que podemos dar o nosso melhor.

 

Ralf Scheepers e Andy La Roque colaboram em duas músicas. Como se proporcionou essa colaboração?

A colaboração foi possível graças a Alberto Marin. Conversamos com os dois sugerindo a colaboração, na qual eles fizeram um trabalho incrível e tudo funcionou perfeitamente.

 

O que lhes pediram? Podes contar-nos?

A ideia original era que Ralf cantasse Into The Pit, mas quando lhe contamos, ele disse que não queria fazer uma cover, mas uma música original dos Ankhara, mesmo que fosse em espanhol e o resultado foi maravilhoso como vocês podem ouvir na música. Por outro lado, quando pedimos a colaboração de Andy La Roque num solo de guitarra, a única condição era que se a música fosse do estilo dele e ele gostasse, ele iria gravá-la. Enfim, parece que gostou, por isso temos aquele solo incrível. Para Alberto e para mim é um prazer compartilhar o solo com um guitarrista que sempre admiramos desde pequenos.

 

Também tens uma cover dos Fight. Por que a escolha dessa música e banda?

Queríamos fazer uma cover dos Judas Priest, provavelmente porque adoramos a banda e porque Pacho Brea, o nosso vocalista, é muito bom a cantar as músicas do Rob Haldford, mas no final pensamos que os Judas Priest eram uma banda que nós já tínhamos feito uma cover, por isso decidimos que Fight era a banda que iríamos escolher.

 

Já tiveram a oportunidade de tocar este EP ao vivo?

Apenas algumas músicas.

 

Muito obrigado, Ceci! Queres enviar alguma mensagem para os vossos fãs ou acrescentar mais alguma coisa?

Muito obrigado por nos dedicares o teu tempo e a todos os fãs que apoiam a banda, estamos a trabalhar mais duro do que nunca e esperamos vê-vos em breve nos espetáculos ao vivo.