Interbellum (CATHUBODUA)
Massacre Records
Lançamento: 23/fevereiro/2024
Depois de uma estreia exaustiva com 15 minutos
e cerca de uma hora de música, parece que os Cathubodua aprenderam a
lição e aprenderam, principalmente, a ser objetivos. Por isso o sucessor dos
belgas, Interbellum, está limitado a meia hora distribuída por apenas
seis temas, em que tudo o que está inserido faz sentido, está bem feito e não
está apenas para alongar o tempo do álbum. O seu estilo é metal
sinfónico com vocais femininos, por isso já se antevê uma luta feroz pela
atenção. Mas, acreditamos que não é por muito prolongar um álbum que terá mais
exposição. Precisamente, o contrário. E este Interbellum, trazendo todas
as virtudes e defeitos do género (porque, no essencial, não foge muito ao seus cânones),
consegue ser muito mais compacto, assentando no fundamental e descartando o
supérfluo. Dizemos que é compacto na linha estilística orientadora, mas também
é compacto nas composições, com uma sonoridade muito densa, mas onde uma
produção bem definida consegue fazer salientar todos os pormenores. E desses
pormenores, os que mais interessam estão associados à atualização sonora e
alguma originalidade trazida pelo violino, desta vez entregue a Arvid Vermote que
substitui Katrien Van den Hurk. Adicionalmente, uma soft abordagem
folk distribuída pelo álbum, o recurso aos blast beats, mesmo que
a música nem sempre seja muito agressiva e arranjos que se afastam um pouco do
convencional dentro do género são outros aspetos que poderão chamar a atenção
dos fãs para Interbellum. Vocalmente, Sara Vanderheyden é uma
vocalista com um desempenho bastante acima da média do que atualmente se vai
ouvindo nos coletivos mais jovens, com um excelente alcance vocal e surgindo
bem acompanhado por alguns coros e (reduzidos) guturais. É ela, também, a
responsável por algumas orquestrações épicas que se podem ouvir ao longo do
álbum. Portanto, não trazendo nada de novo para o capítulo do epic symphonic
metal, Interbellum tem esse condão de fazer esquecer o passo em
falso dado com o início da sua carreira e até tem capacidade para fazer os Cathubodua
almejarem uma subida no ranking do género. [86%]
Highlights
Foretelling,
Will Unbroken, Amidst Gods, Goddess Fallacy
2. Foretelling
3. Will
Unbroken
4. Amidst Gods
5. The Mirror
6. Goddess
Fallacy
Line-up
Sara
Vanderheyden – vocais, orquestrações
Arvid Vermote
– violino
Robin Ritzen –
guitarras
Peter
Thielemans – baixo
Harald Bouten
– bateria
Convidados
Mathijs Ignoul – guitarra acústica
(2, 5, 6)
Internet
Edição
Comentários
Enviar um comentário