Entrevista: Stygian Crown

 


O conceito Candlethrower gerou curiosidade e, a partir daí os Stygian Crown puderam espalhar a sua visão muito própria de como construir metal. O álbum homónimo já ficou para trás e o seu sucessor, Funeral For A King, na nossa opinião, não tem tanto death metal. A vocalista da banda americana, Melissa Pinion, com quem voltámos a conversar quatro anos depois discorda…

 

Olá, Melissa, tudo bem? Obrigado novamente pela tua disponibilidade. Como passaram o tempo entre o lançamento de Stygian Crown e a nossa última conversa, em 2020, e agora, com um novo álbum?

Desde 2020, a banda tem tocado em grandes festivais nos EUA e na Europa para divulgar a nossa estreia homónima. E, enquanto isso, temos escrito novo material. Os últimos quatro anos foram incríveis!

 

Funeral For A King é o vosso novo álbum e gostaria de te perguntar sobre o processo criativo. Seguiram o mesmo caminho da estreia ou, desta vez, tentaram novas abordagens?

As abordagens são semelhantes. Nelson e eu trouxemos uma série de ideias básicas que foram concretizadas em músicas completas durante as sessões com a banda completa. O nosso membro mais novo, Eric Bryan, também teve um papel fundamental porque foi capaz de traduzir as minhas composições para piano em algo que fizesse sentido para os guitarristas.

 

Quando começaram a trabalhar neste novo álbum e nas músicas?

Estou sempre a pensar em ideias, por isso tenho quase a certeza de que escrevi a maioria das minhas estruturas musicais em 2020 e no início de 2021. A banda completa tem escrito material para o álbum seguinte desde o lançamento do nosso primeiro álbum.

 

Como foi o processo de composição deste álbum? Foi um trabalho colaborativo? Como é o procedimento habitual nos Stygian Crown?

Começamos com “esqueletos de músicas” trazidas por Nelson ou por mim, e há até uma música escrita originalmente por Jason Thomas (o nosso baixista original), Bushido, que entrou no álbum. Essas ideias básicas são transformadas em músicas completas por parte de toda a banda. Tivemos que estar atentos desta vez porque era o nosso segundo álbum, por isso houve cortes e reescritas.

 

Como já referiste, Eric Bryan é o vosso novo baixista. Desde quando está a bordo? Já teve oportunidade de colaborar no processo de composição?

Eric juntou-se aos Stygian Crown em 2022, com o seu primeiro espetáculo connosco no Legions Of Metal em Chicago. Ele trouxe uma grande visão sobre o processo de composição.

 

Desta vez parece que a componente death metal é ainda menor, portanto o conceito Candlethrower é menos evidente. Concordas?

Discordo! As influências do death metal estão tecidas ao longo deste álbum. Não acredito que tenha diminuído, embora a presença de uma balada com violino possa fazer com que assim pareça.

 

Simultaneamente, incluem algumas passagens de piano/violino que nos lembram os My Dying Bride. De que forma surgiram essas faixas e como fizerem a gestão desta mistura com as outras músicas com fortes riffs de guitarra?

Blood Red Eyes efetivamente é inspirada em Sear Me, dos My Dying Bride. Queríamos apresentar algo único para o novo álbum, e o bom que o doom tem é que pode ser apresentado numa balada despojada e assustadora de piano/violino.

 

O álbum foi gravado em cinco estúdios diferentes, de Los Angeles a Melbourne. Porquê? O que estavam à procura?

Temos a sorte de ter acesso a equipamentos profissionais em casa, e essa é a razão de vários estúdios. Mas também sabíamos que desta vez queríamos trabalhar novamente com Mark Kelson, porque ele é incrível, e isso explica o estúdio australiano.

 

Já tiveram oportunidade de tocar estas músicas ao vivo? Como têm sido as reações?

Tocamos várias destas músicas ao vivo, incluindo várias no Hammer Of Doom de 2022, Hell Over Hammaburg de 2023 e no regresso retorno do LA Gates Of Metal em 2023. Achamos que o público está animado para ouvir mais depois de assistir a estas apresentações.

 

Têm mais alguma coisa programada para o futuro?

Este ano vamos tocar no Up The Hammers, na Grécia e Hell’s Heroes, em Houston, Texas. Algumas tournées também estão em andamento para ajudar a promover o novo álbum.

 

Obrigado, Melissa, mais uma vez. Foi uma honra. Queres enviar alguma mensagem aos nossos leitores e aos vossos fãs portugueses?

Agradecemos o teu interesse por nós! E agradecemos aos nossos fãs portugueses!


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