Seis anos depois de Rise Of The Serpent,
os bascos The Wizards regressam com a sua única e mágica mistura de hard
rock dos anos 70, metal tradicional e muito ocultismo. The Exit
Garden é o título desta nova coleção de oito canções onde o metal, o rock,
o stoner e o doom caminham lado a lado sem atropelos. E foi para
nos falar deste lançamento que estivemos à conversa com o guitarrista Felipe, aka
Phil The Pain.
Olá, Felipe, como estás?
Obrigado pela disponibilidade. The Exit Garden é o
vosso novo álbum, lançado seis anos depois de Rise Of The Serpent. O que
aconteceu para este hiato?
Além da pandemia, tivemos que lidar com alguns problemas pessoais
e familiares. O tempo passa e 6 anos passaram-se como 6 meses. Mas agora
estamos de volta e prontos para arrasar novamente!
Com esse hiato, todas as
músicas apresentadas em The Exit Garden são
novas, ou foram buscar algumas composições mais antigas?
Algumas delas são totalmente novos, outras são baseadas em ideias
que tivemos desde 2020.
Em termos musicais, que pontos
de proximidade e separação existem entre este trabalho e os anteriores?
Bem, parece que este é um álbum mais maduro e introspetivo.
Crescemos, pessoal e musicalmente, e isso certamente fica evidente nesta
gravação.
Além disso, para este álbum
seguiram uma abordagem diferente em comparação com o álbum anterior. Podes
explicar-nos em que consistiu e porque escolheram esse caminho?
A principal diferença é que nós mesmos produzimos o álbum pela
primeira vez. Isso traz um foco diferente desta vez, uma lente diferente. Quando
produzes as tuas próprias músicas há uma abordagem totalmente nova, pois
acostumamo-nos a ter uma mão orientadora (irmão Dean Rispler). Diversos motivos logísticos impossibilitaram a sua
presença a bordo desta vez, por isso assumimos nós próprios a responsabilidade
pela produção e o resultado é muito satisfatório para nós.
Outra novidade é a escrita,
pela primeira vez, de uma música sem baixo nem bateria. Acontece em Dawn
Of Another Life. O que vos motivou a criar tão bela peça de arte?
George Dee escreveu esta música para o seu filho
recém-nascido. Decidimos manter tudo calmo, tranquilo e despojado, e realmente
funciona assim.
Qual o significado deste título,
The Exit Garden? A que está ligado?
Para nós é um lugar de metáfora, sonho e mito. Esses são conceitos
sobre os quais escrevemos constantemente nas nossas letras.
Como é que aparecem as vossas alcunhas e o que
significam?
Não são alcunhas! São os nossos nomes verdadeiros (risos)! É tudo
baseado em piadas idiotas, um pouco de ocultismo e até futebol!
Já tiveram a oportunidade de tocar estas músicas ao
vivo? Como têm sido as reações?
Acabamos de fazer o primeiro espetáculo do novo set, e as novas músicas soam incríveis
ao vivo. É sempre bom ter coisas novas para tocar ao vivo!
E o que mais têm planeado para o futuro? Portugal estará
incluído?
Estamos dispostos a tocar ao vivo o máximo que pudermos e
esperamos voltar a Portugal, claro. Tocámos no Cartaxo em 2017 e no Sonic
Blast em 2018 e ambos foram loucos!
Recentemente comemoraram o 10º aniversário do vosso primeiro
espetáculo. Que lembranças guardas desse momento?
Esse espetáculo foi suado, gorduroso e barulhento!! A fera foi
solta numa pequena sala lotada e nenhum prisioneiro foi feito. Também foi uma
noite de festa! Praticamente estabeleceu os padrões de uma performance ao vivo
média dos The Wizards. Sangue, suor
e watts!
Obrigado, Felipe, mais uma vez. Queres enviar alguma mensagem aos nossos leitores ou aos vossos fãs?
Estamos de volta, embora nunca tenhamos ido embora, e esperamos tocar estas músicas ao vivo para todos vocês em breve! Muito obrigado por esta entrevista, mal posso esperar para voltar a provar a Super Bock!
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