Entrevista: Bruto & The Rock 'n' Roll Apostles


Jorge Bruto, conhecido pelos Capitão Fantasma, começou a preparar, em 2021, uma forma de evangelizar com rock ‘n’ roll. Com ele estavam dois apóstolos bem conhecidos pelo seu trajeto no meio – Hugo Conim e João Ventura. Damnation Box é o resultado desse trabalho que junta outros apóstolos, quer permanentes, quer convidados, como André Joaquim, Vítor Bacalhau, António Meireles, Ricardo Vieira e João Vila Nova. Todavia, para esta ceia (entenda-se conversa!) só estiveram presentes o deus Jorge e o apóstolo Hugo.

 

Olá, Jorge, tudo bem? Antes de mais, parabéns pelo teu novo álbum. Considerando o teu historial e a tua carreira no rock nacional, o que te motivou e quando sentiste necessidade de erguer um novo projeto?

JORGE BRUTO (JB): Eu tenho sempre vontade de fazer coisas novas, é mais forte que eu, sou o eterno insatisfeito, acho sempre que podia ter feito melhor e que da próxima vou fazer.  Agora este projeto em particular saiu da vontade do Hugo Conim, ele perguntou-me se eu queria fazer alguma coisa e eu agarrei a oportunidade de trabalhar com mais um músico fantástico.

 

À partida, traçaste algum caminho a ser seguido ou deixaste isso ao sabor da criatividade do momento?

JB: Eu tenho sempre planos e depois deixo fluir.

 

Para te acompanhar, escolheste alguns apóstolos. Foi uma escolha fácil? E foi uma aceitação fácil por parte deles seguirem-te nesta evangelização?

JB: (risos) Não, não escolhi, tal como os apóstolos originais, João foi ter com o Cristo, pois sentiu vontade de espalhar a palavra, assim como o Hugo veio a mim e os outros apóstolos vieram juntar-se porque também eles sentiram a chamada e juntos vamos pregar o rock' n'roll!

 

Para além dos apóstolos principais, também contas com alguns convidados. Quando e como é que eles surgem no processo?

JB: Apareceram, como por magia quando precisámos deles.  Mais uma prova que os deuses do rock'n'roll estão connosco.

 

Este é um álbum que surge numa parceria entre três selos (Raging Planet, Firecum e Half Beast Records). Queres explicar como decorreu este processo?

HUGO CONIM (HC): A decisão de serem estas 3 editoras a lançarem isto, foi porque foram as que mais acreditaram no projeto e nos deram as melhores condições.

 

E quanto ao processo de composição? Começou em 2021, não foi? Foi um processo em solitário ou já tinhas a companhia dos teus apóstolos?

HC:  O processo de composição começou em 2021 e foi feito entre mim, o João Ventura e o Jorge.

 

Depois, o processo de gravação foi dividido entre o Coleman Recordings (inicialmente) e o Brugo Studio (posteriormente). Pergunto-te porque a escolha destes dois locais e se correu tudo de forma tranquila?

HC: A gravação foi dividida entre o Coalman Studios onde fizemos a captação dos instrumentos e o Brugo Studio onde gravamos a maior parte das partes vocais. O processo de gravação foi super amigável e tranquilo.

 

Explica-nos porque decidiste incluir um tema em português, a Canção do Ladrão?

HC: Para não ser tudo em inglês... e porque nos apeteceu.

 

Este Damnation Box será uma aventura única para os Rock ‘n’ Roll Apostles ou é um projeto para ter continuidade?

HC: Sinceramente não sabemos, só deus ou o diabo saberão.

 

Têm alguma coisa planeada ou programada para levar Damnation Box para a estrada?

HC: Só mesmo o diabo pode responder a isso... Não sabemos ainda o que o futuro nos reserva.

 

Entretanto, tens andado na estrada com os Capitão Fantasma. Como têm corrido as coisas? E, já agora, para quando um novo álbum de originais?

HC: Rock n Roll honesto até a morte!

 

Obrigado, pessoal! Querem acrescentar mais alguma coisa para os nossos leitores e para os vossos fãs?

JB: Obrigado por estarem desse lado e por continuarem a fazer com que esteja deste! 

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