Risen Symbol (AXEL RUDI PELL)
Steamhammer/SPV
Lançamento: 14/junho/2024
É alemão, mas mais parece ser um relógio
suíço. O eterno guitarrista Axel Rudi Pell, com a sua mais estável e
forte formação de sempre, vai mantendo, sem qualquer tipo de variação, o
lançamento de um álbum de originais a cada dois anos. O mais recente é Risen
Symbol e vem provar aquilo que anteriormente se disse da sua banda, mas
também vem mostrar que Sr. Pell continua a saber escrever hinos metálicos
poderosos e a desenvolver composições com ganchos inigualáveis. Pode dizer-se
que ele não sai muito da sua zona de conforto, mas que importa isso quando
consegue criar canções que apetece ouvir até à exaustão. Embora, para este Risen
Symbol, essa premissa de não sair da zona de conforto até seja posta em
causa pela própria banda. É que sendo um disco com a típica assinatura do
guitarrista de Bochum, há espaço para umas quantas abordagens que acabam por
surpreender. Desde logo Forever Strong, tema que surge a seguir à
tradicional introdução. Este é uma malha do mais puro power metal. Será,
porventura, um dos seus temas mais pesados da carreira. Poderá indiciar uma via
alternativa na sua carreira? Teremos que esperar. Depois, também é habitual a
inclusão de uma versão. Mas, desta vez, a escolha foi pouco óbvia e a fasquia
foi elevada a um patamar de elevada exigência – Immigrant Song, original
dos Led Zeppelin, aqui revisitada e reexplorada! Também Darkest Hour,
num registo claramente ao seu estilo, traz pormenores que surgem de um delicado
trabalho de guitarra em diálogo com a voz. É um belíssimo tema, dos mais
completos e bem estruturados do álbum e um daqueles onde se percebe a
inteligência colocada ao serviço da composição. Depois surge o épico do álbum, Ankhaia,
com os seus 10 minutos, que busca no exotismo da orientalidade o seu caminho de
grandiosidade. Aliás, uma orientalidade que já vinha da própria Immigrant
Song. Já passamos do meio do álbum e continuamos a ser surpreendidos. A
segunda metade, todavia, é mais tradicional, se assim lhe podemos chamar. Isto
é, respeita mais o seu próprio legado, embora as linhas melódicas criadas em Hell’s
On Fire e Taken By Storm sejam do melhor que a banda já criou. E,
também, Crying In Pain seja uma balada diferente porque consegue
imprimir mais profundidade e emoção que o habitual. Risen Symbol é o
tipo de álbum que não segue o caminho mais fácil e que não tem preocupações com
a duração das canções. Ou seja, não são longas apenas porque sim. As que têm
substância para se desenvolverem, crescem para durações épicas; as restantes,
estão mais controladas e ficam mais curtas. Por tudo isso, Risen Symbol
é o mais consistente e forte álbum de Axel Rudi Pell dos últimos anos. [90%]
Highlights
Forever
Strong, Immigrant Song, Darkest Hour, Ankhaia, Crying In Pain, Taken By Storm
2.
Forever Strong
3.
Guardian Angel
4.
Immigrant Song
5.
Darkest Hour
6.
Ankhaia
7.
Hell`s On Fire
8.
Crying In Pain
9.
Right On Track
10. Taken By Storm
Line-up
Axel Rudi Pell
– guitaras
Johnny Gioeli
– vocais
Volker
Krawczak – baixo
Ferdy Doernberg – teclados
Bobby Rondinelli – bateria
Internet
Edição
Comentários
Enviar um comentário