Entrevista: The Omnific

 


Conhecidos pelo seu som único que mistura dois baixos e bateria, os The Omnific têm cativado audiências ao redor do mundo com a sua abordagem musical distintiva e envolvente. Depois de terem passado pelo Hard Club e antes do seu regresso a Portugal para uma presença no Vagos Metal Fest, Jerome Lematua, o talentoso baterista do coletivo autraliano, partilha connosco as origens da banda, os desafios enfrentados ao longo da sua trajetória e os detalhes do seu mais recente trabalho, The Law Of Augmenting Returns, que tão bem retrata o mundo vibrante que os The Omnific criam através da sua música.

 

Olá, Jerome, como estás? Obrigado pela disponibilidade para esta entrevista. The Omnific é um projeto muito inovador. Apesar da vossa carreira já estar estabilizada há alguns anos e lançamentos, qual foi a origem de um formato desse tipo?

Viva, meu, sim, muito bem, obrigado. A banda surgiu de uma ideia que Toby e Matt tiveram um dia de gravar uma música juntos com apenas 2 baixos. O vídeo que eles colocaram no Facebook teve cerca de 30 mil visualizações numa semana e eles simplesmente continuaram (risos).

 

Desde o início, o projeto foi voltado para este formato ou sofreu adaptações ao longo do percurso?

Sim, acho que a ideia foi sempre consistir nos instrumentos principais como 2 baixos e bateria, mas à medida que crescemos e o nosso som evoluiu, adicionamos linhas de sintetizador para transmitir a emoção que estamos a tentar criar com a nossa música.

 

Durante o desenvolvimento do projeto, quais foram as principais dificuldades que foram encontrando?

Acho que o principal obstáculo foi como escrever músicas com apenas 2 baixo e bateria (risos), mas principalmente foi apenas tentar construir um som que somos nós e que é representado pelo nome The Omnific, que acho que conseguimos alcançar ao longo dos anos.

 

E aí está um novo álbum, The Law Of Augmenting Returns. Que nova abordagem trazem para a mesa desta vez?

The Law Of Augmenting Returns realmente reúne todos os sons e emoções dos nossos lançamentos anteriores, com algumas ideias muito ‘progressivas’ que o fazem destacar-se dos lançamentos anteriores.

 

Este é um álbum onde permanecem fieis à essência do projeto. No entanto, têm alguns convidados para instrumentações diferentes, como violoncelo, trombone, contrabaixo e trompete. Quando se aperceberam que todas essas tonalidades poderiam encaixar bem nas vossas composições?

Sim, temos alguns convidados neste álbum, e sentimos que cada parte que eles tocaram realmente carregava a visão musical que cada um de nós imaginou para cada uma dessas partes. Todos eles adicionaram o seu próprio talento que ajudou a criar vibrações muito boas.

 

Além desses instrumentos, também têm outros convidados. O que estavam à procura quando os convidaram?

Temos alguns solos em instrumentos diferentes, sendo o principal Charles Berthoud. Acho que lhe mandamos um e-mail e ele respondeu a dizer que o faria, o que era doentio. Isso também levou Charles a fazer um solo no palco connosco em Boston durante a nossa tournée pelos EUA/Canadá, o que foi incrível. Kai den Hertog também fez um solo de baixo na mesma faixa com Charles, o que, definitivamente, marcou o final da música The Law Of Augmenting Returns. Há também um solo de Rohan Sharma nas teclas, que se encaixa perfeitamente com a música final do álbum, portanto tudo funcionou como pensámos que cada secção poderia funcionar com bons solos. Também adoramos trabalhar com outros músicos.

 

Como decorreu o trabalho de estúdio para este álbum? Como conseguiram gravar e gerir todos esses músicos e instrumentos?

A gravação foi um processo bastante longo, não a gravação propriamente dita do álbum, que demorou apenas no máximo 2 semanas para o baixo e 10 dias para a bateria. Mas tentar agendar tudo em torno de tournées e outras coisas prolongou o cronograma de gravação de um álbum. Também aprender as músicas em si já é difícil o suficiente (risos).

 

Podemos considerar este álbum uma das vossas maiores aventuras de sempre?

Sim, eu considero-o um dos melhores, escrever e gravar este álbum em torno de grandes tournées foi um novo desafio a ser superado e divertido.

 

Recentemente tocaram no Porto com os Ne Obliviscaris e Persefone. Foram a banda de abertura da noite, mas que lembranças guardas dessa noite?

Sim, que show! Uma das coisas que nunca esquecerei foi que as pessoas estavam a cantar as melodias das nossas músicas para nós, e estavam tão altas que eu podia ouvi-las através do meu IEM (risos). Absolutamente insano.

 

E estão prontos para voltar a Portugal para tocar no Vagos Metal Fest? O que estão a preparar para essa apresentação?

Sim, claro, mal posso esperar para tocar no Vagos Metal Fest. Estamos a preparar um set de festival para esse concero e mal podemos esperar para mostrar a todos em Portugal o que temos reservado para vocês desta vez.

 

Obrigado, Jerome, mais uma vez foi uma honra. Queres enviar alguma mensagem para os vossos fãs?

Obrigado e a todos, stay bassy!



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