Entrevista: Falcon Trails

 


Mika Grönholm, Lee Small e Tom Rask formam os Falcon Trails, banda profundamente inspirada no rock vintage dos anos 70, mas não só! Coming Home é o álbum que resulta do trabalho à distância dos três e que revisita muito soul e funk. O que aliás, agrada ao vocalista britânico Lee Small, com quem voltamos a conversar, mas desta vez em torno deste novo projeto.

 

Olá, Lee, como estás? Cá estamos nós de novo, desta vez para falar sobre o projeto Coming Home dos Falcon Trails. Este é um projeto internacional, por isso podes apresentá-lo aos nossos leitores?

Olá, estou bem, obrigado. Foi um ano difícil em termos de saúde, mas estou a recuperar. Falcon Trails - Coming Home é um álbum de música influenciada pelos anos 70, escrito por Mika Gronholm, que é um multi-instrumentista/produtor, com a minha voz e o baterista Tom Rask, também da Finlândia.

 

Falcon Trails reúne músicos de diferentes origens e países. Como é que estas influências e experiências diversas moldam a música da banda?

A beleza disto é a química da banda, estamos todos sintonizados com esta era e podemos naturalmente expressar-nos com este estilo de música.

 

Coming Home é descrito como um mergulho no rock clássico vintage com influências dos anos setenta. O que inspirou esta direção musical para os Falcon Trails?

Como somos tão naturalmente influenciados por essa década, é como calçar um velho par de botas, usamo-las bem...

 

E é um álbum muito diversificado. Como é que conseguem misturar influências tão diferentes?

Essa é a beleza dos anos 70, tantas coisas aconteceram nessa altura, não era preciso gostar apenas de um estilo de música, podia-se gostar de tantas coisas diferentes e cada estilo podia ligar-se e ressoar connosco de uma forma positiva.

 

Como é que equilibram as influências do rock vintage com o vosso som único para criar algo fresco e novo?

Pessoalmente, há tantos lados da minha voz, que nem sempre posso usar em certos álbuns ou projetos, por isso cada álbum é um veículo diferente que me pode levar a certos destinos para acomodar a melodia, ou o soul ou o rock & blues.

 

Quais são, na tua opinião, os elementos chave que definem a música dos Falcon Trails e vos distinguem de outras bandas de rock clássico?

Eu não acho que exista outro álbum como este. Bem, não desde meados dos anos setenta, ninguém consegue fazer isso tão autenticamente, não podes planear fazer material como este quando não vives ou respiras isso, é o sangue nas nossas veias.

 

O álbum presta homenagem a bandas lendárias como Led Zeppelin, Jimi Hendrix, The Who e Pink Floyd. De que forma essas influências moldaram o som e o espírito de Coming Home?

Todos nós ouvimos várias bandas da época, e isso dá-nos a possibilidade de cobrir esses diferentes estilos de forma convincente.

 

Podem falar sobre os temas e as mensagens por detrás de Coming Home? O que é que esperam que os ouvintes retirem do álbum?

Bem, o Mika escreveu as canções, por isso seria injusto fazer as minhas próprias suposições sobre o que se trata, mas toda a mensagem do álbum é ouvir sem preconceitos, apreciar a música e deixá-la levar-te na sua própria viagem.

 

O álbum foi escrito e gravado entre 2018 e 2019, mas só foi concluído em 2024. Porque é que houve um intervalo tão grande antes do seu lançamento?

Boa pergunta, acho que o Covid 19 chegou e teve um impacto tão grande na vida de toda a gente que as coisas foram arquivadas e esquecidas porque o mundo estava em crise.

 

De que forma Coming Home difere dos teus projetos musicais anteriores em termos de estilo e composição?

Há muito mais funk neste álbum, que é algo que eu adoro, mas que não tenho tido oportunidade de gravar muito nesse estilo ultimamente.

 

Podes descrever o processo de composição e gravação do Coming Home? Trabalharam remotamente ou fisicamente juntos?

Gravámos todos separadamente, eu fiz todas as vozes em Londres, Inglaterra, e o resto do álbum foi escrito e gravado em Helsínquia, Finlândia.

 

O Mika disse que te enviava melodias de guia vocal em bruto e que tu as adaptavas. Podes falar mais sobre esta troca criativa e como é que isso influenciou o produto final?

Sim, está correto, ele envia-me melodias aproximadas para que eu possa perceber onde ele quer os versos, refrões, etc., e depois eu faço o que quero com elas e deixo-as confortáveis para eu cantar e expressá-las naturalmente.

 

Michelle Lynch fez backing vocals em várias faixas. De que forma a sua contribuição melhorou o som do álbum?

Ela tem uma voz linda e acho que fez a diferença. É sempre bom ter vozes diferentes na mistura quando possível, todas elas contribuem para o som geral.

 

Com o lançamento de Coming Home, quais são os vossos planos para a digressão e promoção do álbum?

Gostaríamos muito de fazer uma tournée, mas as agendas não permitem, todos nós temos outras coisas para fazer que, infelizmente, desempenham um papel importante no trabalho ao vivo.

 

O que vem por aí para os Falcon Trails depois do lançamento de Coming Home? Há algum projeto ou colaboração que vocês esperam ansiosamente?

Falcon Trails 2 seria muito bom, vamos estar atentos!

 

Finalmente, que mensagem ou sentimento esperam que os ouvintes levem de Coming Home?

Eu sei que falo por todos quando digo que esperamos que todos se conectem com o álbum e esperamos que vocês possam encontrar nele algo especial que possa alimentar as suas almas.

 

Muito obrigado, Lee, mais uma vez. Alguma ideia final que queiras partilhar com os teus fãs e com os nossos leitores?

Obrigado, Pedro, é sempre um prazer falar convosco, desejando a todos boa saúde e vibrações de paz.


Comentários

DISCO DA SEMANA #47 VN2000: Act III: Pareidolia Of Depravity (ADAMANTRA) (Inverse Records)

MÚSICA DA SEMANA #47 VN2000: White Lies (INFRINGEMENT) (Crime Records/We Låve Records)

GRUPO DO MÊS #11 VN2000: Earth Drive (Raging Planet Records)