Nesta entrevista
exclusiva com os Alpha Warhead, banda de thrash metal
emergente no cenário musical português, exploramos a sua história, influências
e ambições. Formada em 2019 e fortemente inspirada pelo thrash dos anos
80, a banda enfrentou o desafio da pandemia, mas ressurgiu com força total.
Agora com o lançamento físico do seu primeiro álbum, Code Red, através
da Firecum Records, os Alpha Warhead estão prontos para levar o seu som ao
próximo nível. Conversámos com Diogo Pereira (vocalista e guitarrista ritmo),
Rick Serrano (guitarrista solo), Pedro Peralta (baterista) e Pedro Silva
(baixista e vocais de apoio), que nos falam sobre as suas influências, o
processo de criação musical e o que os move a continuar a sua jornada na
estrada do thrash metal.
Olá, pessoal, tudo bem?
Obrigado pela disponibilidade! Para começar podem apresentar os Alpha Warhead?
Quando é que se juntaram e com que objetivos?
DIOGO PEREIRA (DP): Boas, obrigado nós, é sempre bom dar estas
entrevistas. Eu sou o Diogo, guitarra ritmo e vocalista.
RICK SERRANO (RS): Sou o Enrique, guitarrista solo.
PEDRO PERALTA (PP): O Peralta, baterista.
PEDRO SILVA (PS): Comé, sou o Pedro, baixista e vocais de
apoio e obrigado por esta oportunidade!
DP: A banda começou em inícios de 2019 com o objetivo de compor as músicas
ao meu estilo, com as influências do thrash dos anos 80. Quase um ano
depois encontrei os dois Pedros, estivemos parados durante 2 anos devido à
pandemia, mas após 2 anos de concertos com o nosso antigo guitarrista, a sua
saída e a entrada do Rick como guitarra solo, completámos o primeiro line up
oficial da discografia de Alpha em finais de 2023.
PS: O nosso objetivo é viver da música e sermos bem-sucedidos, é algo que
adoramos fazer e queremos partilhar com o mundo.
RS: Eu já conhecia o Diogo de uma banda de garagem que tive com ele na adolescência,
durante os anos fomos mantendo o contacto e 5 anos depois ele ligou-me a
perguntar se queria fazer parte da banda. Por muito que eu quisesse na altura
estava um bocado complicado para mim aceitar o convite por causa da distância,
trabalho, etc. Mas eventualmente consegui arranjar maneira para as coisas
funcionarem e as coisas com a malta fluíram como manteiga. Sempre adorei este
tipo de música e tive o sonho de fazer parte de uma banda assim, e eu em muito
pouco tempo senti que estava na banda certa, além de ter feito grandes
amizades. E o objetivo é fazer disto, o que mais gostamos, a música, a nossa
vida. Porque é a melhor coisa do mundo.
Como foi o vosso background musical
antes dos Alpha Warhead?
PP: Eu praticava na cave do meu avô.
DP: O meu foi umas quantas bandas de garagem falhadas com pessoal que não
levavam a cena a sério, decidi criar a própria banda.
PS: Eu tive 1 mês de aulas de baixo quando comecei a aprender, decidi
continuar sozinho e depois de uns anos juntei-me aos Gentle Rudeness, uma banda de heavy rock que já não está
ativa. Ganhei um amor especial pelo palco e quis perseguir algo maior,
encontrei o Diogo e aqui estamos.
RS: O que me meteu no mundo da música desde pequenino foi o metal,
devido a influências familiares. E cresci mais ou menos nessa escola do rock
e metal até isso me abrir as portas para ouvir, apreciar e tocar muitos
outros estilos musicais. Quando eu era pequeno, os meus pais puseram-me no
conservatório onde aprendi guitarra clássica e a teoria básica musical até ter
ido estudar jazz para a universidade de Évora. Aprendendo e sacando
coisas de um pouco de tudo, hoje em dia aprecio tanta musica que podia ficar
aqui horas a falar. Mas aquilo que tem mais peso no meu coração e para qual eu
sempre quis ser músico, é o metal. Para mim os outros estilos de música
dos quais aprecio e aprendo coisas são meios, e o metal é a base.
Como surge o vosso
nome? Tem algum significado especial?
DP: O nome simplesmente veio do jogo SCP: Secret Laboratory, ouvi as
palavras Alpha Warhead, gostei e fui pesquisar, como não havia nenhuma
banda com esse nome eu aproveitei.
Como se definiriam, em termos musicais e líricos, para
aqueles que não vos conhecem?
DP: Podemos basear as nossas influências musicais principalmente no thrash
old school dos anos 80, em termos de letras, o nosso primeiro álbum
consiste de vários temas como complexo industrial-militar, saúde mental, terror
cósmico e críticas sociais.
Code Red foi
lançado, de forma independente e digital no final do ano passado. Quando surgiu
esta possibilidade de um lançamento físico e através da Firecum Records?
PS: Esta oportunidade surgiu quando o Garras, baterista de ThrashWall e nosso amigo, mencionou o interesse do Pedro Junqueiro na nossa banda. Uns dias depois falámos com ele e
em 2 semanas oficializámos a parceria com a Firecum Records.
No que diz respeito às
músicas, estas sofreram algum tipo de tratamento posterior ou não?
DP: Eu não diria que sofreram grandes alterações, se calhar um lick
ou uma linha vocal diferente, mas nada de mais
Em termos líricos,
quais são os principais assuntos abordados nas vossas composições?
PS: O Diogo é que escreve as letras, mas eu gosto de ouvir um instrumental
nosso e tentar pensar no melhor tema para isso e dar as minhas sugestões para
depois começarem a serem trabalhadas. Os assuntos abordados até agora, como foi
mencionado, são de complexo industrial-militar, saúde mental, terror cósmico e
críticas sociais.
Outro lançamento que,
se não saiu, estará quase é The Acoustic BBQ Sessions. Pelo que se
depreende será um trabalho acústico. Com arranjos dos temas do álbum ou temas
originais?
DP: Isso foi uma piada que decidimos fazer para o dia 1 de abril, um
churrasco com miniconcerto.
RS: No entanto, já discutimos um conceito muito parecido em que todos
demonstramos interesse fazer.
Já tiveram a festa de
lançamento do álbum. Como correu essa noite?
PP: Incrível, com duas bandas amigas e os fãs completamente energéticos.
DP: Verdade, foi uma noite do caralhão, estávamos entre amigos e
pessoal que nos apoia desde o primeiro concerto.
PS: É bom ver este progresso na banda, fico bastante orgulhoso.
E o que mais têm
previsto em termos e palco para o futuro?
PS: Nós já estamos a planear o segundo álbum, entre outras coisas, já temos
músicas escritas e mais para vir, queremos fazer um cenário de palco novo, tal
como fizemos com o primeiro, mas ainda é cedo para saber o tema principal do
segundo.
Sendo ainda uma banda
jovem, quais são os vossos principais projetos delineados a médio prazo?
DP: Os principais projetos a médio prazo são videoclips, singles e
um álbum novo.
PS: Estamos a pensar lançar um álbum ao vivo, mas não podemos confirmar
nada por agora.
Muito obrigado, pessoal!
Dou-vos a oportunidade de acrescentar mais alguma coisa…
RS: A esperança é levar o thrash metal ao próximo nível. Até lá, temos muitos concertos para dar, e estou a dar a minha parte de input criativo para o 2.º álbum, que silenciosamente estamos a fabricar e acreditamos que vai superar todas as expetativas. Queremos fazer o que sempre fizemos, em maior volume em calibre mais potente do que nunca. Viver experiências e fazer muitos amigos nesta estrada para a conquista do monte Olimpo musical que é a estratosfera do thrash. BCP!!!
PS: VAMOS À LUAAAA!!!!!!!!
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