Na sequência do aclamado Poltergeist, os Mindless
Sinner continuam a sua viagem no heavy metal tradicional com o
lançamento de Metal Merchants. Christer Göransson, vocalista da banda
sueca, partilha connosco as mudanças, desafios e inspirações por trás deste
novo capítulo. Entre a nova colaboração com a High Roller Records, a adição de
Linus Melchiorsen na bateria e uma reflexão sobre décadas de evolução musical,
a banda mantém viva a paixão pelo metal. Descubram como os veteranos
continuam a carregar a tocha neste regresso triunfante.
Olá, Christer, como estás? Muito obrigado pela disponibilidade!
Como tens estado desde a última vez que falámos, em 2020?
Olá,
estamos bem, obrigado. Bem, temos feito espetáculos ao vivo e gravado o novo
álbum.
Quatro anos se passaram desde o lançamento de Poltergeist. Como foi o período de promoção do vosso álbum
anterior?
Acho que
foi por água abaixo devido à situação da Covid. Mas acho que a nossa antiga
editora, a Puresteel Records, fez o que pôde, por assim dizer, para
promover o álbum.
Metal Merchants é o vosso novo álbum, tendo dito que foi
construído sobre a base do Poltergeist. O que vocês diriam que
diferencia este álbum em termos de tema ou direção musical?
O que
queríamos dizer é que queríamos fazer um álbum como o Poltergeist, mas
maior e melhor em todos os aspetos. E nós achamos que realmente fizemos isso
com o Metal Merchants.
Poltergeist teve ótimas críticas. De alguma forma vocês
sentiram alguma pressão quando chegou a hora de começar este novo álbum?
Não, de forma
nenhum, porque nós sabíamos que tínhamos ideias de músicas fortes e sólidas
para o álbum Metal Merchants.
De qualquer forma, este é um álbum de estreias: primeiro com a
adição de Linus Melchiorsen na bateria. Desde quando é que ele está a bordo? Já
teve a oportunidade de contribuir para as novas músicas?
O nosso
antigo baterista, Tommy, decidiu deixar a banda em junho de 2022, por isso o
Linus está cá desde então. Mas, na verdade, é o Tommy que toca na maioria das
faixas do álbum. Já tínhamos gravado a bateria para 11 faixas com o Tommy atrás
do kit quando ele deixou a banda, por isso escrevemos mais 2 músicas com
o Linus na bateria. Linus toca em Mountain
Of Om e Storm Of Steel.
Com ele a bordo, como é que a dinâmica da banda evoluiu, tanto a
nível criativo como nas atuações ao vivo?
Não
muito, mas eles são bateristas diferentes com estilos diferentes, portanto é
claro que vai soar diferente. Mas ambos são grandes bateristas.
Metal Merchants também marca a vossa estreia com a High
Roller Records. Como tem sido a experiência de trabalhar com esta editora em
comparação com as vossas parcerias anteriores?
Bem, não
quero tirar nada da PSR, mas acho que a HRR se encaixa melhor em nós. Eles são
ótimas pessoas e fáceis de trabalhar.
Speed Demon foi escolhido como o primeiro single. O
que vos levou a escolher esta faixa e como tem sido a receção até agora entre
os vossos fãs?
Nós
achamos que Speed Demon seria um primeiro single matador e os fãs
gostaram muito. E é uma ótima música.
My Hometown tem um título muito pessoal. É dedicado à vossa
cidade, ou a uma memória específica ligada a ela? O que inspirou a letra?
Sim, é
sobre a nossa cidade, Linköping, onde todos nós nascemos e crescemos. A letra
lida com o momento em que crescemos e encontrámos a nossa música e também com a
história da nossa cidade.
O álbum inclui três faixas bónus exclusivas para as versões CD e
MC. Podes contar-nos mais sobre essas músicas? Foram sempre pensadas como bónus
ou surgiram durante o processo de gravação?
Não eram
faixas bónus desde o início, mas quando escolhemos as músicas para o vinil
queríamos um certo fluxo com as músicas e o limite de tempo para o vinil também
foi um aspeto. Mas queríamos tê-las no CD e na cassete porque são grandes
canções. Por isso, tornaram-se “canções bónus”.
A vossa viagem, desde os primeiros dias como Purple Haze, até ao
ressurgimento nos anos 2010 é fascinante. Como descreverias a evolução do vosso
som ao longo destas décadas?
Bem,
tudo é para melhor, somos melhores compositores e melhores músicos agora do que
éramos naquela época. Por isso, acho que a evolução foi ótima.
Como veteranos da cena heavy metal
sueca, como é que vêm a paisagem atual do heavy metal tradicional? Acham
que está a ressurgir?
Sim, há
muitas bandas novas e excelentes por aí carregando a tocha. Enforcer, Ambush
e Helvetets Port, para citar algumas, são grandes bandas. Portanto, sim,
é saudável.
As vossas atuações em festivais como o Keep It True foram recebidas com grande aclamação. Vocês têm
planos de apoiar o Metal Merchants com uma presença ao vivo similar ou
talvez outro álbum ao vivo?
Sim, nós
queremos tocar tanto quanto os promotores nos quiserem reservar, mas não há
planos no momento para um novo álbum ao vivo.
Por fim, depois de tantos anos na indústria, o que continua a
impulsionar e inspirar Mindless Sinner a continuar a criar e a tocar?
Nós
amamos a música e a música é a nossa vida, portanto é isso que nos faz
continuar. Não se pode viver sem ela.
Obrigado, Christer. Queres mandar alguma mensagem para os vossos fãs ou para os nossos leitores?
Bem, obrigado por nos receberem e esperamos ver o maior número possível de Metal Merchants quando estivermos a tocar ao vivo.
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