Review: Bone Collector (GRAVE DIGGER)

 

Bone Collector (GRAVE DIGGER)

RPM/Rock Of Angels Records

Lançamento: 17/janeiro/2025

 

Três anos após Symbol Of Eternity, os Grave Digger regressam ao ativo com Bone Collector, mais um capítulo na extensa discografia desta icónica banda alemã. Fiel às suas raízes, o álbum apresenta-se como uma obra coesa e robusta, mas com algumas lacunas que impedem que se destaque como um dos grandes momentos da sua carreira. Desde os primeiros acordes do tema-título que se torna evidente que a secção rítmica desempenha um papel crucial na construção sonora, alternando entre momentos compassados e pesados, onde exibe robustez e precisão, e passagens speedadas, marcadas por uma energia demolidora. No entanto, é na guitarra, agora entregue ao novo membro Tobias Kersting, nomeadamente nos solos, que reside a verdadeira alma deste trabalho: incendiários e tecnicamente apurados, são os responsáveis pelos momentos de maior interesse, elevando algumas faixas a um nível superior. O álbum inicia-se com três temas que, embora repletos de poder de fogo e energia metálica, não trazem grande novidade: paredes sonoras brutais e solos de eleição, mas onde faltam elementos que enriqueçam a experiência global. O primeiro ponto de viragem surge em The Devils Serenade, uma faixa compassada e dominada por riffs marcantes, que quebra a monotonia inicial. Já Killing Is My Pleasure é um exemplo perfeito de teutonic metal, onde a banda combina força bruta com uma surpreendente dose de harmonia e melodia. Na verdade, esta secção central do álbum, composta por estes dois temas e também por Mirror Of Hate e Riders Of Doom, define-se pela introdução de nuances ao nível das atmosferas, harmonias e ritmos, revelando uma abordagem mais dinâmica e variada. Isto, antes de voltar a acelerar para uma thrashada plena de adrenalina liderada por um baixo cheio, na forma de Made Of Madness. Os Grave Digger sempre foram mestres na criação de hinos intemporais, mas em Bone Collector há apenas dois ou três momentos que poderão aspirar a tal status. E um deles é o encerramento com Whispers Of The Damned, uma combinação emotiva de melodia, intensidade e qualidade de arranjos. No balanço final, Bone Collector é um álbum sólido e com momentos de brilho, mas que não consegue manter um nível de excelência ao longo de toda a sua duração. Ainda assim, o quarteto continua a demonstrar que o metal é a sua essência, assinando uma obra que, apesar das falhas, merece o reconhecimento dos fãs do género. [81%]

 

Highlights

Bone Collector, The Rich The Poor The Dying, Killing Is My Pleasure, Whispers Of The Damned, Mirror Of Hate

 

Tracklist

1.      Bone Collector

2.      The Rich The Poor The Dying

3.      Kingdom Of Skulls

4.      The Devils Serenade

5.      Killing Is My Pleasure

6.      Mirror Of Hate

7.      Riders Of Doom

8.      Made Of Madness

9.      Graveyard Kings

10.  Forever Evil & Buried Alive

11.  Whispers Of The Damned

 

Line-up

Chris Boltendahl – vocais

Jens Becker – baixo

Tobias Kersting - guitarras

Marcus Kniep – bateria

 

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Edição

RPM/Rock Of Angels Records   

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