Review: In Darkness We Remain (DESTROYERS OF ALL)

 

In Darkness We Remain (DESTROYERS OF ALL)

Independente

Lançamento: 01/março/2025

 

The Vile Manifesto já ficou seis anos para trás, tendo tido a banda conimbricense tempo para aprimorar aquele que é o seu sucessor: In Darkness We Remain – mais uma obra-prima do metal mais extremo feito no nosso país! Do thrash ao death, sem esquecer até alguns apontamentos de black metal, este é um disco que mantém a chancela de qualidade de uma banda que ousa, sistematicamente, em expandir as suas capacidades técnicas. Por isso, mesmo com toda a agressividade que um disco deste género deve ter, o que mais se destaca é, na realidade, a qualidade técnica de um conjunto de músicos que facilmente e com todo o propósito, injeta elementos progressivos do mais fino recorte e até arranjos de orientação jazzistica. Uma qualidade técnica que lhes permite todo o tipo de malabarismos e que leva a banda a arriscar diversos momentos de pura explosividade criativa. Falamos aqui dos solos altamente criativos, das incríveis dinâmicas da bateria e de um baixo altamente marcante que se espalham ao longo de todo o registo. Mas também de pormenores dispersos e que incluem o uso de subtis orquestrações (Ritual), a melodia cantada sobre um tremendo blast beat (Insaniam), a inclusão de melodias limpas nos vocais (Neurosis), a abordagem atmosférica e sinistra a meio do álbum (Cold), a melodia secundária e o break (Guile), ou a entrada por ritmos compassados (Closure). In Darkness We Remain é um disco poderoso e que soa sempre fresco, seja qual for a direção que a banda siga. No fundo, esta é uma direção que leva os Destroyers Of All para uma via mais direta e agressiva, sem, contudo, perder a sua identidade criativa, nem o brilhantismo técnico, nem, ainda, a sua sofisticação melódica. Como fica cabalmente demonstrado nos dois temas finais: Reliance, pela sua diversidade, com muito mais groove e o recurso a estruturas jazzísticas e elementos étnicos a prometer-se tornar-se no maior épico da banda; e a versão de While My Guitar Gentle Weeps, que consegue, ao mesmo tempo manter a agressividade típica da banda sem comprometer minimamente a musicalidade do original. Se há algo que In Darkness We Remain prova sem margem para dúvidas, é que os Destroyers Of All desafiam o convencial e moldam vias de exploração. Entre o caos calculado e a fúria disciplinada, este é um disco que não pede licença para entrar: simplesmente invade, domina e deixa marcas profundas. [91%]

 

Highlights

Ritual, Insaniam, Neurosis, Closure, Reliance, Guile

 

Tracklist

1. Welcome To The....

2. Ritual

3. Insaniam

4. Neurosis

5. Gehenna

6. Cold

7. Guile

8. Closure  

9. Reliance 

10. While My Guitar Gently Weeps

 

Line-up

João Mateus - vocais

Alexandre Correia – guitarra solo

Guilherme Busato – guitarra ritmo

Bruno da Silva - baixo

Filipe Gomes - bateria

 

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