The Battles I Have Won (REFLECTION)
Pitch Black Records
Lançamento: 20/junho/2025
Oito anos
depois de Bleed Babylon Bleed, os veteranos helénicos Reflection
regressam, com The Battles I Have Won, à linha da frente do epic
metal europeu, um género que aqui volta a brilhar com enorme capacidade
melódica, energia guerreira e sentido de grandeza. Fiel à sua matriz clássica,
mas sem medo de arriscar novas nuances, este novo capítulo marca também a
estreia de sangue novo na formação, o que se traduz num disco de ambição
renovada, diversidade estrutural e várias surpresas composicionais. À
semelhança de episódios anteriores, também este trabalho surge após um
considerável interregno (aliás, algo já tradicional no percurso dos gregos) e,
uma vez mais, a espera acaba por ser justificada. O álbum propõe uma viagem
rica e emocionante por entre temas que oscilam entre a grandiosidade do heavy/power
tradicional e a solenidade litúrgica do epic metal mais clássico. A
entrada é feita a alta velocidade, com uma faixa inicial impetuosa, plena de
vocais altos e riffs cortantes, ainda que algo menos entusiasmante face
ao que se segue. E o que se segue, de facto, justifica a audição atenta:
espalhados ao longo do disco, surgem verdadeiros hinos, feitos de coros heroicos,
cavalgadas irresistíveis e linhas melódicas absolutamente arrebatadoras. A
faixa-título é disso exemplo, com a sua clara homenagem a Manowar, mas
com um cunho melódico mais refinado e arranjos mais dinâmicos. Já em Lord Of
The Wind e Once Again (Crime In The Valley Of Death), a banda atinge
um nível de excelência criativa, conjugando riffs esmagadores com breaks
atmosféricos, baixos portentosos e harmonias vocais capazes de levantar
exércitos. São momentos que rivalizam com o melhor que os seus companheiros de
editora Arrayan Path nos têm oferecido. Aliás, a ideia que fica é que o
seu espírito vive intensamente por aqui, especialmente nas estruturas mais
trabalhadas e nos ambientes mais cinematográficos. Sirens’ Song, por sua
vez, mostra uma faceta mais etérea e oriental, com coros celestiais e um
andamento mais comedido, contrastando com a energia pujante de March Of The
Argonauts, outra malha épica com selo de glória. Também Lady In The
Water conquista pela melodia e encantamento, enquanto o derradeiro City
Walls Of Malta – The Great Siege evidencia-se como peça diferenciada, mais
intrincada, com uma abordagem mais elaborada à composição e às atmosferas. Na verdade The Battles I Have Won não é um disco inteiramente homogéneo.
Mas também não restam dúvidas de que o seu conteúdo é riquíssimo em momentos
memoráveis, conduzidos com paixão, mestria e uma notável sensibilidade épica. E
é, acima de tudo, um regresso ao ativo com um álbum forte, multifacetado e,
acima de tudo, honesto. [86%]
Highlights
The Battle I Have Won, Lord Of The Wind, Once Again (Crime In The Valley
of Death), March Of The Argonauts, City Walls Of Malta – The Great Siege
1. Only The
Swords Survive
2. The
Battles I Have Won
3. Lord Of The Wind
4. Sirens’
Song
5. Once Again (Crime In The Valley Of Death)
6.
Celestial War
7. March Of The Argonauts
8. Lady In The Water
9. City
Walls Of Malta – The Great Siege
Line-up
Kostas
Tokas – vocais
George
Pavlantis – bateria
John
Litinakis – baixo
Stathis
Pavlantis - guitarras
Internet
Edição

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