Eternal Source (Neopera)
Independente
Lançamento: 08/março/2025
Nove anos. Nove longos anos passaram desde Destined
Ways, o poderoso longa-duração de estreia dos alemães Neopera, um
coletivo nascido da mente criativa de Jörn Schubert, guitarrista dos
também históricos Dark Age. Mas agora, finalmente, a espera é
recompensada com Eternal Source, uma obra grandiosa, magnífica,
majestosa — um verdadeiro colosso musical que ultrapassa géneros, barreiras e
convenções. Mais que misturar metal sinfónico com elementos clássicos e
barrocos, os Neopera constroem uma fusão orgânica, respeitosa e
emocionalmente avassaladora. A base inspiradora desta criação vem de Georg
Friedrich Händel, com o próprio título a referir-se ao oratório Eternal
Source Of Light Divine. E é precisamente essa luz divina que se sente ao
longo das dez faixas que compõem este disco monumental. Vocalmente, Eternal
Source é, muito provavelmente, uma das experiências mais completas e
sublimes que o metal sinfónico já viu. Da brutalidade dos guturais à
elevação pura do soprano e à nobreza do tenor clássico, passando por duetos de
cortar a respiração e harmonias vocais absolutamente brutais, o trabalho
realizado aqui é verdadeiramente sublime! E o melhor exemplo encontra-se em The
Forlorn Child, onde as vozes se entrelaçam num crescendo emocional que
abraça um cruzamento único entre metal extremo e a serenidade da música
de câmara. Musicalmente, Eternal Source desenha paisagens onde o barroco
dança com a agressividade metálica com requinte. E logo a introdução Overture
prepara-nos para uma jornada épica: hinos corais, orquestrações amplas, uma
sensibilidade litúrgica. De imediato, somos lançados para Lost Myself,
onde os guturais surgem antes de cederem espaço a uma verdadeira peça clássica
com vocais líricos. Importa referir que os guturais, embora não constantes,
surgem sempre com propósito e equilíbrio, para intensificar a carga dramática
das composições. A partir daqui estão lançados os dados de uma obra carregada
de melodias encantadoras, arranjos multidimensionais e um gosto pela
teatralidade que não se perde em exageros. Por exemplo, A Dream of You
leva-nos a passear por uma Itália do século XVIII, com as suas linhas
vocais em italiano e instrumentos barrocos, enquanto Equilibria Forever
surge como outro exemplo notável do domínio vocal e emocional que o grupo
consegue transmitir. Este é um álbum que nasce do coração da música erudita. É uma
afirmação artística, uma ode à beleza, à força e à dualidade da música, com os Neopera
a mostrar que o metal sinfónico ainda consegue ser inovador, inteligente
e profundamente emocional, transcendendo o tempo, tal como os mestres que o
inspiraram. [96%]
Highlights
Lost Myself, A
Dawning Day, Symphony Of Hope, When Night Falls, A Dream Of You, The Forlorn
Child, A Sign Of Light
1.
Overture
2.
Lost Myself
3.
A Dawning Day
4.
Symphony Of Hope
5.
When Night Falls
6.
A Dream Of You
7.
The Forlorn Child
8.
A Sign Of Light
9.
Equilibria
Forever
10. Postludium
11. Overture (extended
version) (bonus track)
12. When Night Falls
(extended version) (bonus track)
Line-up
Thorsten
Schuck – vocais
Jasmin
Gajewski – vocais
Wiebke Krull – vocais
Denis Filimonov – baixo, vocais
Dawid Wieczorek – guitarra solo
Vincenzo Mussolino – guitarra
ritmo
Florian Karbaum – bateria
Jörn Schubert – compositor
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