Entrevista: Gods Of Tomorrow

 




Após o sucesso com os Electrified, Konstantinos Markou sentiu a necessidade de seguir um caminho mais pessoal e honesto, dando origem a uma banda que combina a força do heavy metal clássico com a sensibilidade do rock moderno. Assim nasceram os Gods Of Tomorrow que se estreiam com um trabalho homónimo. O resultado é um som poderoso, enraizado na sua herança cultural e inspiração mitológica. Estivemos à conversa com Konstantinos Markou, abordando temas desde a formação do grupo até aos planos ambiciosos para o futuro.

 

Olá, Konstantinos, obrigado pela disponibilidade. Após o sucesso dos Electrified, o que te levou a formar os Gods Of Tomorrow? O que quiseste fazer de diferente com este projeto?

Com os Gods Of Tomorrow, eu queria criar música honesta, sem concessões. Música que contasse histórias reais, o tipo de histórias que cada um de nós vive na vida, à sua maneira. Estava na altura de fazer algo autêntico, enraizado na verdade e cheio de coração.

 

A formação conta com músicos de diferentes origens. Como é que este grupo de cinco elementos se formou? Como foi a química nos primeiros ensaios?

O Felipe e eu já tínhamos trabalhado juntos numa banda anterior. Quando lhe contei a minha visão para um novo projeto, ele aderiu imediatamente. Ele trouxe alguns ex-colegas de banda que também se identificaram com a ideia. A partir daí, a química cresceu naturalmente, baseada na confiança, paixão partilhada e respeito mútuo.

 

O vosso som mistura o poder do heavy metal clássico com a sensibilidade do rock moderno. Essa fusão foi deliberada desde o início ou evoluiu naturalmente à medida que a banda começou a compor?

Sempre tive o desejo de compor um álbum sincero e realista que não fugisse dos lados mais sombrios da vida. Comecei a compor as músicas com essa mentalidade. Quando as partilhei com o Felipe, o resto da banda inspirou-se e juntou-se à jornada. O som surgiu organicamente a partir daí.

 

Falando do álbum, Gods Of Tomorrow é, ao mesmo tempo, o nome da banda e o título. O que essa frase significa para ti e de que forma reflete a tua visão artística?

O nome tem raízes profundas na minha herança grega. Sempre fui fascinado pela mitologia, essas histórias atemporais de deuses imortais. Para mim, Gods Of Tomorrow é simbólico. É sobre lutar por algo maior, algo duradouro. De certa forma, é um reflexo da nossa esperança de deixar uma marca duradoura com a nossa música.

 

A voz de Felipe é um dos elementos mais distintivos da banda. Como é que decidiste que ele era a voz ideal para Gods Of Tomorrow e o que é que ele traz de especial?

Felipe e eu partilhamos a mesma filosofia e paixão quando se trata de música. Por isso, ficou claro para mim que ele tinha de ser a voz da banda. Ele compreende verdadeiramente a emoção e a energia por trás das canções e transmite-as com autenticidade e força.

 

O trabalho de guitarra dupla entre ti e Thomy Gunn é tecnicamente impressionante. Como é que dividem ou cocriam as partes de guitarra? Há um contraste deliberado nos vossos estilos?

O Thomy e eu tocamos juntos desde que éramos crianças. Ele compreende instantaneamente a intenção por trás dos meus riffs e arranjos. Trabalhar com ele é um sonho. É pura harmonia. Essa conexão de longa data é o que torna a nossa interação tão perfeita. E, claro, os solos melódicos de guitarra desempenham um papel importante no nosso som.

 

Point Of No Return foi lançada como videoclipe. Por que escolheram essa faixa e que mensagem ela representa dentro do álbum?

Escolhemos Point Of No Return porque ela reflete as duras realidades do nosso tempo. Neste momento, a humanidade está entre a esperança e a destruição. A música captura essa tensão emocional e, visualmente, ela fez a declaração mais poderosa.

 

Com o álbum agora lançado, quais são os próximos passos para os Gods Of Tomorrow? Como imaginas o lugar da banda na cena rock/metal moderna nos próximos anos?

Estamos a trabalhar arduamente para começar a fazer espetáculos ao vivo o mais rápido possível. Em 2026, pretendemos fazer uma tournée pela Europa e, a cada passo, ampliar a experiência ao vivo alcançando mais fãs e tocando em palcos maiores. Esse é o nosso objetivo.

 

Sobre as apresentações ao vivo deste álbum, o que têm programado?

Há um lançamento na América Latina planeado para o final deste ano e estamos a organizar espetáculos em toda a América do Sul. Esse será o primeiro grande passo para a banda. Como não resta muito tempo neste ano, estamos a mudar o foco para o planeamento de uma tournée europeia completa para o próximo ano.

 

Obrigado, mais uma vez, Konstantinos. Gostarias de enviar alguma mensagem aos vossos fãs ou aos nossos leitores?

Obrigado por esta entrevista encantadora. E a todos os nossos ouvintes e apoiantes, estou profundamente grato. Agradecemos sinceramente a todos que dão uma oportunidade à nossa música. Desejo paz, alegria e boa saúde a todas as pessoas. Obrigado do fundo do meu coração.

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