Quando três
amigos fãs de Toto, Foreigner, Journey e afins se encontram num festival em
Loreley – festival em que eram cabeça de cartaz os… Toto e os Whitesnake –
deu-se aquele clik! Todos eles já
tinham grande experiência em bandas de covers,
mas, como nos explica Lars König, nesta
entrevista, estava na altura de dar o passo em frente até porque tocar versões
não é muito criativo. Esse passo em frente chama-se Lioncage e Done At Last é o primeiro resultado.
Olá Lars! Todos vocês nos Lioncage têm
grande experiência em bandas de covers,
por que decidiram tentar agora esta aventura com temas originais?
Porque alcancei tudo na música a tocar covers. Fiz mais de 1600 concertos, por exemplo, como banda suporte
de Bon Jovi, Deep Purple e Billy Idol. Não quero passar por cima desse tempo,
mas este era o momento certo para tentar as nossas próprias coisas. É uma
questão de criatividade. Tocar versões não tem muita criatividade.
E foi isso que te motivou a criar os
Lioncage?
Comecei os Lioncage, porque sai do trabalho dessa cover band profissional Rockford e comecei
a construir o meu próprio estúdio em casa. As primeiras gravações foram todas
feitas por conta própria. Mas a minha voz não é suficientemente boa e a bateria
deve ser tocada ao vivo. Portanto liguei para o meu amigo Toddy, a ver se ele
poderia tocar bateria. Fizemos grandes gravações, mas precisávamos da voz certa
para elas. Tentámos tanto masculino como feminino mas nenhuma parecia ser a
adequada. De repente lembrei-me do meu velho amigo Torsten Bertermann, que
também cantou em cover bands
profissionais e eu adorava o seu registo. Encontramo-nos no festival e
pedimos-lhe. Nasceram os Lioncage.
Quais são as vossas principais
influências?
A minha principal influência é Foreigner, porque Mick Jones
escreveu as melhores canções de sempre. Como guitarrista gosto muito de Toto e
Journey. Toddy, o baterista, é um grande fã de Mr. Big mas também gosta de soul e da música Motown. Torsten, o
cantor gosta de Steve Perry e Sammy Hagar embora também goste de bandas como
Chickenfoot e Dream Theater.
Diz-me, devem sentir-se como
estando a viver um sonho com a edição deste vosso primeiro álbum e logo lançado
pela Escape Music, não? Como se deu essa ligação à editora britânica?
Definitivamente é um sonho, que se tornou realidade. Quando o
álbum ficou concluído, mandei um e-mail
para quatro editoras diferentes. O Khalil da Escape respondeu à primeira. Após
4 horas, tínhamos uma editora. Ele foi tão positivo a respeito do nosso
material.
Durante quanto tempo trabalharam na
criação deste álbum?
Desde as primeiras ideias até o produto acabado, cerca de um ano e
três meses.
E o processo de gravação? Como decorreu?
Foi muito divertido. Gravei playbacks
das minhas ideias e enviei-os para os meus lion-amigos.
Trabalhamos juntos nos arranjos e eles gravaram as suas partes nos seus
estúdios caseiros. Depois mandaram de volta para mim e eu fiz a mistura. Foi um
grande elogio para mim, quando Joe West, o produtor de Keith Urban, me escreveu
a dizer que a minha mistura é muito boa.
Os Lioncage são apenas três
músicos, mas com vários convidados neste álbum. Como procederam à sua escolha?
Todos os músicos são nossos amigos. Conhecemo-los a todos eles, devido
ao nosso passado em várias bandas. Eles são os melhores que se pode encontrar aqui
no norte da Alemanha. E todos eles fizeram isso sem receber nada. Simplesmente,
grandes amigos!
Falando de line-up, neste trabalho não apresentam nem baixista nem teclista.
Quem irá convosco para a estrada?
Na banda ao vivo Andreas Laude tocará baixo e Dietmar Wulfgram as
teclas.
Muito obrigado. Queres acrescentar algo
mais a esta entrevista?
Tenho que te agradecer por apoiares a nossa música. Espero que
algumas pessoas se divirtam ao ouvir a nossa música, como nós nos divertimos a
gravar este álbum. Definitivamente, é um sonho para nós!
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