Entrevista: Dyrnwyn



Um passo em frente. É assim que os italianos Dyrnwyn definem o seu novo álbum Il Culto del Fuoco, successor do já anteriormente aclamado Sic Transic Gloria Mundi. A vertente histórica do Império Romano é a base temática deste projeto de Roma, mas em Il Culto del Fuoco, houve a tentativa de puxar todos os limites: mais black metal, mais orquestrações, mais folk, mais e melhores histórias. Falámos com o guitarrista Alberto Marinucci sobre todos este assuntos. 

 

Olá, Alberto. Obrigado por esta oportunidade. Em abril os Dyrnwym lançaram o vosso novo longa-duração, Il Culto del Fuoco. O que nos podes dizer a este respeito?

Olá, Pedro, obrigado pela tua paixão e por nos convidares! Il Culto del Fuoco é o nosso melhor álbum até agora: queríamos que soasse mais poderoso e sumptuoso e queríamos aproveitar ao máximo todos os instrumentos, tanto as orquestras quanto a própria banda. A produção também melhorou: apesar de estarmos felizes com o álbum anterior, trabalhamos para que soasse melhor, pois acreditamos que se pode sempre melhorar e aumentar a qualidade do teu trabalho. Também queríamos aprofundar nos mitos e na cultura da República Romana, porque há muito para saber que poucas pessoas sabem.

 

Como descreverias esse álbum para os nossos leitores que não vos conhecem?

Começamos com as nossas conquistas do álbum anterior: Sic Transit Gloria Mundi. Queríamos misturar mais black metal e orquestras, mantendo o nosso foco no som folk com a nossa flauta, acordeão, etc., mas no geral, queríamos misturar o poder do metal com as raízes romanas. Fãs de Moonsorrow, Manegarm e Draugr irão apreciar o nosso som, já que essas bandas também nos influenciaram.

 

O vosso primeiro álbum foi lançado pela Soundage. Quando e por que mudaram para a Cult Of Parthenope?

Bem, embora gostássemos da Soundage, queríamos dar um passo em frente no nosso caminho e achamos que a Cult Of Parthenope era a melhor escolha: embora estando sediada no Reino Unido, encontramos um forte sentimento com o seu manager italiano para a publicação do nosso álbum.

 

Como é o processo de composição nos Dyrnwyn?

Em primeiro lugar, pesquisamos sobre os temas que queremos abordar, lendo livros que nos permitem estudar a fundo a História e a Cultura Romanas; depois começamos a escrever as letras e os rascunhos das canções. Ambos são ajustados um ao outro nos ensaios, mas também podemos mudá-los muito se não funcionarem bem. Às vezes as nossas canções são desenvolvidas a partir das orquestras, outras vezes, pelo contrário, as orquestras são desenvolvidas a partir dos riffs e das letras.

 

Desde quando este álbum esteve a ser “cozinhado”?

Começamos a trabalhar em Il Culto del Fuoco logo após o lançamento de Sic Transit Gloria Mundi, enquanto preparávamos espetáculos ao vivo para divulgar o nosso trabalho.



A situação de pandemia afetou o processo de desenvolvimento deste álbum?

Claro, a pandemia teve algum peso no processo de composição, já que não nos podíamos encontrar e ensaiar com frequência para nos prepararmos para as gravações. Felizmente, a maior parte do trabalho estava pronta antes do confinamento e a fase final de escrita e ajustes aconteceu online graças aos aplicativos de videochamada que nos permitiram continuar a trabalhar neste álbum. Abençoada seja a tecnologia!

 

Este álbum é a continuação natural do anterior ou incrementam alguns novos elementos?

Este álbum evolui do anterior, mesmo que gostemos de considerar Sic Transit e Il Culto duas obras diferentes, cada uma com as suas particularidades, mas ligadas na nossa jornada artística. Porém, como disse antes, procuramos melhorar sempre a qualidade do nosso trabalho, e em Il Culto del Fuoco fizemos alguns refinamentos: a cultura romana é mais detalhada e as letras também, inspiradas em toda a nossa paixão por essa parte da nossa história. Também trabalhamos com o mesmo estúdio de gravação (Time Collapse) do nosso álbum anterior e isso permitiu-nos começar a trabalhar imediatamente em sincronia com Riccardo Studer (que é o produtor).

 

Qual é o tema principal das vossas músicas, dentro do genérico império romano? O uso da língua italiana é o mais adequado para essas questões?

Como já disse, o tema principal é a República Romana como um todo: não queríamos falar apenas de batalhas, pois há muito sobre mitologia, cultura, festas e tradições. A língua italiana é o nosso desafio favorito porque não só fala diretamente das nossas raízes, como também porque não é muito comum em géneros internacionais como o metal: é uma língua versátil que permite expressar poder e agressão não menos do que o inglês ou outras línguas.

 

E quanto ao processo de gravação, tudo correu como planeado ou sentiram alguma dificuldade?

O processo de gravação correu bem, mas pedimos a todos nós um passo em frente em relação ao álbum anterior (que também foi exigente): as músicas são muito desafiadoras e todos nós trabalhamos muito para as tocar da melhor e mais limpa forma possível. Uma menção especial para o nosso baterista, já que ninguém quer estar no lugar dele! A sério, ele trabalhou muito e nós gostamos de trabalhar com o OuterSound Studios de Giuseppe Orlando para a gravação da bateria!

 

Que planos têm em mente para promover este álbum?

Pois bem, neste momento esta é uma questão complexa: devido à pandemia está tudo mais difícil de gerir e ainda estamos a avaliar algumas opções. Ainda é cedo para falar sobre os nossos próximos movimentos, mas assim que tivermos novidades mais concretas, iremos compartilhá-las com todos vocês!

 

Obrigado, Alberto, mais uma vez. Queres enviar alguma mensagem para os vossos fãs ou adicionar algo mais?

Muito obrigado, Pedro! Ficamos muito felizes por esta oportunidade e gostamos muito das tuas perguntas! Convidamos os nossos fãs e aqueles que ainda não nos conhecem a ouvir os nossos álbuns e vir aos nossos espetáculos assim que tocarmos ao vivo novamente! Convidamos todos a seguirem-nos no Facebook, Instagram, Spotify e YouTube, e a dar-nos a sua opinião sobre o nosso álbum! Obrigado, mais uma vez, Pedro!



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