Review: No Turning Back (Innerwish)

No Turning Back (Innerwish)
(2010, Ulterium)


Os gregos Innerwish são uma das mais bem sucedidas e experientes bandas do seu país. Com 15 anos de carreira, destaca-se o tempo em que passaram na influente editora germânica Limb Music, casa de nomes sonantes do power metal europeu, sendo que os Rhapsody (Of Fire) serão o nome mais sonante. Com este selo editaram dois álbuns (Silent Faces, de 2004 e Inner Strength, de 2006). Mas já antes havia publicado Waiting For The Dawn (1998) e o split com os Reflection, Realms Of The Night, de 2000. Agora, na sueca Ulterium apresentam o seu quarto longa duração de originais e que se poderá considerar, sem grandes exageros, como o melhor trabalho da sua carreira. Precisamente numa altura em que o power metal melódico está, claramente, em baixa, os Innerwish mostram como fazer um trabalho de grande nível, fugindo a todos os clichés que deitaram abaixo o estilo, mas, ainda assim, perfeitamente preenchido com todos os detalhes que permitiram que o género fosse tão popular há uns anos atrás. Os temas são, acima de tudo, boas composições, bem construídas, excelentemente produzidos, onde a técnica e a melodia andam sempre de mão dada. E repare-se que não falamos de velocidade. Isto porque No Turning Back nem é um trabalho supersónico: antes apresenta uma interessante dinâmica em que momentos mais rápidos alteram com outro mais a meio tempo, onde algumas cavalgadas mais intensas se mostram perfeitamente controladas e onde o balanceamento é o ponto chave. As referências são HammerFall da sua melhor fase (leia-se Legacy Of Kings) e, sinceramente, muitas vezes nos vêm à memória passagens desse mítico álbum da banda sueca. E isso só pode ser bom sinal. Claro que os Innerwish não inventam nada. No entanto, conseguem crivar o essencial do acessório e o que produzem é de uma extrema beleza. O conjunto inicial de temas (até ao tema título) é do melhor que já se ouviu este ano e no historial deste género. A partir daí a bitola mantêm-se elevada mas com a vantagem de os gregos irem adicionando elementos novos como arrojados arranjos vocais (em Sirens), apontamentos sinfónicos (em Save Us) ou alguns apontamentos aparentemente estranhos como o inicio da longa e épica Kingdom Of Our Prime a lembrar uns Edenbridge e com os coros na linha de uns Within Temptation. Em Last Breath conseguem recuperar o bom espírito Helloween, naquele que é um dos temas, juntamente com Save Us com os refrães mais apelativos e cantaroláveis. A surpresa chega no final com Live For My Own onde Babis Alexandropoulos expressa todo o seu sentimento e classe numa faixa onde é acompanhado apenas ao piano. Simplesmente sensacional!

Track List:
1. THE SIGNS OF OUR LIVES
2. CHOSEN ONE
3. BURNING DESIRES
4. NO TURNING BACK
5. SIRENS
6. SAVE US
7. LAST BREATH
8. LAWMAKER
9. WELCOME TO MY WORLD
10. KINGDOM OF OUR PRIME
11. FULL OF LUST
12. LIVE FOR MY OWN

Line up: Babis Alexandropoulos (vocais), Thimios Krikos (guitarra), Manolis Tsigos (guitarra), Antonis Mazarakis (baixo), Terry Moros (bateria), George Geogiou (teclados)

Internet:
http://www.innerwish.gr/
www.myspace.com/innerwish

Edição: Ulterium Records (
http://www.ulterium-records.com/)

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