Review: The Obsidian Conspiracy (Nevermore)

The Obsidian Conspiracy (Nevermore)
(2010, Century Media)


Para estes senhores as apresentações são completamente desnecessárias. Desde os tempos dos Sanctuary que Warrel Dane e seus pares se têm imposto pela sua superior qualidade e por conseguirem criar uma sonoridade tão própria que ninguém se conseguiu aproximar. Como Nevermore, atingem já o oitavo trabalho de originais cinco anos após a edição de This Godless Endeavor. E voltamos a ser surpreendidos por uma fantástica capacidade de fazer thrash metal em formato progressivo, em que as guitarras, bem fortes e muito densas, criam riffs endiabrados, saltitantes, pouco lineares e com imensa dinâmica. Os solos são, como sempre, soberbos e intensamente impregnados de uma técnica precisa. Da voz de Dane não adianta falar: é única, irrepetível e inimitável. No fundo o que The Obsidian Conspiracy nos propõe é uma sonoridade típica de Nevermore extremamente actualizada fruto de uma produção poderosa e moderna. Em termos de faixas, o álbum abre de uma forme poderosa, claramente thrash e vai evoluindo em diversos sentidos: ora introduzindo ritmos avassaladores (And The Maiden Spoke), ora injectando aquela magia tão única que só os norte americanos parecem ser capazes de fazer (Emptiness Unobstructed ou The Blue Marble And The New Soul). A fechar, mais uma letal dose de poder com o tema-título não sem que antes The Day You Built The Wall, se assuma como outras das mais-valias deste álbum. No fundo, um álbum com a assinatura clara e inequívoca de Nevermore, ou seja, com a chancela de qualidade.

Track List:
1. The Termination Proclamation
2. Your Poison Throne
3. Moonrise (Through Mirrors Of Death)
4. And The Maiden Spoke
5. Emptiness Unobstructed
6. The Blue Marble And The New Soul
7. Without Morals
8. The Day You Built The Wall
9. She Comes In Colors
10.The Obsidian Conspiracy

Line up:
Warrel Dane (vocais), Jeff Loomis (guitarras), Jim Sheppard (baixo), Van Williams (bateria)

Internet:



Comentários

  1. Concordo plenamente que o NEVERMORE é uma banda diferenciada no contexto do “metal”. Não precisa ser fã para reconhecer a qualidade musical do grupo. Todos os oito discos de estúdio lançados são muito bons, com destaques para Dreaming Neon Black, This Godless Endeavor e Dead Heart In a Dead World.

    Após o lançamento do This Godless Endeavor, álbum que elevou o nome da banda aos mais altos patamares, creio que as expectativas em relação ao próximo álbum haveria de ser grande, tendo em vista, inclusive, os aproximadamente cinco anos de espera.

    A primeira data para lançamento oficial foi marcada para 28 de maio de 2010 – Alemanha –, mas antes disso, a banda já havia divulgado o nome do disco – The Obsidian Conspiracy – e a relação das músicas que iriam compô-lo. Pouco tempo depois, a banda divulgou a Capa e o instrumental da faixa The Obsidian Conspiracy. A fim de promover ainda mais o novo disco, a banda ainda apresentou uma coletânea com pequenas passagens de outras faixas.

    Mas antes da data oficial de lançamento o disco vazou na internet. Nem preciso dizer que um site Russo disponibilizou o álbum na íntegra, após já ter postado um suposto single com diversas faixas. Fato este que é ruim para a banda e para a gravadora, mas bom para aqueles que estavam ansiosos por ouvi-lo. Claro que fica aquela idéia de que aqueles que gostaram do registro devem comprar o original.

    Em relação ao álbum, deixo aqui as minhas considerações faixa a faixa...

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  2. -- 01. THE TERMINATION PROCLAMATION

    Abertura apoteótica, formada por riff’s sensacionais e seguida por um refrão excelente! O Warrel Dane e o Jeff Loomis estão afiados nessa música. Começo em grande estilo!

    -- 02. YOUR POISON THRONE

    RISE! Pois creio que esta seja a faixa que melhor representa o estilo desenvolvido pelo Nevermore no correr dos anos. È também a faixa que demonstra maior equilíbrio musical, tendo em vista que mantém a qualidade do início ao fim. Certamente, candidata a melhor faixa do disco.

    -- 03. MOONRISE (THROUGH MIRRORS OF DEATH)

    Introdução técnica, com ótimos riffs e uma excelente levada de bateria. Com o desenvolvimento da música temos outro refrão pegajoso.

    -- 04. AND THE MAIDEN SPOKE

    And The Maiden Spoke introduz um clima mais sombrio e melancólico, embora o riff principal seja rápido e agressivo. Vai parecer repetitivo, mas temos outro belo refrão em uma das faixas mais diversificadas do disco.

    -- 05. EMPTINESS UNOBSTRUCTED

    Em termos instrumentais, chegamos à faixa mais simples do álbum. No entanto, não devemos nos enganar com esse aspecto, pois é uma excelente faixa! O destaque se deve ao Warrel Dane, que comanda o show melódico nessa bela canção.

    -- 06. THE BLUE MARBLE AND THE NEW SOUL

    A melancolia atinge o ápice em The Blue Marble and The New Soul. Novamente, o ponto alto fica por conta do maestro Warrel Dane que apresenta outra interpretação impecável.

    -- 07. WITHOUT MORALS

    Essa faixa lembra muito a musicalidade do álbum The Politics of Ecstasy, o que é um bom sinal! O início marcado e o desenvolvimento de riffs melódicos introduz muito bem o refrão.

    -- 08. THE DAY YOU BUILT THE WALL

    Essa faixa parece trazida do Praises to The War Machine do Warrel, dada a similaridade de estilos. Destaque para o melódico e inspirado solo de guitarra do Jeff.

    -- 09. SHE COMES IN COLORS

    Essa música apresenta aspectos bem definidos que remetem aos últimos três discos da banda. È como se os dedilhados do Dead Heart, os riffs nervosos do This Godless e o tema das letras do Dreaming tivessem sido unidos para formar essa faixa. O resultado é excelente!

    -- 10. THE OBSIDIAN CONSPIRACY

    A introdução dessa música é devastadora! Puro modern thrash metal! Excelente música de encerramento.

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    Após ouvir o disco uma série de vezes, chequei à conclusão que se trata de mais um ótimo disco, mesmo que pareça contraditório dizer que está um pouco abaixo dos principais registros da banda. Devo dizer que ao lado do Enemies Of Reality, esse foi o disco de mais difícil digestão, pois demorei a assimilá-lo.

    Por fim, temos que, embora o Jeff Loomis continue apresentando um alto nível em suas composições e em sua técnica, o destaque do disco certamente vai para o trabalho do Warrel Dane.

    Nota: 8.8/10

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