Após cinco anos de silêncio no que toca a edições de originais, o supergrupo Spiritual Beggars que inclui na sua formação elementos dos Arch Enemy, Carcass, Firebird, Shining, Witchery, Opeth e Firewind, está de regresso com uma verdadeira homenagem aos precursores do som eterno. Claramente retro na sua inspiração mas perfeitamente actual na sua concepção, Return To Zero assinala mais um momento supremo da inspiração sueca. O teclista Per Wilberg acedeu a explicar a Via Nocturna um pouco mais deste super colectivo e das suas motivações.
O vosso som é muito retro e lembra nomes como Rainbow, Deep Purple, Black Sabbath ou mesmo Lynyrd Skynyrd. Sentem necessidade de tocar as raízes do metal em si?
Os Spiritual Beggars estão de regresso após cinco anos sem gravações originais. Porque um intervalo tão grande de tempo?
Todos nós temos estado muito ocupados com as nossas outras bandas, Arch Enemy, Carcass, Firebird, Shining, Witchery e Opeth. Essa é a razão principal, mas também tivemos de encontrar um novo vocalista, bem como descobrir quando seria um bom momento para nos reunirmos novamente.
Como disseste, em Return To Zero estreiam um novo vocalista. Essa mudança influenciou a sonoridade original da banda? E quais os motivos porque o antigo vocalista decidiu deixar a banda?
Não afectou o processo de escrita nem de gravação ou qualquer outra coisa uma vez que a maioria do material já estava escrito quando Apollo entrou na banda. No entanto, é uma cara nova que trouxe uma energia nova e fresca para os ensaios e gravações que fizemos para este álbum. JB nosso vocalista anterior quis fazer da sua banda Grand Magus a sua prioridade. Foi uma decisão que todos nós entendemos a partir do momento em que os Grande Magus assinaram um contrato com a Roadrunner Records para seu novo álbum o que implica que eles vão fazer uma tour muito mais longa com este álbum em comparação com o que eles fizeram no passado.
O facto de todos vocês tocarem noutras bandas torna-se fácil ao nível da gestão de agendas?Não, às vezes é muito difícil encontrar um espaço de tempo para nos juntarmos, mas onde há uma vontade há um caminho! Acho que somos muito bons a fazer planificações a longo prazo e com antecedência de modo que este ano tudo correu bem.
Quais são as principais diferenças entre este novo álbum e os anteriores?
Eu gostaria de pensar que todos os nossos álbuns têm alguns sabores diferentes. Eu acho que este novo álbum apresenta um som muito coeso, talvez devido ao fato de estarmos a trabalhar só com uma pessoa, ao invés de usar diferentes estúdios e pessoas, misturando músicas diferentes que era o que se passou nos últimos dois álbuns.
Return To Zero leva-nos às origens do hard rock. É este o verdadeiro significado do título do álbum?
É mais sobre nós sentirmos que este é um reinício muito refrescante para a banda no que se refere às nossas raízes musicais. Já passou algum desde o nosso último trabalho e temos um novo vocalista, etc.
Em termos de produção, voltaram a trabalhar com Rickard Bengtsson. Ele é a pessoa certa para o som Spiritual Beggars?
Acho que o Rickard fez um trabalho muito bom sobre a produção por isso eu diria sim! Ele é um amigo e esteve envolvido quer em Demons quer em On Fire, assim, tanto como engenheiro como na mistura. Nós só queríamos um grande som natural limpo; Rickard entendeu o que estávamos à procura e portanto foi fácil chegar lá já que estávamos todos na mesma sintonia.
O vosso som é muito retro e lembra nomes como Rainbow, Deep Purple, Black Sabbath ou mesmo Lynyrd Skynyrd. Sentem necessidade de tocar as raízes do metal em si?
Isto é apenas para nos divertirmos a tocar a música com que todos crescemos. Vem de uma forma muito natural para todos nós e não existe um plano director nem nada. É mais como uma celebração de todas as coisas que nós amamos sobre rock pesado. Todos nós tocamos música mais extrema por isso haverá sempre alguma dessa influência na música dos Spiritual Beggars. Pelo menos é o que eu penso.
Vocês irão tocar no Japão, em Outubro. Estão a preparar algo especial para essa ocasião?
Nada de especial. Temos estado um pouco afastados como banda por isso qualquer actuação será especial. Mas vai ser divertido voltar ao Japão, sempre tivemos um grande apoio e bons shows lá.
Para além desta presença no Japão, o que está a ser feito para promover Return To Zero?
Neste momento, ainda não temos uma tournée alinhada portanto vamos levar as coisas um pouco como eles vêm. Haverá certamente alguns shows e festivais da Europa no próximo Verão, mas nada está confirmado ainda. Iremos começar com alguns concertos na Grécia antes de irmos para o Japão.
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