Review: Tears Of White Roses (Sebastien)

Tears Of White Roses (Sebastien)
(2010, Escape Music)

Um nome completamente desconhecido que consegue ter a ajuda de gigantes como Amanda Somerville, Apollo Papathanasio, Doogie White, Fabio Lione ou Roland Grapow é, no mínimo surpreendente. Mas afinal quem são estes Sebastien? Pois bem trata-se de um grupo oriundo da República Checa já com mais de uma dezena de anos (formaram-se em 1999) e já com diversos nomes registados: já foram Calypso e Navar. Com esta denominação editaram três álbuns até que, em 2008, dois membros originais dos Navar abandonaram. Nessa altura, os irmãos Rain (George e Radek) e Andy Mons recrutaram novos elementos e decidiram dar um novo rosto ao colectivo alterando, mais uma vez, o nome, desta feita para o definitivo (até agora!) Sebastien. Musicalmente estamos na presença de mais um nome da linha melódica do metal. Eventualmente os italianos The Dogma são o nome que mais nos vem à memória quando escutamos Tears Of White Roses. Pelo meio alguns apontamentos prog (Museé du Satan Rouge ou Silver Water) ou power metal (Phoenix Rising e Voices In Your Heart) vão surgindo para disfarçar o campo primordial de acção. Com base em teclados muito presentes, o problema dos Sebastien acaba por ser a falta de inspiração da grande maioria das canções. De facto, não basta convidar gente de renome para cantar e tocar quando a base não é convincente. Porque isto de fazer metal melódico tem que se lhe diga e não é para todos. Logo a abertura com Museé du Satan Rouge mostra alguma confusão na hora da definição dos arranjos. Essa confusão ou menor definição vai-se prolongando por todo o álbum, salvo raras excepções. Por exemplo, Femme Fatale acaba por apresentar uma melodia superiormente conseguida onde a bela voz de Amanda Somerville encaixa na perfeição. Remiel In Flames também é construída sobre uma melodia agradável, mas depois é preciso esperar pelo fim do disco com as duas partes de Black Rose, naquele que é o melhor momento deste disco. Guitarras acústicas, piano, apontamentos sinfónicos e linhas de baixo de eleição contribuem para a criação de uma (duas) faixa (s) belíssima (s) que termina (m) em alta com um soberbo solo de guitarra, acompanhado de piano, pleno de feeling e emoção. Pena é que o que tinha ficado para trás não tivesse a mesma qualidade.

Tracklist:
01. Museé du Satan Rouge
02. Femme Fatale
03. Dorian
04. Remiel In Flames
05. Tears Of White Roses
06. Phoenix Rising
07. Voices In Your Heart
08. Fields Of Chlum (1866 A.D.)
09. Lake Of Dreams
10. Silver Water
11. Black Rose - part I
12. Black Rose - part II

Line Up:
George Rain - vocais, guitarras
Andy Mons - guitarras
Peter Forge - baixo
Rob Vrsansky - teclados
Radek Rain – bateria

Convidados:
Amanda Somerville (Avantasia, Aina, Kiske/Somerville)
Apollo Papathanasio (Firewind, Spiritual Beggars)
Doogie White (Cornerstone, ex-Rainbow, ex-Yngwie Malmsteen)
Fabio Lione (Rhapsody Of Fire, Vision Divine)
Mike DiMeo (The Lizards, ex-Riot, ex-Masterplan)
Roland Grapow (Masterplan, ex-Helloween)
Tore Moren (Jorn)

Internet:

Edição: Escape Music

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