Entrevista - Appearance Of Nothing

O ano de 2011 começa a prometer. E logo com origem num local pouco habitual: a Suíça. Os Appearance Of Nothing assinam um dos melhores trabalhos deste inicio de novo ano com o seu metal progressivo que alarga as fronteiras até muitos outros sub-géneros. Omar Cuna, baixista do colectivo helvético, falou-nos sobre a banda e sobre as expectativas para este lançamento.

Para começar podem dizer-nos algo sobre os Appearance Of Nothing?
Os Appearance Of Nothing existem desde 2004 com Pat Gerber, guitarra e vocal, Yves, bateria e eu. Depois do Marc ter entrado para a nossa família – foi encontrado por anúncio - não demorou muito até gravarmos a nossa primeira demo Behind Closet Doors. Depois de muito feedback positivo e construtivo, ficou claro para nós que devíamos gravar o nosso primeiro álbum de estúdio. Durante a composição, Peter, o nosso guitarra-solo, juntou-se à banda como quinto elemento. E foi assim que o projeto AON começou definitivamente e o álbum Wasted Time nasceu. Agora estamos aqui com o nosso segundo álbum, All Gods Are Gone.

Existe algum significado subjacente a All Gods Are Gone?
Nós não vamos dizer qual é o significado do título – cada um deve fazer seu próprio julgamento. Portanto podem ir, comprar o CD e ouvi-lo até à exaustão.

Notam-se algumas influências de Threshold na vossa música, que vocês acabam por enquadrar com outros géneros São uma banda muito eclética, certo?
O Marc não coloca limites na composição e tem-se inspirado em muitas grandes bandas. Eu acho que percebeste isso muito claramente. Se comparares All Gods Are Gone como nosso primeiro álbum, é muito mais personalizado, mais próprio. Colocamos o nosso próprio selo nele.

A capa do álbum é excelente. Quem é o responsável pelo trabalho gráfico?
A ideia foi desenvolvida em conjunto, especialmente pelo Yves que tinha muito claras as ideias e as expectativas. Mas no final, a capa foi criada pelo genial Oliver Steiner em Apollographics.

Neste álbum, vocês contam com dois grandes convidados. Qual foi a sua contribuição para as canções?
Depois de Wasted Time queríamos soar muito mais pesados, o que praticamente conseguimos durante o processo de escrita. Posteriormente, tivemos a ideia de que Dan Swanö com seu hellvoice combinaria perfeitamente com o nosso projeto. Entramos em contato com ele e enviamos-lhe o esboço das faixas, informando-o sobre as nossas ideias, onde ele poderia colocar a sua voz. O resultado é o que se pode ouvir agora. Quando terminámos o arranjo de Sweet Enemy, percebemos logo que a música tinha sido feita para Davon Graves. O feeling foi perfeito desde o início, e não demorou muito para juntos encontrarmos o encaixe perfeito. Estamos muito felizes e orgulhoso que tudo tenha resultado tão bem, e estamos muito satisfeitos e agradecidos por ter esses dois senhores a participar no nosso CD.

Pelo que percebi, esse peso extra neste novo álbum, foi uma opção vossa?
Sim, como mencionei antes, nós queríamos ser mais duros e mais pesados neste nosso novo álbum All Gods Are Gone. Sabíamos isso logo desde a edição de Wasted Time. Durante a gravação do primeiro álbum nos Bazement Studio com Markus Teske, que foi uma grande experiência, aprendemos muito. Portanto, agora trabalhámos com ideias muito mais claras e precisas sobre a composição completa das novas músicas, as letras de Pat, as duas vozes, bem como todos os arranjos. Por isso é que nós gastámos mais tempo com este álbum.

Há projetos para levar All Gods Are Gone para palco?
Até agora, nada está planeado. No último ano trabalhámos muito intensamente neste álbum, e agora procuramos executá-lo. Mas certamente que este ano iremos ter oportunidade de pisar muitos palcos. Não só os nossos fãs e amigos ficarão felizes, como nós próprios estamos ansiosos para que esses momentos cheguem.

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