Review: Tao Of The Dead (... And You Will Know Us By The Trail Of Dead)

Tao Of The Dead (… And You Will Know Us By The Trail Of Dead)
(2011, Superball Music)

Revelando uma longevidade assinalável, o núcleo duro dos ... And You Will Know Us By The Trail Of Dead, Conrad Keely e Jason Reece, estão de regresso com o seu sétimo longa duração, apropriadamente intitulado de Tao Of The Dead. Os …Trail of Dead (também carinhosamente conhecidos por alguns como a banda que nunca vai morrer) voltam mais uma vez com um álbum vigoroso que evoca uma nostalgia refrescante (homenagem fiel a Pink Floyd, Rush e Steppenwolf). Para refazer os seus passos musicais, a banda recrutou o antigo amigo Chris Frenchie Smith (produtor do seminal álbum homónimo de 1998) para tentar procurar o som que encantou os críticos há 12 anos atrás. Também o experimentalismo indie aqui se encontra com o produtor Chris Coady (Beach House, Yeah Yeah Yeahs, Blonde Redhead) no opus de 16 minutos intitulado Tao Of Dead Part 2.  Formados no final de 1994 por Conrad Keely e Jason Reece, …Trail of Dead evoluíram ao longo dos anos expandindo o seu line-up mas mantendo a condução criativa pelos membros fundadores. Depois da edição de So Divided, pela Interscope, a banda encerrou funções no Outono de 2007. Mas por pouco tempo: na Primavera de 2008, uma parceria entre a americana Justice Records e a europeia Superball Music, permitiu a publicação de The Century Of Self, o sexto álbum do colectivo que, assim regressava a jogo. Nos últimos dois anos os … Trail Of Dead têm mostrado vontade de regressar às suas origens indie recuperando a sua independência. Eis então que surge Tao Of The Dead. E esse objetivo foi, de facto, conseguido. Este é um trabalho suficientemente independente para ser associado a algum género actual. Pelo contrário vive muito do sentimento retro e evoca nomes do passado já aqui referidos, introduzindo elementos psicadélicos cruzados com riffs pesadões e densos e guitarras acústicas. Cover The Days Like A Tidal Wave e a instrumental The Fairlight Pendant são os exemplos melhor conseguidos, num álbum que apresenta sete temas com menos de três minutos e que termina com o longo (acima do quarto de hora) já referido. O problema em Tao Of The Dead é que os norte-americanos não conseguem livrar-se das amarras que eles próprios criaram. Como resultado, apresentam um disco que apesar de ser de uma audição agradável acaba por perder o interesse ao fim de poucas audições porque não existe renovação, não existe variabilidade, não existe espontaneidade. Antes, se apresenta um trabalho linear, monocórdico, demasiado previsível e sem capacidade explosiva. Isto é: embora denotando alguma criatividade, a banda não extravasa, limitando a repetir-se tema após tema.

Tracklisting:
1. A. Introduction: "Let's Experiment"
2. B. Pure Radio Cosplay
3. C. Summer of All Dead Souls
4. D. Cover the Days Like a Tidal Wave
5. E. Fall of the Empire
6. F. The Wasteland
7. G. Spiral Jetty
8. H. Weight of the Sun (or the Post-Modern Prometheus)
9. I. Pure Radio Cosplay (Reprise)
10. J. Ebb Away
11. K. The Fairlight Pendant
12. Tao of the Dead Part two: Strange News From Another Planet
L. Know Your Honor
M. Rule by Being Just
N. The Ship Impossible
O. Strange Epiphany
P. Racing and Hunting

Lineup:
Conrad Keely
Jason Reece
Autry Fulbright II
Aaron Ford

Internet:

Edição: Superball Music

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