A história recente
do hardcore em Portugal faz-se com a
inclusão obrigatória dos Reality Slap. A banda lisboeta está de regresso com o
seu segundo trabalho, poderoso e abrasivo como sempre. Via Nocturna foi falar
com João a respeito desta nova descarga de adrenalina intitulada Necks & Ropes.
Obrigado por
acederem a responder a Via Nocturna. Para começar, quem são os Reality Slap?
Hey,
nós é que agradecemos esta entrevista. Os Reality Slap são uma banda de
Lisboa, e que neste momento é composta por mim João, Hugo, Tim, Jp e Tiago.
Que bandas se podem
considerar como as vossas principais referências?
Essa pergunta
não é simples de responder pois cada um tem as suas próprias referências mas no
início quando começámos a fazer músicas na brincadeira eu e o Hugo, as
referências eram Agnostic Front, Breakdown e Dmize.
Este Necks & Ropes é já o vosso segundo
álbum. De que forma representa a vossa evolução enquanto banda desde a estreia
em 2009?
Penso que evoluímos
bastante desde o início apesar de o método ter sido bastante idêntico. Desta
vez pensámos um bocadinho mais nas músicas e na estrutura do álbum. Decidimos
ir para um estúdio melhor e apostar numa gravação de melhor qualidade.
Então, como
descreverias o material incluído em Necks
& Ropes?
Existe alguma
diferença para oque fizemos no passado, as músicas estão mais pesadas mas ao
mesmo tempo não se perdeu a identidade da banda e percebe-se logo que tem lá o
toque de Reality Slap. Há músicas um bocadinho maiores (risos).
Como está a ser a
reação dos fãs e da imprensa?
Até agora tem
sido muito boa, estamos muito contentes com o produto final e penso que as
pessoas que gostam da nossa música também ficaram contentes com este novo
disco. Das reviews que li também só
dizem coisas boas por isso não nos podemos queixar
Sei que têm alguns
convidados neste álbum. Queres apresentá-los?
Sim, temos
quatro. Estamos mesmo muito orgulhosos de poder ter essas participações no Necks &
Ropes. Vou apresentar pela ordem que aparecem no disco. A primeira é
a do Winston Mccall que é o vocalista de Parkway Drive. Tivemos a oportunidade
de tocar com eles em Lisboa e ele adorou o nosso concerto e como estávamos a
preparar-nos para ir gravar surgiu a possibilidade dele participar numa música.
Mantivemos o contacto e ele mais tarde gravou na Austrália. Vou estar com ele
daqui a uma semana e vou-lhe entregar um cd. Depois a segunda é a do meu amigo
Justice Tripp vocalista de Trapped Under Ice. Fiz uma tour a tocar em Devil In Me e ficámos amigos. Durante a tour fui-lhe mostrando as músicas e ele
pode escolher uma para participar e juntos pensámos numa parte para ele. Por
fim temos duas participações portuguesas, que são as do Poli vocalista de Devil
In Me e do irmão dele Mike Ghost vocalista de Men Eater. Estas faziam todo o sentido
pois são nossos amigos há bastante tempo e o Mike gravou a bateria deste nosso
álbum, então decidimos juntar os dois numa música.
O que está a ser
preparado para levar Necks & Ropes
para o palco?
Temos alguns
concertos já marcados para breve. Primeiro temos uma mini tour com More Than a Thousand e Devil In Me dias 20, 21 e 22
de abril, Porto, Lisboa e Faro. Depois ainda temos O Jurássic Club fest onde tocamos no dia 6 de maio em Lisboa com
Dog Eat Dog.
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