Entrevista: Damnation Angels

Depois do sucesso atingido nomeadamente na Ásia, a Massacre assinou com os britânicos Damnation Angels para a edição mundial da estreia Bringer Of Light.  Power metal de cariz sinfónico, como mandam as boas regras do género, fazem deste coletivo mais um nome a ter em conta para um futuro próximo. William Graney (guitarras e orquestrações) esteve à conversa com Via Nocturna.
 
Viva, obrigado por aceitares responder a Via Nocturna! É um prazer! Para começar podes dizer quem são os Damnation Angels?
Somos uma banda de metal sinfónico do Reino Unido formada em 2006 que recentemente assinou contrato com a Massacre Records (mundial) e a Radtone Music (Japão). Criamos canções poderosas, emocionais e épicas ou música que evocam emoções por assim dizer. As bandas sonoras de filmes são uma grande influência para nós, mas não fazemos bandas sonoras com um riff atrás delas. Isto é Metal adequado com riffs cativantes e depois com orquestrações, para melhorar a música.
 
Depois do enorme sucesso com o vosso primeiro EP, para este álbum o que estava num nível superior: as expetativas ou a pressão?
Eu diria que as expetativas em vez de pressão. Há sempre um elemento de ligeira pressão porque o EP foi aclamado pela crítica e colocou-nos no mapa, por assim dizer. É óbvio que queríamos que Bringer Of Light obtivesse a mesma resposta se não melhor. Nós tínhamos grandes expetativas para Bringer Of Light, mas têm sido ultrapassadas.
 
Bringer Of Light foi lançado pela primeira vez no Japão, há quase um ano, certo? Porque esse hiato para um lançamento mundial?
Sim, é verdade, nós não tínhamos antecipado ou planeado para que isso acontecesse. Simplesmente as negociações com as editoras para o resto do mundo tornaram-se num inferno que durou muito mais tempo do que esperado e na altura que fechamos o acordo com a Massacre tivemos alguns meses de espera antes de podermos realmente lançar o álbum.
 
E esta versão é exatamente igual à editada no Japão?
A versão de Massacre é melhor versão porque foi remasterizada. Quando se lançou o álbum no Japão, foi um pouco à pressa para cumprir alguns prazos, portanto quando voltamos ao álbum, alguns meses depois, simplesmente modificamos o som para dar uma versão mais polida ao resto do mundo.
 
Vocês têm tido muito sucesso na Ásia. Por exemplo, o tema Kurenai alcançou o # 2 nas tabelas de downloads da Amazon Japão e também chegou à TV coreana... Definitivamente, uma boa maneira de se iniciar uma carreira…
Sim, definitivamente! É sempre bom ver as coisas a acontecer como estão. Nós estamos sempre a trabalhar para avançar e crescer como banda e é ótimo ver diferentes países do mundo a abraçar-nos.
 
Em que fase aparece a Massacre a oferecer-vos um contrato mundial?
Foi alguns meses após o lançamento no Japão, em março de 2012.
 
Neste álbum trabalharam com uma orquestra real ou com samples?
Foi uma mistura dos dois. Alguns dos instrumentos foram gravados ao vivo, mas também há bastantes samples. Temos que competir com as bandas principais do género com cerca de um décimo do orçamento por isso é difícil, mas no final acho que fizemos um bom trabalho.
 
Por falar em bom trabalho, grande trabalho de Scott Atkins e também de Jan Yrlund. Podes falar um pouco de como as coisas aconteceram...
Bem, realmente gostamos do que vimos de Jan quando procurávamos um artista para o EP de estreia, por isso, basicamente, apenas entramos em contacto com ele. Foi mesmo assim simples. Quanto ao Scott entramos em contacto com ele através de Andy Sneap há algum tempo atrás. Tem sido ótimo trabalhar com Scott Atkins. Ele é simplesmente um dos melhores produtores.
 
Per Fredrik Asly é um dos vossos membros mais novos. Ainda veio a tempo de contribuir para o álbum?
Per Fredrik já está connosco há alguns anos e nós estivemos a preparar o álbum também durante algum tempo. Isso não acontecerá para o próximo álbum, que esperamos gravar ainda este ano. Estamos muito animados em fazer o sucessor deste!
 
Ele também está nos PelleK. Como é a situação? É fácil gerir todas as agendas?
Não é, de todo, um problema. No mundo da música é ótimo ter projetos paralelos para conseguires extrair toda a criatividade. Per Fredrik tem os PelleK e eu estou a trabalhar numa nova banda com o Paul Allender, guitarrista dos Cradle Of Filth. É importante mantermo-nos ocupados neste negócio.
 
Já estão confirmados para setembro no ProgPower USA. Que expetativas?
Estamos realmente ansiosos por isso, a resposta dos fãs por lá tem sido incrível e não podemos esperar para tocar para eles! Esperamos que sejam alguns dias incríveis e um dos destaques da nossa carreira.
 
E outros espetáculos até lá? Alguma coisa planeada?
Estamos atualmente em tournée pelo Reino Unido e esperamos fazer outra pela Europa no final deste ano. Há muita coisa a acontecer nos bastidores para garantir que isso aconteça. Como eu disse antes, estamos em fase de crescimento como banda em todo o mundo, pelo que realmente quero ser capaz de chegar lá e tocar para todos os nossos fãs. Nós vamos fazer o que pudermos para que isso aconteça!
 
A terminar, queres acrescentar algo mais para os nossos leitores?
Gostaria de lhes agradecer por lerem esta entrevista e espero que nos procurem! Também um obrigado aos nossos grandes fãs pelo seu apoio!

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