Entrevista: The Burning Crows

Uma banda que com apenas um EP consegue fazer uma tournée como cabeça de cartaz, recebe nomeações para prémios importantes e até é aclamada como o futuro do rock britânico não é uma situação muito usual. Mas aconteceu com os The Burning Crows com o seu EP de estreia Never Had It So Good. Agora, o primeiro longa duração Behind The Veil vem confirmar todos os predicados e mostrar que quem apostou no quarteto britânico não se enganou. Tal como o seu hard rock, também o vocalista e guitarrista Whippz, se mostrou alegre e descomprometido nesta entrevista a Via Nocturna.
 
Viva Whippz!  Obrigado por concederes algum tempo a Via Nocturna. Os The Burning Crows nasceram em 2010. Pode falar um pouco da vossa carreira até agora?
2010... Foi tão rápido! Tivemos um par de anos incrível. Quando começamos, passamos muito tempo em estúdio a escrever e ensaiar antes de tocarmos  mais de uma centena de espetáculos e festivais em todo o país no primeiro ano. Depois disso, entramos nos mundialmente famosos Rockfield Studios no País de Gales (onde os Queen, Oasis, Sabbath gravaram alguns de seus maiores álbuns) para gravar o nosso primeiro EP Never Had It So Good, com o lendário produtor Nick Brine (The Darkness, Bruce Spingsteen, Seasick Steve), que levamos para a estrada logo a seguir com uma tournée de verão do Reino Unido e Irlanda e também como convidados especiais dos Quireboys na sua tournée de inverno. Depois de termos batido os 100% com a nossa campanha Pledgemusic voltamos para Rockfield para mais uma vez trabalhar com Nick e gravar nosso primeiro álbum Behind The Veil e aqui estamos nós em 2013 a lançá-lo!
 
Qual foi o vosso background musical antes de The Burning Crows?
Bem, todos nós já nos conhecemos há anos e tocamos em vários outros projetos juntos antes, portanto seria inevitável que iriamos acabar numa banda juntos. Basicamente tudo começou com algumas garrafas de vinho ao sol e tem sido festa desde então! É muito trabalho, mas há uma grande camaradagem, muitas risadas, muitos bons momentos (a maioria das quais não podemos falar) e acho que realmente tudo isso vem através da música e do que fazemos ao vivo.
 
Após o grande sucesso do vosso primeiro EP, sentiram algum tipo de pressão na altura de começarem a preparar este primeiro álbum?
Nem acreditávamos na resposta que tivemos ao EP - foi incrível! Por isso, sim, definitivamente havia muita pressão extra para realmente fazer algo verdadeiramente incrível que tanto nós como todos os fãs se pudessem orgulhar. Felizmente, quando estás num estúdio como Rockfield com um produtor como Nick, o álbum faz-se a si próprio. Esse lugar é como a Meca do rock n roll e Nick sabe-o, por isso muito rapidamente deixa de ser uma pressão enorme para se transformar num enorme prazer.
 
E o título de "futuro do rock britânico" não te assusta? Como reagem a isso sendo uma banda tão nova?
É incrível e é um elogio enorme! Os comentários e reviews que recebemos têm sido felizmente sempre muito positivos e é uma coisa maciçamente humilhante ver pessoas de todo o mundo a gostar das músicas que escreveste (acho que algumas pessoas conhecem as letras melhor do que eu - risos). Mas para nós, somos apenas nós. Nós não estamos a tentar ser alguém que não nós. Somos influenciados por algumas bandas incríveis e, apesar de que isso sempre vai existir na música, as músicas são todas reais e honestas e são sobre coisas que conhecemos... Beber e mulheres (risos)! Falando sério, é tudo muito orgânico, portanto continuamos com isto e, felizmente, as pessoas parecem realmente gostar sem ser forçado nem fingindo ser os próximos Mötley Crüe…
 
E também foram nomeados nas categorias de Melhor banda ao vivo e melhor Canção de Rock em 2010 e 2011 na Exposure Music Award! Tanto reconhecimento para uma banda com apenas um EP. Ficaram impressionados? De que forma isso ajudou a banda no seu processo de desenvolvimento e crescimento?
Absolutamente! Não conseguia acreditar nisso nem no facto de sermos cabeças de cartaz na tournée pelo Reino Unido e Irlanda com apenas um EP quase desconhecido. São situações como esta que ajudam a empurrar a banda mais para cima e a fazer melhor do que tinha sido feito. Eu penso que foi fundamental para o sucesso que tivemos até agora mas mais do que qualquer outra coisa, devemos isso a todos os fãs e amigos em todo o mundo por lhes darmos 110%, 366 dias por ano!
 
E a respeito de Behind The Veil, como descreverias, nas tuas próprias palavras, este álbum?
Para mim... É como uma orgia dos bons tempos, um carnaval de frivolidade, uma festa para os sentidos, o cocktail perfeito das mulheres com mais de uma pitada de vinho – puro sexo audível (mas mais uma vez eu sou preconceituoso...). Quero dizer, se as pessoas querem um álbum que se centra na política e em todos os problemas do mundo, então provavelmente deve ir comprar um disco dos Coldplay. Mas se procuras bons momentos rock n roll no estilo do AC/DC, Kiss e Rolling Stones em que podes beber, dançar e agarrares-te a uma amante - então este é o álbum indicado!
 
Voltam a ter a colaboração de Keith Weir. Como surgiu este envolvimento?
Nós já conhecemos Keith há algum tempo e ele começou a aparecer e a conversar em alguns shows e festivais. Quando fomos para estúdio para gravar, chegou e tivemos a sorte em tê-lo a tocar teclas em Time, que realmente acrescentaram algo à música e realmente me fizeram despertar. Keith é uma pessoa fantástica e ele compreendeu instintivamente o que era necessário. Adoro essa música!
 
Quais os planos para levar Behind The Veil para a estrada?
Estranhamente acabei de falar com o nosso agente e há muitos planos e ideias em desenvolvimento neste momento, mas não estamos autorizados a dizer exatamente quais são. No entanto, acho que se pode dizer que não é mais do que uma pequena oportunidade de que vamos estar lá para todos vocês, mais cedo do que pensam, portanto, mantenham-se atentos e… vemo-nos no bar!
 
Queres acrescentar algo mais para os nossos leitores?
Obrigado a todos vocês que estiveram connosco desde o início. São incríveis e adoramos-vos! Para quem está a tomar contacto connosco pela primeira vez, venham dizer uma olá no facebook ou qualquer outro site que usem e agarrem uma cópia do álbum a partir de 17 de junho através www.musicbuymail.eu. Felicidades a todos, e muito amor para todos vós.

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