Para os amantes do punk
rock, os The Vibrators são um dos nomes históricos do cenário britânico,
juntamente com os The Clash ou os Sex Pistols, todos nascidos na mesma altura. On The Guest List é um trabalho que se
pretendia diferente, como refere o baterista Eddie na conversa que manteve com
Via Nocturna, onde ainda se passa em revista de forma breve o passado e o
futuro do coletivo, agora que Nigel Bennett, um dos membros fundadores saiu.
Olá Eddie e obrigado pelo tempo despendido com Via Nocturna!
Porque um álbum como On The Guest List
com tanta gente convidada?
A ideia era fazer algo novo
e diferente e foi elaborado com a ajuda e o entusiasmo de Brian Perrere da
Cleópatra. Nós temos muitos fãs entre os nossos contemporâneos e aqueles que se
seguiram, portanto foi muito bom obter uma mistura do velho e do novo no álbum
e tem funcionado muito bem.
E como surgiu essa ideia?
A génese surgiu numa
discussão com Brian e pelo facto de simplesmente querer fazer um álbum um pouco
diferente.
Slow Death é o primeiro single retirado do álbum. Porque a escolha deste tema em
particular?
Fomos ensaiar com o nosso
novo guitarrista Darrell Bath que tinha pensado em fazer isso antes. Darrell
estava a tocar o riff e então
dissemos “vamos fazer isso”. Eu mencionei que Darrell estava a cantar no set com Brian e ele disse “vamos fazer
um single”. Por isso temos duas novas
músicas de Knox praticamente ao vivo no estúdio em apenas um dia. Saiu poderoso.
É o vosso primeiro trabalho para a Cleopatra?
Não, já estamos na
Cleópatra há anos e gravamos os álbuns Pure
Punk e Garage Punk, bem como alguns
re-lançamentos.
Foi uma tarefa fácil conseguir tantos convidados? Houve algum
“processo de seleção” para escolher quem participaria?
Acho que foi bastante fácil
de obter a maioria dos convidados. Foi Brian, quem esteve no telefone e no e-mail, a fazer os contactos. Obrigado
Brian. Cada um de nós fez uma lista de desejos e, em seguida, deixamo-lo ir em
frente.
Alguns dos convidados gravaram bem longe de vocês. Como foi a
relação nesses casos? Deram-lhe a informação precisa do que pretendiam? Ou
deram-lhes total liberdade para criar?
Fizemos todas as faixas
básicas no estúdio de Pat Collier [Perryvale Studios] e fio-los para depois
enviamos tudo para o Cleo que resolveu quem fazia o quê e para substituir as
guitarras e vocais existentes ou adicionar o que eles quisessem.
Outros gravaram convosco?
Não, foi tudo feito
individualmente e tiveram total liberdade para fazer o que quisessem de modo
que estava um pouco nervoso para ver o que tinham feito.
Todavia, acima de tudo On
The Guest List é um álbum divertido com os vossos melhores amigos…
Yeah o álbum saiu muito bem e todas as contribuições
são grandes. Obrigado a todos!
Olhando para trás, para a vossa enorme carreira, o que te
apetece afirmar?
A nossa carreira foi uma
explosão! Fomos a todo o mundo, tivemos altos e baixos, mas sentimo-nos
revigorados atualmente e com muita vida dentro de nós.
Na tua opinião, qual ou quais são os melhores álbuns da vossa
carreira?
Eu gosto de praticamente de
tudo o que fizemos, mas V2 é especial
tal como Under The Radar e este novo!
Lembrando 1976, o que sentes? Nessa altura a cena punk britânica era muito forte. Tha
Clash, Sex Pistols, vocês, todos a surgirem mais ou menos na mesma altura…
1976 foi um grande momento porque
todas essas bandas apareceram ao mesmo tempo e isso foi um ótimo momento para
começar a nossa carreira e para trazer o rock’n
roll de volta para algo emocionante e longe das bandas nacionais tristes com
terríveis 8 minutos de porcaria pretensiosamente operática que certas bandas faziam
naquela altura.
Chegaram a cruzar-se com essas bandas?
Não, como eu disse, havia
um bom espírito de rivalidade amigável. Éramos todos outsiders.
De regresso à atualidade, as recentes notícias dão conta da
saída de Nigel Bennet. Ainda chegou a participar neste disco?
Nige deixou de fazer coisas
sozinho por isso temos de volta um velho amigo que tocou com a gente em 1996,
Darrell Bath. Foi uma mudança muito positiva e nós desejamos o melhor para ele.
Projetos futuros, o que ainda têm em mente?
Tournées e talvez outro álbum no próximo ano… vamos ver. E
tocar tanto quanto nós possamos.
Obrigado por estas palavras e a finalizar queres acrescentar
mais alguma coisa?
Não leiam esta entrevista,
comprem o álbum e ponham-no a tocar bem alto para incomodar os vossos e venham aos
espetáculos. Apoiem o vosso grupo de punk
rock local!! Felicidades.
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