Csaba Zvekan
está a preparar o seu regresso com um novo projeto e uma nova ideologia
musical: os Exorcism que se apresentam como uma linha de metal retro atualizado. O quarteto prepara o seu trabalho de
estreia que deverá ver a luz do dia no início de 204, através do selo Golden
Core Records. Enquanto isso fomos falar com o vocalista para percebermos melhor
o que aí vem!
Olá Csaba, mais
uma vez obrigado por despenderes algum do teu tempo a responder a Via Nocturna.
A primeira questão é: como e porque dar vida a esta nova entidade, os Exorcism?
Olá
VIA NOCTURNA. Obrigado pelo interesse na nossa nova banda Exorcism. Bem, vamos
ver por onde começar. Em 2006 queria tocar guitarra novamente e então fui a uma
loja local de instrumentos em segunda mão e estava a analisar uma Gibson Les Paul Custom Shop, modelo Black Beauty. Na verdade, ela era belíssima
e muito mais jovem do que eu com um número de série de 1983. Então comecei a tocar
e a fazer jams e comecei a gravar
alguns trechos que, eventualmente se transformaram em músicas. Continuei a
trabalhar no material de Exorcism até 2007, mas depois não conseguiu encontrar
uma editora adequada para uma edição. De seguida, as gravações ficaram numa
grande pilha de CDs com músicas demo.
Mas existe um EP
anterior a este álbum, End Of Days de
2007? Que diferenças ocorrerão para este novo álbum?
As
músicas em formato demo estiveram na
página do SoundCloud e do MySpace durante algum tempo.
Naturalmente, agora foram removidas quando começamos a trabalhar a sério. As demos foram totalmente tocadas por mim,
exceto os solos. Agora, com esta formação imagina o quanto a demo não é superada em termos de
desempenho e produção.
E porque este
esta ideia parada tanto tempo?
Por
volta de 2007 comecei a sondar e notei muito pouco interesse. Agora, quase seis
anos depois, as pessoas parecem estar prontas para os Exorcism. Parece que
estávamos seis anos à frente do interesse geral. Agora parece que é a hora e o
local certos para os Exorcism.
Como descreverias
a música dos Exorcism?
As
letras abordam uma temática muito triste e obscura, algumas sobre os cenários
do fim dos tempos. Na realidade não quero estragar os temas porque eles ainda
estão um pouco em segredo (risos). Algumas das letras são de suspense, sim, mesmo horríveis e até metal de ficção científica. Podes crer que
está tudo lá. A influência musical vai de Black Sabbath, Judas Priest, Ozzy
Osbourne e Deep Purple. Algumas pessoas também mencionaram ter ouvido Rammstein
e elementos mais modernos. Eu diria que tu serás o juiz uma vez que Exorcism tem
definitivamente o seu próprio caráter e talento.
Então são esses
nomes e/ou movimentos que mais influenciam os Exorcism?
Com
certeza Black Sabbath, Dio para os vocais e Deep Purple e Ozzy Osbourne para
algumas das guitarras. Há também alguma influência moderna que vocês julgarão.
É verdade que
foi Axel Wiesenhauer da Rock ‘n’ Growl quem “escolheu" o nome da banda? Podes
contar-nos essa história?
Sim,
absolutamente. Um dia ele começou a falar sobre material de exorcismo (que é um
dos temas do álbum – Exorcism).
Depois, quando as coisas amadureceram mais vi o banner da banda, logótipo, fotos e merchandising. Era isso mesmo. Sim Exorcism é isso!
Sendo este um
projeto internacional, como foi o processo de seleção dos músicos que te
acompanham?
É
muito simples de explicar. Quando estava em tournée
com os Raven Lord neste verão perguntei a Joe Stump se estaria interessado num
projecto de metal retro numa
embalagem moderna. Expliquei-lhe um pouco sobre a ideia musical e o tipo de som
que tinha em mente. Joe percebeu imediatamente e continuou o pensamento com o seu
equipamento e as suas grandes habilidades como guitarrista. Estava dentro. Trabalhar
com Lucio Manca é sempre refrescante e nada complicado. Um grande e talentoso
baixista em quem posso confiar sempre. Lucio vem sempre bem preparado para
todas as coisas que fazemos. Por isso, foi sem pensar que lhe pedi para tocar
baixo na banda. E também estava dentro. Para completar a banda faltava o
baterista. Então falei com Axel Wiesenauer da Rock ‘n’ Growl Management. Ele
fez uma busca mundial por bateristas, fizemos audições e descobrimos Garry
King. Estava na hora de fazer algumas gravações e Garry começou a trabalhar imediatamente.
Nos Raven Lord
já trabalhavas com músicos de todo o mundo. Sentes-te melhor a trabalhar desta
forma? Porquê?
O
mundo tornou-se cada vez menor com os aviões, internet, web conferência,
etc. Podes fazer qualquer coisa em todo o mundo com toda a gente. Eu gosto de
trabalhar com pessoas que se sintam confortáveis, independentemente de onde
eles vivem.
Mas não sentes alguns
tipos de limitações (agenda ou outros...) em trabalhar dessa forma?
Absolutamente
não. Todos nós temos o nosso trabalho e coisas para fazer. Quando é a altura de
trabalhar em conjunto seja para ensaios, tournées,
então, reunimo-nos. Ah! e, claro, durante a produção do álbum.
Estão,
precisamente agora a decorrer as gravações do vosso primeiro álbum. Como estão
a decorrer as coisas?
Muito
bem. Parece que estou a trabalhar com leitores de mente uma vez que não há muitas
discussões sobre o desempenho de cada indivíduo. Estou surpreendido com o que cada
um deles fez com o material demo que
preparei. Sem dúvida superou as minhas expetativas sobre o produto. Garry King
começou imediatamente a gravar a bateria e já está tudo feito e com muito groove. Depois voei até um muito bem preparado
Lucio Manca em alguns dias gravamos as suas linhas de baixo. Agora, enquanto
conversamos, Joe está a trabalhar nas guitarras, e já tem quatro músicas
prontas. Deve estar tudo pronto esta semana, por isso, em teoria, poderei
começar na semana seguinte. A mistura não deve demorar muito tempo, portanto, estimo
que o álbum esteja feito dentro de pouco mais de uma semana.
Então, para
quando poderemos esperar o álbum? E o que poderemos esperar? Terá a edição de
alguma label?
A
Golden Core Records está a pensar em lançar o álbum por volta de fevereiro de
2014. Mas isso é realmente com eles. Os contratos de gravação são assim. O
nosso manager, Axel Wiesenhauer é um
grande homem de negócios. Ele encontra a casa ideal para quase todos os grandes
produtos. E assim foi com a Golden Core Records que são obviamente amigos de
Axel e viram grande interesse no material de Exorcism. Muito em breve iremos
ter um contrato de trabalho em cima da mesa e podemos começar a trabalhar no
nosso álbum de estreia. A Golden Core Records é uma subsidiária da gigante alemã
ZYX Music e é um prazer e uma honra este novo produto, Exorcism, poder constar
da sua lista.
E a respeito das
outras tuas bandas, alguma novidade?
Bem,
bem, bem. Não há nenhuma surpresa se eu te disser o que eu tenho debaixo da
manga. Continuem atentos aos nossos movimentos. Há todos os tipos de guloseimas que vêm no caminho dos Metal Knights.
A terminar, deixa-me
agradecer-te, mais uma vez, para este tempo e dava-te a oportunidade de acrescentares
mais qualquer alguma coisa que não tenha sido abordada nesta entrevista...
Gostaria
de agradecer a ti e aos teus leitores por esta grande entrevista e espero
conhecer-vos a todos em breve. METAL OUT.
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