Um novo e promissor nome do power metal, os Last Bastion, conseguem
como ninguém cruzar as escolas europeia e americana do género. Por isso, The Road To Redemption, o seu trabalho
de estreia mostra como se pode, ainda hoje, fazer um excitante e emotivo power metal sem cair nos clichés que o deitaram abaixo. O mentor
por trás deste projeto, licenciado em história, ex-professor de inglês,
guitarrista e vocalista, Joe Lovatt apresentou o coletivo e o álbum.
Olá Joe!
Obrigado pela tua disponibilidade! Podes, para começar, apresentar os Last
Bastion aos metaleiros portugueses?
OLÁÁÁÁÁÁÁÁ PORTUGAL!! É muito bom saber que estamos a
ter reconhecimento num país incrível de metal
como o teu! Obrigado por manterem a chama viva! Nós somos compostos por mim
mesmo nos vocais e guitarra solo, o Sr. Larry "E2G" Barnard no baixo
e backing vocals, Matt Lahr (Beast)
na guitarra e backing vocals, Matt
(The) Bethman como nosso orquestrador, teclista e backing vocals e o mundialmente famoso Matt Carter, do episódio Tosh.0’s Metal Club na bateria.
Quais foram as
vossas experiências anteriores a Last Bastion?
Eu estava numa banda underground local, juntamente com Larry Barnard (o nosso baixista)
sediada em Silverton, Oregon chamada Evenfall quando estávamos na faculdade. Soava
bem, muito próximo de Last Bastion, embora sem o talento que esta banda tem nem
os teclados. Tocamos muito em Portland, Oregon (EUA), mas, na altura, foi
apenas perda de tempo. A cena estava cheia de posers onde todos tentaram soar como os Godsmack ou qualquer outra porcaria
da rádio, por isso, decidimos mudar-nos para Seattle e forjar novos laços com o
poder do aço.
O que vos
motivou a erguer este projeto?
Eu nasci para fazer isto. Simples e direto. Durante todo
o tempo em que estudei na Universidade, tudo em que eu conseguia pensar era em Power Metal. Sempre escrevi, já durante
o liceu, perseguido cegamente a minha ambição. Cheguei a ser professor de
Inglês na Coreia do Sul durante algum tempo, mas o Power Metal trouxe-me de volta a esta grande cidade para poder fazer
isto acontecer.
Que nomes ou
movimentos mais vos influenciaram?
Em primeiro lugar, Iron Maiden. Eles são tudo para
mim. Sempre que vêm cá, eu faço como que um feriado religioso no meu trabalho porque
eles são muito importantes na minha vida. Yingwe Malmsteen é o responsável pelas
infusões na minha consciência do barroco, clássico e todas as coisas escritas
por compositores europeus há muito tempo mortos, muito antes de ter descoberto
o Power Metal. Dragonforce, ainda na
fase Dragonheart que fez a minha
introdução ao Power Metal. Estava
preso na década de 80 com os Priest e Maiden pensando que eles eram bons (isto ainda
no início dos anos 2000) Foi então que ouvi Valley
Of The Damned. E a minha vida mudou! Desse dia em diante fiquei obcecado
por Power Metal e deixei-me arrebatar
por Helloween, Gamma Ray, Blind Guardian, Angra, Rhapsody, X –Japan… A lista é
longa, mas estas são as bandas mais influentes para mim.
Para mim,
vocês são uma das melhores bandas a combinar o melhor de dois mundos do power metal: o americano e o europeu. Concordas?
Como é que essas influências se cruzam no teu processo de escrita?
Bem, obrigado! Concordo que nós preenchemos essa
lacuna muito bem e acho que sei o porquê. Tanto Larry como eu entramos na
música ouvindo os primórdios dos Metallica. Quando tinha 13 anos ouvi o Ride The Lightning pela primeira vez e
as harmonias viciaram-me no metal e fizeram-me
gostar da música clássica ao mesmo tempo. Por mais que tentemos, essas
influências nunca deixaram o nosso repertório. Em sobreposição, Lahr e Bethman
são grandes fãs de Nevermore e Iced Earth e Carter adora Lamb Of God. Larry e
eu predominantemente ouvimos Power Metal
europeu, por isso tudo misturado dá origem a esta bela loucura.
The Road To Redemption é a vossa estreia. Como se sentem com o trabalho desenvolvido?
Quais vossos sentimentos e expetativas?
Pessoalmente adoro! Para mim, parecia que havia uma
calmaria no Power Metal ao longo dos
últimos três ou quatro anos, e este álbum é a cura para isso. Sempre me propus
a escrever o tipo de coisas que eu quero ouvir, e este álbum tem tudo para mim.
Desejaria ter tido mais tempo para as misturas e trabalho de produção, mas este
álbum foi gravado, misturado e masterizado em 30 dias, e uma semana o nosso
produtor, Robbie Houston (guitarrista dos Skeletor, proprietário da Play On Tem
Productions) saiu em tournée. De
qualquer forma, diria que é um bom álbum introdutório. Gostaria de ter uma tournée de apoio, conseguir um contrato
de gravação e continuar a fazer isto tanto tempo quanto possível. As expetativas…
Espero que as pessoas comprem o álbum ou nos venham ver em tournée!
Quais são os
principais temas líricos abordados em The
Road To Redemption?
História, Mitologia, auto-atualização e
existencialismo. Formei-me em História na Universidade e a mitologia é
interessante para aqueles que são bastante auto-explicativos. A auto-atualização
é apenas parte do que me atraiu no Power
Metal em geral; é empolgante! Isso faz-me sentir como se pudesse enfrentar
o mundo sozinho e puxa-te para cima quando estás em baixo. O existencialismo
está lá porque, bem, a religião é uma treta, não importa qual e isso é algo que
a humanidade precisa ultrapassar para viver num mundo melhor.
I Know When I’m Home é o primeiro vídeo e tem sido um sucesso. Porque optaram por
este tema? Há planos para mais algum vídeo?
Nós escolhemo-la porque é simplesmente a música mais
apelativa do álbum, de audição mais fácil. Definitivamente iremos fazer mais
alguns vídeos, portanto, fiquem atentos!
E quanto a
alguma tour? Há já alguma coisa
agendada?
Estamos atualmente a trabalhar na possibilidade de uma
tournée pelos EUA, mas ainda não há
nada confirmado. O nosso sonho é fazer uma tour
completa na Europa/América do Sul/Japão. Enquanto houver fãs por aí, nós
estaremos no nosso caminho!
Bem, foi um
prazer conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma coisa para os nossos
leitores, ou para os vossos fãs?
Confiram o nosso site,
http://lastbastionofficial.com/ ou a nossa página do facebook em https://www.facebook.com/lastbastionpowermetal e agarrem
o álbum se ainda não têm. Estejam à vontade para entrar em contato connosco. Todos
nós gostamos de vos ouvir!
Muito
obrigado!
Não, obrigado nós! Tem uma ótima semana meu amigo!
Comentários
Enviar um comentário