Stéphane
Honde não é um músico muito conhecido e por isso surpreendeu a forma como o
francês conseguiu reunir gente de renome como Paul DiAnno, Vinnie Appice, ou
Don Airey no seu álbum. No entanto, basta dar uma audição à qualidade
intrínseca de Big Trouble para se
perceber porque esses monstros sagrados
aceitaram colaborar nestes monstros
Hollywoodescos. Definitivamente radicado nos EUA, (a França é passado, na
sua própria opinião), Stéphane Honde concedeu-nos estar entrevista onde ficamos
a saber, em primeiríssima mão, que o coletivo está a preparar o seu primeiro
vídeo.
Olá Stéphane! Obrigado por
esta entrevista! Antes de mais, parabéns pelo vosso excelente trabalho. Mas
vamos começar pelo princípio: como surgiu a hipótese de trocares a França pela Califórnia?
Olá! Após a tournée francesa de Paul Di'Anno, decidi ir de férias sozinho para
Los Angeles para ver como era a vida por lá e apaixonei-me pela Califórnia… Tão
simples como isto! Não tinha nenhum plano, era apenas uma semana de férias.
Mas nessa altura
já tinhas em mente um álbum como Big
Troubles? Quero dizer, na tua ida para a Califórnia, se calhar também
procuravas as melhores condições para fazeres o teu melhor trabalho?
Não, só pensei no álbum depois. Escrevi
as músicas e gravei as demos na
França, e mandei as músicas para Vinny, Tim, Don e Paul. Eles mandaram-nas de
volta e eu regravei tudo de forma a fazer o álbum soar o mais possível como se
fosse ao vivo. Denis Baruta (engenheiro de som) fez um trabalho incrível!
Qual foi o
papel de Tim Bogert no nascimento dos Hollywood Monsters?
Tim teve um enorme impacto sobre mim
e sobre a minha vida. Escrevi canções com o Tim em mente. Foi o meu sonho poder
fazer um álbum com um baixista desse calibre! Tu não podes estar errado a respeito
de um músico como Tim. Enviei-lhe as demos,
ele gostou, e alguns anos depois, tornamo-nos amigos.
De onde vem toda
a inspiração em Big Troubles?
Pergunto isso porque é um álbum com uma enorme variabilidade...
Da minha vida pessoal... Da minha
história. É um álbum muito pessoal. Ele fala da minha vida e da vida de toda a
gente também. Eu ouço diferentes tipos de música - Metal/punk/prog/rock... Não
quero estar "preso" a apenas um "género" de música.
Tu tocas a
maioria das partes do álbum. Sentes-te confortável assim? É uma espécie de controlo
total, não?
Não sei... É apenas a maneira que
é... Sempre escrevi eu próprio a música e letras... Sei o que quero. Na maior
parte das vezes, enquanto escrevo as músicas já tenho uma ideia muito precisa
dos arranjos, como deve ser tocada. Já tentei escrever canções em conjunto com
outros, mas nunca funcionou, apesar de gostar de fazer isso um dia!
Como foi
feita a escolha dos convidados? Toda a gente em quem pensaste aceitou o
convite?
Eu já tinha os seus nomes "em
mente", enquanto escrevia as músicas. Para mim, eles seriam a melhor
escolha. A parte "complicada" era poder tê-los todos a tocar no
álbum! Apenas perguntei e todos disseram que "sim"! Isso foi incrível!
Ter todos os meus heróis a tocar no meu álbum! Tenho muito orgulho disso e
estou orgulhoso de tê-los todos a tocar algo um pouco diferente do que estão
acostumados a fazer.
Suponho que
lhes tenhas dado total liberdade criativa...
Yes! Era essa a ideia! Foi a primeira
coisa que lhes disse: sintam-se livre para tocar o que sentem!
Fala-me do tema
The Ocean: é a tua Silent Lucidity?
Essa foi a última música que escrevi
para o álbum. Para mim, The Ocean é
uma espécie de rito de passagem...Tu precisas de alguma solidão para encontrar
o teu caminho, o caminho certo, especialmente se estás numa fase de problemas.
É verdade que
Valley Of The Damned foi escrita como
forma de homenagem ao Vinnie Appice? E agora é ele quem a toca, curioso…
Sim! Eu escrevi essa canção
especialmente para ele! A canção descreve a minha cidade natal... e como podes
ver... não gosto muito dela! Foi também a minha homenagem às bandas de heavy metal dos anos 80 bandas como
Black Sabbath/Whitesnake e Maiden.
Qual o
significado da capa ter o prédio da Capitol Records a ser destruído por uma
luta de monstros?
Isso foi ideia da editora. Acho que é
uma espécie de piada! Mas parece bem, uma vez que toda a gente gosta!
Há alguma
hipótese de voltares a tocar com os Café Bertrand ou até mesmo voltar para
França?
Não, o passado é passado. Eu só olho
para a frente é foi por isso que escrevi a música Move On.
Tens algum
vídeo para este álbum ou há algo projetado?
Sim, na realidade, tu és a primeira
pessoa a quem eu digo que isto: estamos a pensar fazer um vídeo da música Big Trouble.
Estás a
pensar levar este projeto para a estrada? Alguma coisa planeada?
O meu agente está atualmente a
trabalhar na hipótese de duas tours
europeias: uma em janeiro e outra no verão de 2015.
Bem, foi um
prazer conversar contigo! Queres acrescentar mais alguma coisa para os nossos
leitores ou para os teus fãs?
O prazer foi meu. Sim... por favor,
não baixem músicas ilegalmente, ninguém se pode dar ao luxo de trabalhar de
graça. A música é uma paixão, mas também é um trabalho. Espero poder ver todos vocês em breve nos nossos shows!
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