Nasceram na
cidade do grunge. Inspiram-se no
oeste selvagem e no rock. Misturam soul e swing. Tocam as raízes americanas de forma subtil mas eficaz.
Falamos dos The Crooks e do seu líder Cody Beebe com quem falamos a propósito
de Out Here, numa altura em que a
banda já vai fazendo as malas para vir até à Europa apresentar o seu rock.
Olá Cody!
Tudo bem? Quem é o Cody Beebe e quem são os The Crooks? Podes apresentar este
projeto para rockers portugueses?
Cody Beebe & The Crooks são um grupo americano de rock, de Seattle, WA. Tocamos rock’n’roll inspirado pelo espírito
pioneiro do Oeste americano, misturando rock,
country, folk, blues e jazz num som diversificado. A banda é
composta por:
Cody Beebe - vocais e guitarra; Eric Miller – baixo; Aaron
Myers – teclados; Brian Paxton – bateria; Skyler Mehal – guitarra solo.
Quais são as
vossas principais influências?
Temos influências em toda a linha... Acho que é por
isso que a nossa música às vezes é tão eclética. Gostamos da era do grunge, nos anos 90, incluindo Pearl Jam
e Alice In Chains... Bandas de rock
clássico, como Pink Floyd, Led Zeppelin, Lynyrd Skynyrd, etc. Alguns de nós gostam
de heavy metal, outros de jazz... Todos nós escrevemos as músicas
juntos, pelo que elas saem com influências de vários géneros.
Qual é a vossa
formação musical? Tiveram ou têm outros projetos musicais?
Todos nós viemos de diferentes bandas na faculdade e
depois formamos os The Crooks quando nos mudamos para Seattle em 2009. Desde
então, todos temos focado a nossa atenção principalmente sobre essa banda.
Recentemente, Eric Miller e eu iniciamos um projeto paralelo com o guitarrista
australiano Blake Noble, o violinista Tim Snider, e o baterista dos Candlebox,
Scott Mercado. Este projeto chama-se Eust On The Rails.
Falaste do grunge e é engraçado porque vocês são
oriundos de Seattle, precisamente a cidade natal do grunge. De que forma esse importante movimento musical ainda está
presente na vossa música?
Adoramos a atitude que veio com a música grunge. Aaron Myers (teclista) é de uma
pequena cidade no centro de Montana, que é o mesmo lugar do baixista dos Pearl
Jam (Jeff Ament). Por isso Aaron cresceu a olhar para Jeff e tudo o que ele conseguiu.
Isso ajudou-nos a tentar ser o mais original possível e a seguir os nossos
corações, mesmo que não seja a coisa mais popular para fazer de momento. A minha
inspiração vocal vem de cantores como Chris Cornell, Eddie Vedder e Layne
Staley.
Out Here é o vosso primeiro
álbum? Quais são os vossos sentimentos em relação a isso?
Out Here é realmente o nosso segundo álbum
como banda. Lançamos o nosso primeiro álbum, Friends Of The Old Mill, em 2010. Depois andamos pelos EUA durante alguns
anos em apoio desse lançamento e atingimos o número 64 na tabela Triple A com a nossa canção Waiting On You. Em 2013, lançamos Out Here. Estamos realmente orgulhosos deste
disco e o facto de levar o ouvinte numa viagem. Nós gostamos de álbuns que são
diversos, por isso, queríamos fazer um álbum que pudesse inspirar as pessoas através
de tocar em diferentes géneros. Agora voltaremos a estúdio em dezembro para
gravar um novo álbum com alguns singles
que estarão incluídos num álbum que pretendemos lançar em 2015.
É um
lançamento de 2013 com ótimas críticas. Como receberam isso?
Temos viajado muito nos últimos anos, tudo de forma
independente. Tem sido muito trabalho duro, mas estamos determinados. Adoramos
tocar para novas pessoas e fazer amigos e fãs ao longo do caminho. A melhor
coisa para nós é podermos ter um impacto positivo sobre as pessoas e mudá-las
para melhor. Esperamos que Out Here
tenha ajudado as pessoas.
E em breve
vêm até à Europa. Esperam a mesma receção? Quais são as vossas expetativas?
Não sabemos o que esperar. Essa será a nossa primeira
vez em tournée pela Europa e estamos
incrivelmente animados. Alguns de nós já viajaram pela Europa, mas nunca como
uma banda. Esperamos que as pessoas gostem do nosso espetáculo ao vivo e mal podemos
esperar para compartilhar a nossa música com diferentes culturas.
Alguns colegas
da vossa empresa promocional – a Teenage
Head Music – andaram/estão/irão em tournée
pela Europa. Quando vêm cá os The Crooks?
Gostaríamos muito de ir! Esperamos que essa visita corra
bem e possamos voltar a cada ano para uma tournée
para novas partes da Europa. Gostamos de viajar e mal podemos esperar para tocar
para todos vocês!
Out Here é um álbum
com muito rock, mas também, com muito
soul e swing. De onde vem toda essa inspiração?
Eu adoro a música soul
vintage. O rock and roll é muito tão
divertido de tocar... mas precisa ter alma, de modo que as pessoas sejam
impactadas pela música. Nós esforçamo-nos para fazer música que toca as pessoas
e as deixa com um impacto positivo. Mesmo nas nossas músicas mais pesadas de rock, temos uma mensagem profunda que
tentamos passar. Isto é inspirado por grandes compositores como Steve Earle,
Townes Van Zandt, Neil Young, etc.
E também com
muitos convidados. Na minha opinião isto permite-vos introduzir variedade. Como
aparecem estes convidados neste álbum?
Nós adoramos colaborar com outros músicos. Temos muitos
grandes amigos no noroeste dos Estados Unidos que tocam em grandes bandas. Queríamos
que eles fossem uma parte do nosso álbum porque nós realmente gostamos de todos
e de cada um deles, e quisemos ajudar a promover o que eles estão a fazer bem,
porque pensamos que eles são todos incríveis. Isso foi muito divertido para nós
e adicionou camadas adicionadas e textura à música.
Foi uma
experiência de gravação fácil com tantos convidados... Como geriram essa situação?
Uma vez que todos nós tivemos outras bandas no
passado, realmente gostamos de colaborar e ouvir as impressões das outras
pessoas sobre a nossa música. Muitas das pessoas que colaboraram já tocaram
connosco no passado ou escreveram canções connosco e são nossos bons amigos,
por isso tornaram o processo de gravação ainda mais divertido e memorável para
nós.
Depois do lançamento
do álbum vocês tiveram algumas mudanças de line-up.
Como foi a integração dos novos membros?
Após a gravação deste álbum, os nossos percussionista
e baterista deixaram o grupo. Em seguida, arranjámos um novo baterista, Brian
Paxton, e um novo guitarrista, Skyler Mehal. Brian é incrível e adoramos tocar
com ele. A sua energia em palco é incrível e faz com que os nossos shows ao vivo sejam ainda mais agradáveis…
Mais: ele é um grande baterista de rock e pode deixar crescer uma barba
incrível!!! Quanto ao guitarrista, não estávamos à procura de um, mas Skyler
entrou e gravou no nosso álbum e ficámos todos deslumbrados pela forma como ele
é bom. Perguntamos-lhes se gostaria de vir para a estrada e estamos muito
felizes que tenha aceite. Ele tem muita energia e é um músico fenomenal. Sinto
que este line-up é o melhor dos
Crooks de sempre.
E quanto a uma
tournée pelos EUA, alguma coisa programada?
De momento, estamos a trabalhar nos nossos planos de uma
tournée dos EUA, que acontecerá
depois da europeia.
Bem Cody, mais
uma vez, obrigado, e dou-te a oportunidade para deixares uma última mensagem...
Muito obrigado pelo teu apoio e interesse na nossa
música. Mal podemos esperar por ir à Europa pela primeira vez!!!!!!
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