De França tem
chegado alguns projetos interessantes que primam, essencialmente, pela
originalidade. Estes Blowmind são mais um bom exemplo e a atender pela sua
estreia homónima de 2013, o coletivo tem bastantes potencialidades. O baixista
Antonio respondeu-nos ajudando a perceber de onde vem e até onde quer chegar
este jovem coletivo parisiense.
Olá Antonio!
Obrigado pela tua disponibilidade! Queres apresentar os Blowmind aos rockers e metalheads portugueses?
Olá a todos! Os Blowmind são uma
banda de rock alternativo francesa de
Pontoise, perto de Paris. Somos cinco elementos. No início, em 2008, tocávamos
apenas por diversão, mas passados alguns anos tocando na zona de Paris e depois
de algumas mudanças de membros da banda, fui o último e decidi fazer algo mais
profissional... Aqui começa a história...
Quando nasceu
a banda?
A verdadeira banda nasceu em 2009,
estava sozinho e decidi procurar novos membros, e após três meses, tinha o Dom,
Alex e Cedric e a banda estava completa.
O que te motivou
a criar este projeto?
Ouço metal, rock, pop desde os 15 anos e já vi grandes
bandas em concerto aqui Paris (desde pequenos clubes até estádios). Amo a
música, é a minha droga! Em 2009 decidi fazer a minha música porque precisava.
Tiveste algum
outro projeto antes deste?
Não, não tive, porque criei a banda
desde o início, procurei os membros e agendei cada espetáculo desde o início.
Não há tempo para outros projetos.
Quais são as vossas
principais influências? Elas não estão muito bem definidas na vossa música… Suponho
que ouçam vários estilos diferentes?
Sim, sempre ouvi muita música
diferente do pop ao rock e ao reggae. Gosto da música em geral. Mas somos grandes fãs dos Queens
Of The Stone Age, Kyuss, Foo Fighters, Pearl Jam, Faith No More. Cada membro
dos Blowmind tem as suas influências e estilo. Alex na guitarra é a parte de metal, Dominique (guitarra) é mais anos
70 e 90. Cedric (bateria) têm influências de hardcore e Stoner e Chris
(vocalista) é mais pop e música
britânica. Eis porque é difícil definir o nosso estilo.
Como fazem
para obter essa mistura no processo de composição?
O processo é simples, todos vêm com
um novo riff ou uma melodia e
tentamos colocá-los juntos. Há um estado de espírito muito positivo e todos têm
uma palavra a dizer.
Blowmind foi o vosso primeiro
álbum lançado em 2013. Como foi a evolução da banda desde essa altura?
O nosso primeiro álbum foi lançado em
2013 e desde essa altura que temos um novo baterista de nome Cedric, que era um
velho amigo nosso. Quando estávamos à procura de um novo baterista,
propusemos-lhe o lugar e ele aceitou naturalmente. Em fevereiro de 2014, entrou
um novo vocalista, o Christophe. Estávamos à procura de um novo vocalista e ele
propôs a articulação da banda. Fazemos uma tentativa em estúdio com ele e agora
ele está connosco há quase um ano.
Um álbum tricolor:
branco, preto e laranja. Existe algum significado em particular?
A esse respeito, não há nenhuma
mensagem especial. Eu sou designer
gráfico (é a minha profissão) e adoro fazer desenhos sóbrios com duas ou três
cores. Quero dizer estas 3 cores trazem um sentimento e uma atmosfera especial ao
álbum. Estou muito orgulhoso deste trabalho.
Suponho que já
tenham músicas novas. De alguma forma seguem o mesmo estilo?
É claro, temos novas canções. Devido à
entrada de novos membros, o nosso som está em constante evolução. Já tocamos
estas novas músicas ao vivo e tivemos uma boa receção por parte do público. Há
mais trabalho nas novas músicas, embora se mantenha aquele toque Blowmind do
primeiro álbum.
Assim sendo,
para quando um novo álbum?
Estamos a preparar novidades e
esperamos lançar um novo álbum em 2015.
Blowmind foi um
lançamento independente, certo? Já contactaram alguma editora?
Por enquanto, ainda estamos de forma
independente; não temos editora nem agente. Eu próprio marco os espetáculos da
banda. Esperamos algumas mudanças no futuro, com o nosso novo material.
Nesta altura,
quais são os vossos principais objetivos como banda?
Enquanto banda, queremos continuar no
próximo ano a tocar pela França e pela Europa (se for possível). Não é fácil
sem apoio de uma editora ou agente, mas vamos lutar por isso!
Pude reparar
que têm tido diversas oportunidades para tocar ao vivo. Como tem sido a
receção? Podes anunciar próximas datas?
A receção tem sido muito positiva,
não importa se há 10 ou 100 pessoas. Estamos a preparar alguns espetáculos para
1015 (de momento, apenas na França):
24 de janeiro no SAX, em Achères
20 de fevereiro no Covent Garden em
Eragny
7 de março de La luciole em Herblay
Mais uma vez
obrigado Antonio! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado! É uma verdadeira
honra poder responder a uma entrevista para fora da França. Esperemos que os Portugueses
desfrutem do nosso primeiro álbum. Vamos voltar no próximo ano e por que não tocar
em Portugal no futuro. Obrigado!
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