Entrevista: Stud


As coisas finalmente parecem correr bem para os lados dos Stud. O ano passado Out Of The Darkness surpreendeu o mundo com o seu hard rock/metal melódico. Um ano passou e o quarteto finlandês está de regresso com Rust On The Rose. Mika Kansikas, guitarrista do colectivo, voltou a responder às nossas questões.

Olá Mika, tudo bem? O que têm feito os Stud desde a última vez que falamos?
Estivemos principalmente ocupados com a criação de um novo álbum juntos. Isto foi, na verdade, um processo muito longo e intensivo. Ao fazer o álbum, fizemos tudo o que podíamos para promover o álbum de estreia. No entanto, a coisa mais importante era criar o nosso live set e poder tocar ao vivo tanto quanto podíamos.

Muitos anos sem um álbum e... de repente dois álbuns em dois anos! Estão a trabalhar muito ou estão muito inspirados?
A resposta é sim... para ambas as perguntas. A verdade por trás disso é que tivemos Out Of The Darkness, o álbum de estreia, pronto quase um ano antes de ser lançado. Por isso, tivemos tempo para trabalhar em novo material, enquanto aguardávamos o lançamento do álbum, o que aconteceu em outubro de 2013. Fazer o novo álbum levou-nos quase o mesmo tempo que o primeiro.

Este novo álbum chama-se Rust On The Rose. Existe algum significado particular para um título como este?
É apenas uma boa frase do som da faixa-título. Tivemos outras opções para nome do álbum, mas sempre regressávamos a Rust. Então, pensamos, que se lixe, é um bom nome com um bom som, vamos escolhe-lo. Deve haver zilhões de álbuns com nomes como Break The Chains, que é uma outra canção do álbum, e que também foi uma opção a determinada altura.

E é outro grande álbum. Sinto que ainda está mais orientado para os anos 80. Concordas?
É difícil dizer estando tão perto da música. Alguns dizem que o novo álbum é um passo natural em relação à estreia, com o som um pouco mais moderno. Com certeza a nossa intenção não era fazer um álbum a soar a anos 80, mas apenas continuar a fazer músicas que gostamos e que vem naturalmente. Estamos muito satisfeitos com o facto de que fizemos, de novo, um álbum em que cada canção se aguenta por si própria e contribue igualmente para o álbum. Não há sobras em nenhum dos nossos álbuns e quando lançarmos o próximo, é o que pretendemos alcançar novamente.

Como foi o processo de trabalho desta vez?
O processo de trabalho foi bastante semelhante ao da estreia. Antes de ir para o estúdio, fizemos demos de todas as músicas. A diferença é que já tínhamos tocado muitas das músicas ao vivo, o que certamente beneficiou o resultado final. O resto do processo seguiu o mesmo caminho de antes: fazer as faixas de apoio, vocais, solos de guitarra, teclados e, em seguida, edição, mistura e masterização de tudo. Muitas horas gastas em cada fase, mas olhando para trás, tudo correu como o planeado.

Como analisas este novo álbum, em comparação com o anterior?
Além da pequena diferença na forma como o álbum soa, não existem os longos hinos como Reach Out. A maioria das canções são um pouco mais curtas – a maior é Playing To Win que encerra o disco. Canções como Break The Chains, We’re Gonna Striker e Freedom Call são rock pesado mais tradicional, enquanto a faixa título é, mais radio-friendly, mais leve. Tudo somado, o estilo de STUD vem claramente através de refrões catchy, muitas guitarras, vocais limpos e um sólido apoio de bateria e baixo.

Por alturas da nossa primeira conversa, a respeito do primeiro álbum, disseram que não queriam convidados, porque queriam tentar por vocês próprios. E provaram muito bem que o conseguiriam fazer com Out Of The Darkness. E agora? Mais uma vez, apenas os quatro ou, desta vez, tiveram alguns convidados a colaborar?
Sim, apenas nós os quatro. No entanto, Matti Jalonen esteve encarregado de baixo em quase todas as faixas, uma vez que Pasi Hietanen tinha deixado a banda anteriormente. Uma parte importante da equipa, novamente, foi Puke Kataja, que foi essencial para a gravação e mistura do álbum. Svante Forsbäck de Chartmakers, que também trabalhou com Rammstein e Volbeat, masterizou o álbum.

A vossa estreia foi um lançamento independente, mas este surge pela Cranksonic. É o vosso próprio selo?
Sim. A Cranksonic é o nosso próprio selo, que, de momento, trabalha principalmente com Stud.

Já fizeram algum vídeo deste álbum?
Ainda não, embora tenhamos planos. Estamos a trabalhar ideias iniciais como qual música escolher e qual o tipo de história que o vídeo irá contar. Espero que possamos começar a filmar no início do próximo ano.

Próximos projetos, como tours. Alguma coisa agendada?
Estamos a construir a programação ao vivo para o próximo ano, e, para dizer a verdade, é difícil arranjar gigs apropriados na Finlândia. O que estamos a tentar fazer, é encontrar oportunidades de tocar para um público mais vasto, quer seja como banda suporte de alguns nomes maiores ou através de festivais no próximo verão. Estamos, também, à procura de oportunidades para tocar fora da Finlândia. Quem estiver interessado, basta deixar-nos uma mensagem. Também iremos lançar mais um single deste álbum, e, possivelmente, uma música nova no ano que vem. Embora, não haja outro álbum no próximo ano.

Obrigado Mika, foi um prazer! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Quem gosta de hard rock melódico e metal deve ouvir Stud. Não se trata apenas de uma única música, mas os nossos dois álbuns têm muitas coisas boas. Atualmente, o apoio dos fãs é muito importante. Deixem que os vossos amigos também conheçam os Stud. Obrigado novamente ao Via Nocturna por esta oportunidade de compartilhar os nossos pensamentos a respeito do novo álbum e da banda. Esperamos ver-vos em tournée no futuro. Liguem-se aos Stud em facebook.com/STUDofficial e keep rockin’!

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