Entrevista: Cave Story


Nasceram nas Caldas da Rainha. Lançaram várias demos e deram nas vistas. Em 2014 fazem uma versão do tema Helicopter Spies dos Swell Maps, que o próprio Jowe Head questionou se não seria um bootleg esquecido no qual ele estaria a tocar. Agora chega o primeiro EP, Spider Tracks, motivo que nos levou a falar com os Cave Story.

Os Cave Story são um projeto ainda recente. Querem falar um pouco sobre as motivações que vos levaram a criar a banda e o vosso percurso até aqui?
Conhecemo-nos nas Caldas da Rainha onde nascemos e crescemos. Tivemos bandas praticamente desde que começamos a tocar. Lançamos uma demo no final de 2013 e temos desde aí temos tocado pelo país e continuado a compôr e a gravar.

Logo a seguir ao vosso nascimento lançaram uma série de demos. Qual foi o objetivo? E esses objetivos foram alcançados?
O objetivo foi apresentar alguma coisa para arranjar concertos. Na altura pensámos que queriamos tocar ao mesmo tempo que iamos trabalhando em novas ideias.

Há algum desses temas no recente Spider Tracks?
Não, o Spider Tracks são só temas pós-demos. Mas ainda tocamos as demos ao vivo.

De que forma vocês se descrevem em termos musicais e líricos?
Somos uma banda de rock profissional.

E como foi aquela história da versão dos Swell Maps? O próprio Jowe Head ficou na dúvida se não seriam eles próprios a tocá-la?
Aconteceu tudo em comentários no Youtube. O Jowe Head perguntou se sabíamos detalhes sobre aquela versão. Quando dissemos o que era ele respondeu: “It is an excellent version of the song; I dig it a lot.  I was fooled to start with.  It sounds very much like Swell Maps, so I thought that I was playing the bass on this version.  I thought that it might have been a bootleg recording that I had forgotten about!”

Foi relevante até porque os Swell Maps são uma referência para vocês, não é verdade?
Sim, entre outras, mas uma bastante relevante.

Será que o vamos ter num tema vosso num futuro próximo?
Não há nada planeado.

Falemos agora de Spider Tracks. Só agora chega às lojas em formato físico mas já estava em prévenda digital. Como foi a aceitação dele?
Está a ser boa, quem gostou vai comentando que gosta e falando connosco, é só isso que importa.

E como se sentem como vencedores do Vodafone Band Scouting?
Não queremos dar muito valor a isso, estamos gratos que nos tenham escolhido e contentes pela gravação que vamos fazer com a pontiaq. Mas não é positivo enfatizar a “competição”. Fomos uma escolha e ficamos muito satisfeitos.

Isso permitir-vos-á gravar o primeiro longa duração. Quando acontecerá isso? Vão manter a mesma postura descomprometida que tiveram para este EP?
Devemos gravar ainda este ano. A nossa postura será a mesma, com a novidade de irmos para uma sala diferente e descobrir o que de lá podemos tirar.

Como foi terem estado em algumas datas de Uivo – Documentário sobre António Sérgio? De que forma esse grande radialista vos influenciou?
Influenciou-nos através do Eduardo Morais o realizador e nosso amigo. Acabamos por ver, em mais que uma ocasião, a importância do António Sérgio na vida de tanta gente, foi bastante marcante.

Quanto ao futuro – até onde pensar chegar com os Cave Story? Quais os próximos projetos em que estarão envolvidos?
Para já vamos tocar ao vivo a apresentar o EP
14 Fevereiro - Cave Story & Ghost Hunt — W.A.S.T.E. Club @ Sabotage Club
14 Março - Savanna + Cave Story @ Transforma, Torres Vedras

A terminar – querem deixar alguma mensagem?
Sejam amigos. Tenham cuidado com o frio. E se tiverem curiosidade, ouçam a nossa música em: https://cavestory.bandcamp.com

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