Depois de uma
demo e de um split eis que os algarvios The Psycho Tramps chegam ao seu almejado
primeiro longa duração. I’ve Met Satan
prova, uma vez mais, como o punk rock
nacional continua em boa forma. Miguel Roque, vocalista, falou-nos das
vivências em torno deste trabalho.
Olá Miguel! Antes
de mais parabéns pelo vosso álbum. Como decorreu todo o processo até ao
resultado final?
Obrigado desde já pelo apoio. Correu
bem mas estas coisas demoram sempre mais do que o previsto. É ir para estúdio,
misturar e masterizar, depois ainda editar. É como uma gravidez longa e
dolorosa mas depois tens ali um filhinho.
E I’ve Met Satan acaba por ser,
naturalmente, o reflexo do que são os The Psycho Tramps de hoje?
Creio que sim, devido a algumas
faixas do álbum terem sido gravadas com algum distanciamento nota-se uma
evolução, mas aquela mistura sonora ali apresentada reflete o que somos agora.
E, também,
naturalmente o sucessor de uma demo e
de um split com os The Hellspiders.
De que forma esses lançamentos contribuíram para o vosso crescimento?
Estes lançamentos graduais serviram
para nos preparar, todas as críticas negativas e positivas, como também o
trabalho que implicaram, tornaram-nos mais cientes do que queríamos e do que é
o panorama musical que nos rodeia.
E como
analisas a vossa própria evolução desde esses mesmos lançamentos?
De início estávamos mais virados e
condicionados para o punk-rock de
70’s, com o tocar/criar mais faixas o som foi sofrendo mutações causadas pelas
nossas influências e isso nota-se da demo,
passando pelo split e acabando no
álbum.
I’ve Met Satan é uma edição
da Dog City Records mas numa edição bastante limitada. Quais as principais
razões?
A principal razão creio que é por
vivermos num país pequeno onde não acho que valha a pena, e ainda por cima
dentro do punk-rock, fazer edições
muito volumosas e ficar com cd’s dentro de uma caixa debaixo da cama. A segunda
é porque gostamos da exclusividade (sem querer parecer pomposo).
Assim estão a
caminho de terem já, ao primeiro longa duração, uma edição de culto…
Isso era brutal, agradeço desde já o
voto de confiança. Não estamos nisto pelo sucesso e muito menos para ganhar
dinheiro, mas claro que o reconhecimento é sempre bastante bem-vindo.
Onde se foram
inspirar para o tema Stevie? No Chama o António do Toy? (risos)
Sim (risos), nisso e em pessoal que
tem dificuldade em sair de casa sem “aditivos”…
Explica-me
aquele final de álbum. Trata-se de um tema escondido?
O tema escondido tem uma razão também
escondida: é uma versão nossa da Bad
Attitude dos Testors, e para evitar chatices com direitos de autor deixamos
aquela faixa assim esquecida lá para o fim camuflada por uns ruídos de bar.
Quem tiver paciência para chegar lá ouve… quem não tiver não ouve…
Logo a seguir
ao lançamento tiveram algumas datas. Depois disso, as apresentações ao vivo
continuam a suceder-se?
Sim continuamos a tocar pelo país,
com alguma calma pois o circuito de bandas é reduzido a nível nacional.
Infelizmente ainda não fomos de Lisboa para cima mas esperemos que aconteça
para breve.
Entre os concertos já estamos a
cozinhar um novo álbum, sem data prevista, também dentro do mesmo formato. Ao
vivo já tocamos algumas dessas faixas novas.
Satanás anda sempre por aí (risos).
Satanás e o conceito da faixa fala na verdade do livre arbítrio, Deus controla,
Satanás descontrola…
A terminar,
queres deixar alguma mensagem?
Obrigado desde já a toda a gente que
nos tem apoiado, ouçam o disco e vão aos concertos, isto é tudo para vocês! Rock n Roll Till We Die!!
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