Com Lemme Tell Ya! os mafiosos
Johnny Fontane & The Rivals trazem uma nova dimensão ao blues suíço e europeu – um espetacular
álbum em que as referências ao saudoso Gary Moore vão surgindo aqui e ali.
Aliás, o genial guitarrista é um dos ídolos de Tom Marcozzi, com quem
conversamos a respeito desta siciliana
estreia.
Viva Tom! É um prazer poder falar
contigo, obrigado pelo teu tempo e parabéns pelo vosso excelente álbum. Podes
apresentar Johnny Fontane & The Rivals aos rockers portugueses?
Olá e muito obrigado por nos teres em Via Nocturna. Somos os Johnny
Fontane & The Rivals, somos da Suíça e tocamos Blues e Blues-Rock.
Um dado curioso - porque a escolha
de um histórico nome de gangster para
batizar a banda?
Bem, na verdade, aconteceu por acidente durante a gravação do
álbum. Estávamos em falta com uma linha de texto e ao fazer as partes vocais,
eu vim com a linha de “Baby lemme tell ya one more
thing..." e essa frase levou ao título do álbum
e também à ideia do tema sobre a mafia porque o produtor vocal me disse para
cantar essa linha com sotaque Italo-Inglês ao estilo de Al Pacino em Scarface.
Quais são as vossas principais
influências?
Bem, as influências da banda vêm de diferentes ângulos do mundo da
música. Na verdade, tenho muitas bandas e guitarristas que admiro. Os que me
influenciam mais de momento são Joe Bonamassa, Henrik Freischlader no lado mais
rock e SRV, BB King, Eric Clapton no
lado mais tradicional para mencionar apenas alguns.
Por vezes, a minha memória é levar para
outro nome histórico, Gary Moore. Ele é, também, uma das vossas influências?
Sim, ele é definitivamente um dos meus heróis favoritos de sempre.
Um músico verdadeiramente abençoado que sentia a música a cada respiração e nota
que tocava.
Daí uma canção como Garymental. É dedicada a ele?
100 pontos para ti, hahaha... sim, ouviste bem... existem algumas
linhas de guitarra nessa faixa que Gary usou em algumas das suas músicas.
Primeiro ao escrever e, em seguida, durante a gravação da canção, o título de
trabalho foi Instrumental, uma vez
que era a única canção sem vocais. Durante a gravação das guitarras comecei a
moldar a música e decidi renomear a canção de Garymental, porque senti que seria uma boa maneira de dizer obrigado
a um guitarrista brilhante que morreu demasiado cedo!
Lemme
Tell Ya! é a vossa estreia. Como se sentem agora que o álbum
está cá fora? Estão totalmente satisfeitos?
Sim, estamos totalmente satisfeitos! Trabalhamos duro para isso e
realmente valeu a pena!
Podemos falar um pouco dos convidados
neste álbum? Como é que entraram em contato com eles?
Estamos muito orgulhosos por ter estes convidados especiais a
bordo. Vinnie é um primo afastado meu. Conhecemo-nos há 5-6 anos atrás, durante
uma visita dos UFO à Suíça. Desde então, mantivemos contacto e foi assim que aconteceu
ele surgir no disco. Quanto a Justina, na verdade, descobri-a no Youtube. E desde que passou a viver em
Zurique foi fácil entrar em contacto com ela. Fizemos alguns espetáculos juntos
e, em seguida, decidimos tê-la no álbum. Marco Pantherra é um velho amigo meu.
Tivemos aulas de guitarra com o mesmo professor nos anos 80. Eu mantive a
guitarra enquanto ele mudou para a harmónica... hahaha. Ele tinha que estar no
álbum, é um mestre no seu instrumento.
De uma maneira geral, acho que
todos os vossos convidados acrescentam algo de mágico ao trabalho. Naturalmente,
sentem o mesmo…
Sim, com certeza! Sabíamos que gostávamos de acrescentar boas
vibrações e foi por isso que decidi fazê-lo.
Estiveram todos juntos em estúdio
ou não?
Sim, todos estiveram presentes, exceto Vinnie. Vinnie gravou as
guitarras em Tell Me no seu estúdio
nos Estados Unidos.
Como decorreu o processo de
gravação?
Uma vez que eu próprio tenho um estúdio de gravação, decidimos
produzir o álbum lá. Exceto no caso do acompanhamento vocal onde entrou o meu
bom e velho amigo Marcel Lappert, fiz toda a engenharia e produção juntamente
com os meus companheiros de banda. A mistura foi feita pelo grande Adam
Hawkins. Podes pesquisar, ele trabalhou com muitos grandes artistas e fez um
trabalho perfeito na mistura.
E com uma estreia como esta, onde pensam
que podem chegar?
Bem, sempre disse a mim mesmo que se fizesse um disco teria que
ser bem feito ou não o faria, de todo. E vai ser o mesmo no próximo projeto...
vamos ver o que vai ser haha.. .
Estão envolvidos em mais algum
projeto?
Agora estamos agora em tournée
com a banda, e gostaríamos de levar a nossa música ao maior número possível de
pessoas. Por enquanto, vou-me concentrar no actual projeto, já que tenho sempre
ideias para coisas novas.
Fala-me, então, desta tour em que estão envolvidos…
Sim, este ano tocaremos por toda a Suíça e esperamos muito em
breve vir a alguns outros países da Europa. Confiram a nossa agenda na web Www.johnnyfontane.com
Muito obrigado Tom. Foi um prazer
fazer esta entrevista. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Foi um prazer! Muito obrigado novamente e espero tocar na tua região
em breve. Felicidades a todos e obrigado pelo apoio. Saudações!
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