De forma magistral, Jessi Teich mistura um jazz sofisticado
com blues e um romance trágico cheio
de soul. Uma estética nervosa, mas elegante
que fluidamente se infiltra na sua música e cria sensibilidades. Sem exagero,
um nome que é plenamente comparável a Ella
Fitzgerald, Sade, Fiona Apple, Billie Holiday e Sarah
Vaughan. Graduada pela Berklee
College Of Music a jovem encarna todo o sentimento jazz e soul quer como
cantora quer como compositora. E isso fica provado no seu novo álbum, Twisted Soul, gravado em Paris, ao vivo
em estúdio. Um trabalho operático pela sua sequencialidade conceptual e que
mostra todo o talento vocal – o mesmo que já lhe granjeou 10 prémios
internacionais, dos quais três para canções de Twisted Soul. Cada música é um capítulo e o primeiro desses
capítulos, The Hauting, já três vezes
premiado, prenuncia o arco autobiográfico que se lhe segue. A abordagem a um
tema perfeitamente atual como é o caso da violência doméstica, no qual Jessi pretende
deixar uma mensagem de esperança para ajudar outras mulheres a lidar com a
situação. O álbum começa mais escuro e conflituoso, mas à medida que vai
avançando verifica-se uma recuperação de força que lhe permite reconstruir tudo
de novo. Pelo meio duas versões – Clap
Hands de Tom Waits e Cry Me A River de Justin Timberlake. Musicalmente Jessi Teich gravou com o Thierry
Maillard Trio liderado por um dos maiores pianistas franceses, sendo ainda
possível ouvir os vestígios do acordeão francês cortesia de Laurent Derache.
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