De Vila Nova
de Famalicão surge mais um nome a ter em conta no espectro rock nacional de 2015. Chama-se The CityZens e com Medicine For Open Minds é o álbum que
marca a sua estreia. Em representação do trio, Jorge Humberto, apresenta o
coletivo e vai adiantando que a banda já se prepara para invadir a Europa.
Olá! Obrigado
pela vossa disponibilidade. Que motivações estiveram na base do nascimento dos
The CityZens?
Eu (Jorge Humberto) e o Luís Ribeiro já trabalhamos
juntos desde 2000. Nessa altura com os sUBMARINe. Após 13 anos nessa banda
assumimos que teríamos de mudar de direcção, procurando outros rumos, colocando
um ponto final numa certa “inércia casamenteira” que existia nesse projeto. Ainda
assim durou mais do que alguns casamentos. Avançamos para The CityZens e a
formação ficou completa com a entrada do Rui Pedro Ferreira para a bateria.
Quais as
vossas principais influências?
Eu prefiro as sonoridades do rock com influências de 70/80/90 praticado em Detroit, mas
consumimos um pouco de tudo. Resumindo, a essência dos três é rock n roll nas suas mais variadas
vertentes.
De que forma
se definiriam em termos musicais?
Somos um coletivo assumidamente rock/blues/surf/garage/soul/folkpsicadélico. Tudo isto com uma dose
generosa de vontade de nos agarrarmos à música como se a nossa vida dependesse
dela.
Com bastante
ecletismo presente nas vossas composições, como é o processo de criação nos The
CityZens? Em momento algum impõem qualquer tipo de limites…
O processo de criação começa comigo, porque estou
sempre em busca de refrões e linhas sonoras que se cruzem bem. Depois, apresento
os momentos ao Luís e ao Rui e a partir daí define-se cada tema. Não há
imposição de limites. Existe sempre um ponto de partida, mas a chegada é uma
incógnita. Daí a diversidade de estilos.
E em termos
líricos – que aspetos mais relevantes são tratados em Medicine For Open Minds?
A maior parte dos temas fala sobre situações do
quotidiano. São temas que têm muito a ver comigo, medos, desejos, desamores,
amores, protestos. Por vezes, a coisa é feita através de metáforas.
Como decorreu
o processo de gravação deste disco?
Foi de muito trabalho e aprendizagem, porque trabalhar
com o Paulo Miranda (produtor) não é refresco. Em termos profissionais é muito
exigente e por isso a coisa teve que funcionar a espaços na base da pressão.
Mas, valeu a pena porque no final gostamos daquilo que ouvimos. O Paulo Miranda
foi a mais-valia que nós precisávamos para este disco.
Porque a
escolha de um título como Medicine For
Open Minds?
Dar o nome a este disco foi talvez a última coisa que
fizemos. Primeiro não tínhamos nome e depois nomes a mais. Apesar de sermos
apenas três a coisa não foi fácil. Às tantas dei por mim a pensar que bom seria
termos todos a mente aberta para assumirmos um nome comum. Se houvesse um
medicamento para isso é que seria bom. E assim surgiu o nome.
Como tem sido
a apresentação deste trabalho ao vivo? Já há mais datas disponíveis?
Tem corrido de forma positiva e com muito trabalho.
Isto não é só gravar discos. Depois de o fazer há sempre muito caminho a
percorrer. Até julho temos a agenda composta e ainda há datas para fechar.
Basta consultarem o nosso facebook e
está lá tudo.
Principalmente,
quanto aos concertos de apresentação – como correram?
Tem sido gratificante perceber que as pessoas ouvem o
disco e querem perceber como é que ele soa na transposição para palco ou
vice-versa. O resultado tem sido francamente positivo.
Quanto ao
futuro, quais os próximos projetos que têm em vista?
Depois de cumprirmos a agenda em território nacional, vamos
saltar um pouco pela Europa. Estamos a trabalhar nos contactos para espalharmos
a nossa ‘medicina’ lá por fora.
A terminar –
querem deixar alguma mensagem?
Um especial agradecimento ao Via Nocturna, pelo papel
fundamental que tem na divulgação da boa música que se faz por cá. Um bem-haja,
isto sim é serviço público. E para as pessoas que nos têm acompanhado e
apostado em nós um agradecimento pelo carinho.
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