Os The
Leeway são uma banda Indie/Folk de
Brooklyn, NY, criada pelo músico português Pedro Barquinha que compõe as
músicas, toca bandolim e dá a voz a um projeto com arranjos complexos e
melodias ricas inspirado por grupos como Simon and Garfunkel, Punch Brothers ou
Bob Dylan. Em 2014 saiu o primeiro EP de 6 faixas, gravado no Bunker Studio sem Brooklyn, onde
regressaram recentemente para registar vídeos de 4 temas. A explicação desta
iniciativa está aí nas palavras de Pedro Barquinha.
Olá Pedro, tudo bem? Obrigado pela
tua disponibilidade. Podemos começar por falar um pouco deste projeto The
Leeway? Quando e como começaste esta aventura americana?
Tudo bem. De nada! Vim para os Estados Unidos em 2010 para estudar
na New School for Jazz And Contemporary Music. No início comecei como baterista,
mas a partir do segundo ano comecei a estudar composição e pouco depois a tocar
bandolim.
De que forma surgem os The Leeway
contigo?
Quando cheguei ao meu último ano na New School tive que preparar um recital final de curso. Nessa
altura decidi que o recital seria uma amostra das várias coisas que eu tinha feito
enquanto estudei. Desde peças clássicas a músicas tradicionais de folk. Nesse contexto decidi acabar
algumas músicas que tinha começado há uns tempos e juntei pela primeira vez o
grupo que não tinha nome ainda mas que se tornaria os The Leeway. O público
gostou tanto das músicas e a nossa experiência foi tão positiva que decidi
falar com o resto dos músicos e formar um grupo formal. Decidi logo que
devíamos gravar no início desse ano (2014). Marquei estúdio e acabei de compor
as músicas. Gravámos e lançamos o EP em maio de 2014.
Em termos de sonoridade/conceito,
como definirias este projeto?
A minha ideia foi juntar uma instrumentação folk/bluegrass com arranjos complexos e canções que são
interessantes mas também acessíveis a um público geral.
Sendo que utilizas elementos folk, pergunto-te se recorres ao folk português?
Infelizmente o folk português
não é algo que eu conheça. Não cresci com ele. Mas tenho interesse em tirar
inspiração e influência de todos os lados por isso hei-de ouvir e conhecer.
Já tens no mercado um EP de seis
temas com lançamento no ano passado. O que nos podes dizer sobre esse trabalho?
Acho que foi uma boa primeira iniciativa. Nesse EP existe uma boa
amplitude dos tipos de sons que conseguimos produzir como grupo. Mas acho que
cada gravação vai demonstrar a nossa evolução musical e novas tendências.
E agora preparas algo não muito
vulgar. Gravaste 4 temas que irão ser disponibilizados sequencialmente nos
próximos meses. Porque esta opção? Que objetivos?
Estes temas não são em si um EP como o primeiro. São, antes de
tudo, vídeos de uma
performance em
estúdio. A decisão foi feita porque achámos que seria bom lançar algum material
novo, tanto em vídeo como áudio.
O primeiro desses temas, If Only, já está disponível. Uma versão
intimista só contigo ao piano…
Essa música fez todo o sentido gravar a solo porque foi composta
antes da banda existir... para piano, ao piano. Quando a banda se juntou eu
decidi fazer o arranjo para o primeiro EP.
E quanto aos restantes temas, o que
podemos esperar? Temas originais ou novas roupagens
dos temas do EP?
Temos duas do EP (Mother,
If Only) e também duas novas que irão
estar presentes numa gravação que façamos de estúdio.
E pelos vistos sempre a gravar em
formato live em estúdio…
Sim, porque como disse antes, não queríamos fazer um álbum disto
mas sim vídeos com áudio disponível.
Voltaste ao Bunker Studio como já tinha acontecido aquando do primeiro EP.
Sentes-te bem lá? Como é trabalhar lá?
Gosto imenso do estúdio como estúdio e também do ambiente e das
pessoas que lá trabalham! É um ambiente superdescontraído e sério ao mesmo
tempo.
O objetivo final será juntar esses
temas num EP, certo? Tens datas previsíveis de lançamento?
Uma espécie de EP com lançamento casual do áudio dos vídeos!
Algures em junho.
E como estamos de apresentações ao
vivo?
Temos tocado por NY com bastante frequência. Acho que cada performance tem sido melhor que a
anterior. Mais pessoas vêm e temos tocado em salas cada vez melhores também.
Obrigado Pedro, mais uma vez.
Queres acrescentar algo mais?
Acho que está tudo! Obrigado eu.
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