Inspirados
pelo rock, blues, country, roots, folk-rock, surf-rock e reggae os The StoneWolf Band definem-se
pela sua atitude positiva e amor à música. Estiveram presentes, com enorme
sucesso em Singapura no Music Matters
Live em 2014. Agora surge, em formato físico, o muito aguardado álbum de
estreia Fear Less. Ricardo Lobo, o Stone Wolf e mente criativa por trás
deste projeto, contou-nos tudo a seu respeito.
Olá Ricardo!
Já estás completamente recuperado dos problemas físicos que te afetaram?
O meu dedo, segundo os médicos e especialistas, nunca
vai ficar bem. Não curou/cicatrizou como deveria, então tiveram que fixar na posição
mais adequada, para eu poder ainda usa-lo minimamente para tocar guitarra... vou-me
safando, mas de resto estou bem.
Que
motivações estiveram na base do nascimento dos The StoneWolf Band?
A motivação de ter sons dentro da minha cabeça e
melodias que queria tirar cá para fora! E de querer mostrar as minhas ideias e
músicas. Gosto de fazer/tocar musica, especialmente ao vivo, e não me vejo a
fazer outras coisas, que não seja relacionado com a música
Como tem sido
o vosso trajeto até aqui? Sei que tiveram algumas mudanças de formação antes ou
durante o processo de gravação. Aparentemente, isso não afetou o resultado
final?
Tem sido relativamente smooth. Sim mudei a formação antes de gravar o álbum, mas não afetou
muito os temas, porque era/sou eu a escrever as letras/melodias/estruturas das
músicas, assim a transição não foi muito difícil, faz parte da história do
projeto e ajuda-nos a crescer e aprender para o futuro!
Sendo que a
vossa música é uma original criativa mistura de diversos estilos, parece-me que
não são impostos quaisquer tipos de limites ou barreiras ao processo de
composição?
Pois, não sou muito de limites ou barreiras! Acho que
a música é arte, e quando se impõe limites à arte, raramente corre bem. Os músicos
que sempre ouvi e gostei misturavam vários estilos nos seus álbuns, das suas influências
e assim ouvia-se coisas novas e diferentes, e nunca ficava farto de ouvir
repetidamente.
E és tu o
principal responsável pelas canções? De alguma forma este é um disco autobiográfico?
Sim, escrevo as músicas e letras. Algumas músicas são
mais pessoais onde falo de coisas que me tem acontecido na vida, e outras são
mais historia, de personagens, que podem representar um qualquer! dà para os
ouvintes se relacionarem com os temas.
Este álbum já
estava disponível online desde o
final do ano passado. Foi a sua boa receção que vos levou a apostarem numa
edição física?
Não só. É verdade que tivemos um bom feedback quando lançamos online, mas não foi por isso. A ideia
desde sempre foi ter o álbum físico cá fora. Para mim nunca ia ser a mesma coisa
se não acontecesse. Temos que ter uma prova na mão do nosso trabalho! Sou dessa
geração que ainda saáa para ir ao Tower
Records/HMV comprar os discos e tê-los na mão, e ler o booklet dos álbuns etc, bons tempos.
Isto apesar
de a vossa música já ter corrido o mundo… Por falar em mundo, chegaram a ir
tocar a Singapura?
Foi uma experiencia incrível. Fomos aceites para ir
tocar ao Music Matters Festival em
Singapura, que é dos maiores da região, e também ideal para conhecer pessoas da
indústria da música pelo mundo fora. Foram 5 dias em grande onde fomos muito
bem tratados e onde tudo correu com uma grande eficácia e profissionalismo.
Para mim foi extra especial porque foi onde eu cresci e vivi durante 18 anos da
minha vida. Um Pais fantástico, onde a nossa música teve uma boa reação do
publico! Fomos também a primeira banda Portuguesa a ir lá tocar neste festival,
que foi ótimo nesse sentido representar Portugal, e onde tudo nos correu muito
bem.
E quanto aos
convidados? Nomes de peso… Podes apresentá-los e referir de que forma a escolha
recaiu nesses nomes?
O primeiro nome, foi o Mikkel Solnado, um grande músico/compositor/produtor,
mas também uma grande pessoa. Conhecemo-nos num gig em Setúbal e mantivemos contacto, e ele convidou-me para o estúdio
dele gravar um tema que ele ouviu o gostou...foi o My Ukulele, e assim foi, numa tarde estava a música pronta com backing vocals do Mikkel e Joana, e produção
dele. Depois tivemos a sorte de contar com o Son of Dave! que pôs umas linhas
brutais de harmónica no tema Rival 2.0.
Ele é um conhecido do nosso manager e
mandou-lhe o tema porque eu tinha dito que a música precisava de uma harmónica,
e ele aceitou. Depois last but not least,
a nossa grande Orlanda Guilande, umas das maiores vozes em Portugal, bringing that soul! Também através de
amigos chegamos a ela, porque um dos temas Calling
My People queria um feel gospel de
igreja, então entramos em contacto e ela aceitou e acabou por pôr vozes em mais
temas, como na Good Riddance, Papaya Tree, Follow Me e Shotgun.
Como decorreu
o processo de gravação deste disco?
A gravação foi um pouco, stop-start. Quando comecei estava a
recuperar da lesão do dedo, e em transição de músicos para a banda, então foi
um pouco complicado por o comboio à andar, e também tivemos uns atrasos por
causa de uso de samples etc, para
termos clearance, mas no fim
resolveu-se tudo, e foi um processo de aprendizagem muito bom. Para mim,
prefiro tocar ao vivo e mostrar as músicas a um público, mas é bom estar num estúdio
a focarmo-nos nos temas e desenvolvê-los.
Porquê Fear Less, principalmente com a
separação entre as duas palavras?
É uma mensagem direta para todos.
Muito simples, não ter medo de atingir os objetivos, sonhos. Todos temos, só
que às vezes aparecem coisas que nos distraem daquilo que queremos mais. É a
vida! Mas nunca é tarde demais para mudar os ares…. E vários temas deste álbum
tem essa mensagem de seguir em frente, então era o nome ideal.
Como tem sido
a aceitação da vossa app para iPhone que recentemente lançaram? Também
aqui se nota a vossa capacidade inovadora…
Tem corrido bem, estamos neste
momento a fazer updates ao app, para melhorar… Tentamos fazer
coisas novas o mais possível para nos mantermos ativos
Como tem sido
a apresentação deste trabalho ao vivo? Já há mais datas disponíveis?
Tem sido bom! O público parece gostar
dos temas, e isso dá-nos uma energia enorme ver o público a gostar. Claro que
sabemos que nem todos vão gostar, mas por enquanto ninguém nos atirou fruta
podre ao palco! Temos novas datas em breve! Para já vamos tocar ao Clube Ferroviário
dia 15 de maio para começar o verão em alta, e também umas datas de fnacs por aí. Passem pela nossa página
de facebook para os updates.
Quanto ao futuro,
quais os próximos projetos que tens em vista?
Quanto a projetos, estamos aí a
preparar um vídeo para lançar em breve e se calhar também uns live vídeos das músicas do álbum em formatos
diferentes. Se calhar uns collaborations
com outros grandes artistas Portugueses! Watch
out!
A terminar –
queres deixar alguma mensagem?
Queria pedir a todos para irem apoiar
as bandas portugueses, para irem ver música ao vivo o mais possível, e comprar
a música das bandas que gostam! Há muito talento aqui em Portugal, temos que
apoiar e ajudar! Um abraço para todos.
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